quarta-feira, maio 30, 2012

Alfabetização - Fases da escrita

segunda-feira, maio 28, 2012

INCLUINDO ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NA ESCOLA

Folheto produzido por Sandy Alton, da Down´s Syndrome Association, e distribuído pelo Ministério da Educação britânico. - Tradução Patricia Almeida

OBJETIVO DESTE FOLHETO:
Muito mais crianças com Síndrome de Down têm entrado em escolas da rede regular de ensino. Este é o resultado de muitos fatores. Pressão dos pais com o apoio de organizações voluntárias encorajaram desde 1981 a secretaria de educação a integrar alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas comuns se os pais assim o desejassem. Mais recentemente, um documento de 1997 propôs que alunos com necessidades educacionais especiais deveriam estar em escolas comuns.

Inevitavelmente, muitos professores vão achar a idéia de incluir alunos com SD em suas classes preocupante e vão ficar apreensivos a princípio. Porém, a experiência demonstra que a maioria dos professores têm as ferramentas necessárias para entender as necessidades específicas destas crianças e são capazes de ensiná-los efetivamente e com sensibilidade.

Este folheto traz informações sobre o perfil de aprendizado típico de uma criança com Síndrome de Down e boas práticas para sua educação, desta forma, pavimentando o caminho para uma inclusão bem-sucedida.

POR QUE INCLUSÃO ?

Há muitas razões por que uma criança com Síndrome de Down deve ter a oportunidade de frequentar uma escola comum. Cada vez mais pesquisas tem sido publicadas e o conhecimento sobre as capacidades de crianças com Síndrome de Down e o potencial de serem incluídos com sucesso tem aumentado. Ao mesmo tempo, os pais têm se informado mais sobre os benefícios da inclusão. Além disso, a inclusão é não discriminatória e traz tanto benefícios acadêmicos quanto sociais.

Acadêmicos
- Pesquisas mostram que as crianças se desenvolvem melhor academicamente quando trabalham num ambiente inclusivo

Social
- Oportunidades diárias de se misturar com seus parceiros com desenvolvimento típico proporcionam modelos para comportamento de acordo com a faixa etária
- As crianças têm oportunidade de desenvolver relações com crianças de sua própria comunidade
- Ir à escola comum é um passo chave em direção à inclusão na vida comunitária e na sociedade como um todo.

A inclusão bem-sucedida é um passo importante para que crianças com necessidades educacionais especiais se tornem membros plenos e contributivos da comunidade, e a sociedade como um todo se beneficia disso. Os colegas com desenvolvimento típico ganham conhecimento sobre deficiência, tolerância e aprendem como defender e apoiar outras crianças com necessidades educacionais especiais. Como escreve David Blunkett “ quando todas as crianaças saõ incluídas como parceiros iguais na comunicade escolar, os benefícios são sentidos por todos”.

ATITUDE POSITIVA
Mas a inclusão bem-sucedida não acontece automaticamente. A experiência mostra que um dos ingredientes mais importantes na implementação bem-sucedida de um aluno com necessidade de aprendizagem específia é simplesmente a vontade de que ela ocorra. A atitude da escola como um todo é, portanto, um fator significativo. Uma atitude positiva resolve problemas por si só. As escolas precisam de uma política clara e sensível sobre inclusão de sua direção e coordenação, que devem ser comprometidas com esta política e apoiar seus funcionários, ajudando-os a desenvolver novas soluções em suas salas de aula.

ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE A SÍNDROME DE DOWN
- A Síndrome de Down é a deficiência intelectual mais frequente, acontecendo em 1 a cada nascimentos por ano no Brasil.
- Ela é ocasionada pela presença de um cromossomo a mais. Ao invés dos 46 usuais, uma pessoa com Síndrome de Down tem 47.
- Toda criança com Síndrome de Down terá algum grau de dificuldade para aprender, de leve a severo.
- Embora a Síndrome de Down tenha causas genéticas, fatores ambientais têm importância fundamental no desenvolvimento e progresso assim como acontece com crianças sem a síndrome.
- Em geral, crianças com SD se desenvolvem mais devagar do que as crianças de sua faixa etária, alcançando as etapas do desenvolvimento mais tarde e ficando nelas por mais tempo. A diferença no desenvolvimento entre crianças com Síndrome de Down e as sem a síndrome aumenta com a idade.

