Por: Francisca Lúcia Carlota de Araújo Pedagoga, Psicopedagoga, Servidora da UFC
Primeiramente há necessidade de definir a Psicopedagogia em geral, segundo o Código de ética daAssociação Brasileira de Psicopedagogia diz respeito à área de estudo e de atuações no contexto de Saúde e Educação, tendo como foco o processo da aprendizagem humana; seus padrões normais e patológico, considerando a influência do meio, família, escola e sociedade e o desenvolvimento psicossocial- educacional e físicos do aprendiz, utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia. Seu objeto de estudo é o ser que aprende da realidade e constrói o seu conhecimento, as teorias vinculadas a ela são relacionadaspratica pedagógica, envolvendo atendimento as necessidades individuais da aprendizagem.
A prática clínica, integrando compreensão, prevenção e métodos terapêuticos ao analisar o aprender. Na área empresarial, trabalhando com os processos de aprendizagem individual, organizacional em parceria com o psicólogo e o profissional de recursos humanos, no que se refere ao recrutamento de pessoal, treinamento, melhorando a qualidade do trabalho da produtividade e relações intra e interpessoal, administrando conflitos.
A proposta da psicopedagogia hospitalar é ser interlocutor, não só de crianças, mas, também de todos aqueles que passam por internações seja curta, médio e de longa duração, doenças crônicas e de pacientes terminais. O psicopedagogo hospitalar embasado na técnica e na prática e por ser um profissional interdisciplinar está apto a esta modalidade, utiliza todo o seu conhecimento para criar um mundo onde as pessoas se preocupam uns com os outros. A alternativa de apoio psicopedagógico ao paciente interno é interessante para assegurar-lhe uma boa recuperação e à inquietação oriunda de preocupações sobre o tratamento recomendado e ao tempo de hospitalização. Em suma o ambiente hospitalar é um local que emana diversos sentimentos e sensações: ora doença ou saúde, de imensa tensão ou angústia, alívio, cura ou consolo, pois ainda não é fácil distinguir entre a dor e outras agressões de que a criança ou o adulto é vítima separação da família, mudança de quadro, rostos e procedimentos desconhecidos). Os pais e familiares diante a doença do ente querido não sabendo como atenuar o sofrimento poderá desenvolver um controle excessivo diante do paciente e nesse contexto humanizador se faz necessário a intervenção psicopedagógica, optando por atividades que possam transpor o sofrimento de angústia e solidão contribuindo não somente físico, mas, cognitivo, afetivo e social também, deixando de lado por exemplo as atividades lúdicas centradas na aprendizagem e utilizar-se de um exercício muito mais eficaz que é o fantástico exercício do olhar além do que os nossos olhos podem ver, é o toque, o carinho um abraço bem dado um sorriso ou até mesmo um sofrer junto, pois com a enfermidade e hospitalização o paciente assume um estado de espera e passa a conviver com o ócio, é neste momento que o psicopedagogo entrepõe meios de atividades educativas, onde pretende amenizar o estado ocioso e ocupar o tempo do paciente mediante práticas educativas que estimule a criação, a socialização, o gosto pela a leitura, música... buscando na educação uma pedagogia transformadora, no sentido de contribuir para a promoção da saúde.
Ao olhar o paciente em sua totalidade, perguntamo-nos: por que não criar um espaço prazeroso, alegre, lúdico, de expressão, em que o sujeito hospitalizado possa jogar, interagir com os outros sujeitos neste período,ocorrendo assim sua inserção no contexto hospitalar visto que, as ações educativas em ambiente hospitalar representa um adicional de possibilidades no sentido de abrir novas perspectivas a favor do tratamento da saúde das pessoas hospitalizadas compreendidas como indivíduos em estado permanente de aprendizagem e desenvolvimento de potencialidades e capacidades em comunicação com a vida saudável que humanamente inclui aprender com o estado da doença.
Enfim, enquanto psicopedagogos podemos contribuir para favorecer no sujeito que se encontra doente e hospitalizado autoconhecimento, desenvolvimento da autonomia e responsabilidade no tratamento e nas necessidades da própria saúde, levando-o a aprender sobre si desejando qualidade de vida.
BIBLIOGRAFIA
SCHILK, Ana Lúcia Tarouquela- A educação além dos muros da escola, 1º Encontro Nacional Sobre Atendimento Hospitalar. Universidade do Estado de São Paulo;
Psicopedagogia Hospitalar- Reflexão do Evento Psicopedagógico Sedes Sapientiae realizado em Agosto de 2007;
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