segunda-feira, junho 16, 2014



Transtorno Global do Desenvolvimento

Fonte: Revista Ciranda da Inclusão- ano II número 20

     A classificação Estatística Internacional de Doenças relacionadas à Saúde (CID), em sua última versão (10), define o Transtornos Globais de Desenvolvimento como: “Grupo de transtornos caracterizados por alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e modalidades de comunicação e por um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Estas anomalias qualitativas constituem uma característica global do funcionamento, em todas as ocasiões.”.

     Muitos professores se sentem desamparados quando recebem alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento. Acreditamos que um dos motivos para o surgimento dessa sensação seja certo desconhecimento sobre o assunto. Um exemplo disso é a falta de produção acadêmicas a respeito do tema.
Carla Karnoppi afirma que e 28 anos de pesquisa em trabalhos acadêmicos no Brasil, foram realizados 366 mil estudos, sendo que, dentre estes, somente 264 eram sobre assuntos referentes ao autismo e à psicose. As áreas de interesse são descritas abaixo:

     De acordo com a autora, os trabalhos a respeito de TGD concentram-se em três áreas específicas, sendo que na Educação foram desenvolvidos apenas 53 estudos sobre o tema, registrando assim a carência de pesquisas a respeito.
     Dentro dos Transtornos Globais de Desenvolvimento, também encontramos a psicose.
     A psicose é a perda de sentido de realidade ou incapacidade de distinguir entre as experiências reais e imaginárias. É uma deficiência grave e continua de relacionamento emocional com pessoas, juntamente com segregação e tendência para preocupar-se com objetos inanimados.
     A psicose é um estado incomum de funcionamento psíquico. Mesmo não sabendo exatamente como são as patologias psiquiátricas, podemos imaginar algo semelhante ao compará-las com determinadas experiências pessoais. A tristeza e a alegria assemelham-se à depressão e à mania, o medo e a ansiedade perante situações corriqueiras têm relações com os transtornos fóbicos e de ansiedade. Da mesma forma, outros transtornos psiquiátricos podem ser imaginados a partir de experiências pessoais. No caso da psicose não há comparações, nem mesmo um sonho, por mais irreal que seja, é semelhante à psicose.
     O aspecto central da psicose é a perda do contato com a realidade, dependendo da sua intensidade. Os psicóticos quando não estão em crise, zelam pelo seu bem-estar, alimentam-se, evitam machucar-se, tem interesse sexual, estabelecem contato com pessoas reais. Isso tudo é indício da existência de um relacionamento com o mundo real. A psicose propriamente dita começa a partir do ponto em que o paciente relaciona-se com objetos e coisas que existem no nosso mundo. Modifica seus planos, suas ideias, suas convicções, seu comportamento por causa de ideias absurdas, incompreensíveis, ao mesmo tempo em que a realidade clara e patente significa pouco ou nada.
Algumas características:
·         Deficiência no desenvolvimento da fala ou perda do desenvolvimento da fala;
·         Distúrbio na percepção sensorial;
·         Conduta ou padrões de movimento bizarros na rotina ou no ambiente;
·         Acessos de pânico intensos e, frequentemente, imprevisíveis;
·         Falta do sentido de identidade pessoal;
·         Desenvolvimento intelectual embotado, fragmentado ou desigual.

 SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS :
SOCIALIZAÇÃO
COMUNICAÇÃO:
COGNIÇÃO:

Fonte:
CID10, Classificação Estatística internacional de Doenças e Problemas Relacionados à saúde.
VASQUES, Carla Karnoppi – Transtornos Globais do Desenvolvimento e Educação: Análise da Produção Científico – Acadêmica.
HONORA, Márcia; FRIZANCO, Mary L. – Esclarecendo as deficiências - Aspectos teóricos e Práticos para contribuir com uma sociedade inclusiva.

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