UM PERFIL DE APRENDIZADO ESPECÍFICO, NÃO APENAS ATRASO NO DESENVOLVIMENTO

As crianças com Síndrome de Down não apenas levam mais tempo para se desenvolver e portanto precisam de um currículo mais diluído. Elas têm, em geral, um perfil de aprendizagem específico com pontos fortes e fracos característicos. Saber dos fatores que facilitam e inibem o aprendizado permite aos professores planejar e levar adiante atividades relevantes e significativas e programas de trabalho. O perfil de aprendizado característico e estilos de aprendizado de uma criança com Síndrome de Down , junto com suas necessidades individuais e variações do perfil devem, portanto, ser considerados.

Os seguintes fatores são comuns a várias crianças com Síndrome de Down. Alguns têm implicações físicas, outras têm comprometimentos cognitivos. Muitas têm ambos.

FATORES QUE FACILITAM O APRENDIZADO
- Forte reconhecimento visual e habilidade visual de aprendizado, incluindo:
- Habilidade de aprender e usar sinais, gestos e apoio visual
- Habilidade para aprender e usar a palavra escrita
- Imitação de comportamento e atitudes dos colegas e adultos
- Aprendizado com currículo prático e material e com atividades de manipulação

FATORES QUE INIBEM O APRENDIZADO
- Desenvolvimento tardio de habilidades motoras, tanto fina quanto grossa
- Dificuldades de audição e visão
- Dificulade no discurso e na linguagem
- Déficit de memória auditiva recente
- Capacidade de concentração mais curta
- Dificuldade com a consolidação e retenção de conteúdo
- Dificuldade com generalizações, pensamento abstrato e raciocínio
- Dificuldade em seguir sequências
- Estratégias para evitar o trabalho

DIFICULDADE DE VISÃO
Embora os alunos com Síndrome de Down costumem ser muito bons em aprender visualmente e sejam capazes de utilizar este habilidade para aprender o currículo, muitos têm alguma dificuldade de visão: de 60 a 70% usam óculos antes dos 7 anos e é importante diagnosticar e sanar as dificuldades que eles possuem.

ESTRATÉGIAS
- Coloque o aluno mais à frente
- Escreva com letras maiores
- Faça apresentações simples e claras

DIFICULDADE DE AUDIÇÃO
Muitas crianças com Síndrome de Down têm alguma perda auditiva, especialmente nos primeiros anos. Até 20% apresentam perda sensorial-neural, causada por defeitos no desenvolvimento do ouvido e nervos auditivos. Outros 50% podem ter perda auditiva ocasionada por infecções respiratórias que costumam ocorrer por conta dos canais auditivos mais estreitos. É especialmente importante checar a audição da criança porque ela afetará sua fala e linguagem.

A clareza da audição também pode ser flutuante e é importante identificar que respostas inconsistentes podem ser fruto de deficiência auditiva e não falta de entendimento ou atitude indesejada.

ESTRATÉGIAS
- Coloque o aluno mais à frente
- Fale diretamente ao aluno
- Reforce o discurso com expressões faciais, sinais ou gestos
- Reforce o discurso com material de apoio visual – figuras, fotos, objetos
- Escreva novo vocabulário no quadro
- Quando outros alunos responderem, repita suas respostas alto
- Diga de outra forma ou repita palavras e frases que possam ter sido mal-entendidas.

SISTEMA MOTOR FINO E GROSSO
Muitas crianças com Síndrome de Down têm flacidez muscular (hipotonia), o que pode afetar sua habilidade motora fina e grossa. Isso pode atrasar as fases do desenvolvimento motor, restringindo experiências dos primeiros anos, tornando o desenvolvimento cognitivo mais lento. Na sala de aula, o desenvolvimento da escrita é especialmente afetado.
ESTRATÉGIAS
- Oferecer exercícios extras, orientação e encorajamento – todos as habilidades motoras melhoram com a prática.
- Oferecer atividades para o fortalecimento do pulso e dedos, como por exemplo alinhavar, seguir tracinhos com o lápis, desenhar, separar, cortar, apertar, construir, etc.
- Usar um grande leque de atividades e materiais multi-sensoriais.
- Procurar que as tividades sejam o mais significativas e prazerosas possível.

DIFICULDADE DE FALA E DE LINGUAGEM

Crianças com Síndrome de Down típicas possuem dificuldade de fala e linguagem e devem ser atendidas regularmente por fonoaudiólogos que podem sugerir atividades individualizadas para promover o desenvolvimento de sua fala e linguagem.

O atraso na linguagem é causada por uma combinação de fatores, alguns deles físicos e alguns devido a problemas cognitivos e de percepção. Qualquer atraso em aprender a entender e usar a linguagem pode levar a um atraso cognitivo. O nível de conhecimento e entendimento e, logo, a habiliade de acessar o currículo vai inevitavelmente ser afetada. Habilidades receptivas são mais desenvolvidas do que habilidades de expessão. Isso quer dizer que as crianças com Síndrome de Down entendem mais do que são capazes de expressar. Como resultado disso, as habilidades cognitivas destes alunos são freqüentemente subestimadas.

ATRASO NA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
- Vocabulário menor, levando a um conhecimento geral menor.
- Dificuldade de aprender regras gramaticais (não usar vocábulos de conexão, preposições, etc), resultando num estilo telegráfico de discurso.
- Habilidade para aprender vocabulário novo mais fácilmente do que as regras gramaticais.
- Maiores problemas em aprender e usar linguagem social.
- Maiores problemas em entender linguagem específica apresentada no currículo.
- Dificuldade em compreender instruções.

Além disso, a combinação de ter uma boca menor e músculos da boca e da língua mais fracos torna a formação das palavras fisicamente mais difícil, e quanto maior a frase maiores ficam os problemas de articulação.

Problemas de fala e linguagem para estas crianças normalmente significam que menos oportunidades lhes são oferecidas para manter uma conversação. É mais difícil para eles pedir informação ou ajuda. Os adultos costumam fazer perguntas fechadas, ou terminar uma frase pelas crianças sem lhes dar tempo para falarem por si próprios nem ajudar para que eles consigam fazê-lo.

A consequência disso é que a criança:
- Ganha menos experiência de linguagem que lhe dê oportunidade de aprender novas palavras e estruturas de período.
- Tem menos oportunidade de praticar para tentar falar com mais clareza.

ESTRATÉGIAS
- Dar tempo para o processamento da linguagem e para responder.
- Escutar atentamente – seu ouvido irá se acostumar.
- Falar frente à frente e com os olhos nos olhos do aluno.
- Usar linguagem simples e familiar, com frases curtas e enxutas.
- Checar o entendimento – pedir para a criança repetir instruções dadas.
- Evitar vocabulário ambíguo.
- Reforçar a fala com expressões faciais, gestos e sinais.
- Ensinar a ler e usar palavras impressas para ajudar a fala e a pronúncia.
- Reforçar instruções faladas com instruções impressas, usar também imagens, diagramas, símbolos e material concreto.
- Enfatizar palavras-chave reforçando-as visualmente.
- Ensinar gramática com material impresso, cartões de figuras, jogos, figuras de preposições, símbolos, etc.
- Evitar perguntas fechadas e encorajar a criança a falar além de frases monosilábicas.
- Encorajar o aluno a falar em voz alta na sala dando a ele estímulos visuais. Permitir que eles leiam a informação pode ser mais fácil para eles do que falar espontaneamente.
- O uso de um diário para casa e escola pode ajudar os alunos a contar suas “ novidades”.
- Desenvolver a linguagem através de teatro e faz-de-conta.
- Encorajar o aluno a liderar.
- Criar oportunidades onde ele possa falar com outras pessoas, por exemplo, levar mensagens, etc.
- Providenciar várias atividades e jogos de ouvir por pouco tempo e materiais visuais e táteis para reforçar a linguagem oral e fortalecer as habilidades auditivas.

DÉFICIT DE MEMÓRIA AUDITIVA RECENTE E NA HABILIDADE DE PROCESSAMENTO AUDITIVO

Outros problemas de fala e linguagem em crianças com Síndrome de Down surgem por conta de dificuldades na memória auditiva recente e nas habilidades de processamento auditivo. A memória auditiva recente é a memória armazenada usada para manter, processar, entender e assimilar a língua falada o tempo suficiente para responder. Qualquer déficit na memória auditiva recente vai afetar consideravelmente a habilidade do aluno em responder a palavra falada ou aprender a partir de situações que se prendam somente a sua habilidade auditiva. Além disso, eles acham mais difícil seguir e lembrar de instruções verbais.

ESTRATÉGIAS
- Limite a quantidade de instruções verbais a uma de cada vez.
- Dê tempo à criança para processar e responder às colocações verbais.
- Repita individualmente para o aluno qualquer informação ou instrução que foi dada a classe como um todo.
- Tente evitar instruções ou discussões na classe que sejam muito longas.
- Planeje traduções visuais e-ou atividades alternativas.

Lembre-se: em geral, crianças com Síndrome de Down têm fortes habilidades de aprendizagem visual mas não são bons aprendizes auditivos. Sempre que possível eles necessitam de apoio visual e concreto e materiais práticos para reforçar as informações auditivas.

CAPACIDADE DE CONCENTRAÇÃO MAIS CURTA

Muitas crianças com Síndrome de Down têm uma capacidade de concentração mais curta e são facilmente distraídos. Além disso, a intensidade do aprendizado com apoio, especialmente quando ele se dá individualmente, é muito maior e a criança se cansa mais facilmente do que a criança que não necessita deste apoio.

ESTRATÉGIAS
- Construa uma gama de tarefas curtas, focalizadas e definidas claramente nas aulas.
- Varie o nível de demanda de tarefa para tarefa.
- Varie o tipo de apoio.
- Use os outros colegas para manter o aluno trabalhando.
- Na hora da rodinha, situe o aluno próximo ao professor (sem sentar no colo!).
- Providencie um quadrado de carpete para que a criança fique sentada no mesmo lugar.
- Trabalhar no computador às vezes ajuda a manter o interesse da criança por mais tempo.
- Crie uma caixa de atividades. Isso é útil para as horas em que a criança terminou sua atividade antes de seus colegas, precisa mudar de tarefa ou precisa dar um tempo. Coloque uma série de atividades que o aluno gosta de fazer, incluindo livros, cartões, jogos de manipulação, etc. Isso encoraja a escolha dentro de uma situação estruturada. Deixar que outra criança participe é uma boa maneira de encorajar amizade e cooperação.

GENERALIZAÇÃO, PENSAMENTO ABSTRATO E RACIOCÍNIO

Quando uma criança tem deficiência de fala e linguagem, suas habilidades de pensamento e raciocínio são inevitavelmente afetadas. Ela encontra mais dificuldade em transferir suas habilidades de uma situação para outra. Conceitos e assuntos abstratos podem ser particularmente difíceis de entender e a capacidade de resolução de problemas pode ser afetada.

ESTRATÉGIAS
- Não assuma que o aluno vai transferir conhecimento automaticamente.
- Ensine novas habilidades usando uma variedade de métodos e materiais e em vários contextos diferentes.
- Reforce o aprendizado de conceitos abstratos com materiais concretos e visuais.
- Ofereça explicações adicionais e dê demonstrações.
- Encoraje a solução de problemas.

CONSOLIDAÇÃO E RETENÇÃO

Alunos com Síndrome de Down geralmente levam mais tempo para aprender e consolidar coisas novas e a habilidade de aprender e absorver o aprendizado pode variar de um dia para o outro.
ESTRATÉGIAS
- Ofereça mais tempo e oportunidade para repetições adicionais e reforço.
- Apresente informações e conceitos novos de maneiras variadas, usando material concreto, prático e visual, sempre que possível.
- Siga em frente mas sempre dê uma revisada para assegurar que coisas aprendidas anteriormente não ficaram esquecidas com a assimilação das novas informações.

ESTRUTURA E ROTINA

Muitas crianças com Síndrome de Down se dão bem com rotina, estrutura e atividades focalizadas claramente. Situações informais e sem estrutura são geralmente mais difícieis para eles. Eles também podem se sentir contrariados com qualquer mudança. Podem precisar de maior preparação e podem levar mais tempo para se adaptar às mudanças na sala de aula e nas transições.

ESTRATÉGIAS
- Explique sobre a grade de horários, rotinas e regras escolares explicitamente, dando tempo e oportunidade para que aprenda.
- Providencie uma grade de horários visualmente atraente: use palavras, desenhos, figuras e fotos.
- A progressão da aula durante o dia deve poder ser acompanhada pelo horário.
- Quando uma grade visual não for apropriada, arrume uma série de fotos ou figuras descrevendo as atividades escolares. Estas fotos podem ser mostradas a criança antes da atividade ser começada.
- Certifique-se de que a crinaça sabe qual será a próxima atividade.
- Atenha-se à rotina sempre que possível.
- Prepare a criança com antecedência se souber que haverá alguma mudança e informe os pais.
- Solicite a ajuda da criança na preparação para a atividade subsequente dando-lhe uma tarefa específica.

INCLUSÃO SOCIAL

O objetivo primordial para qualquer criança de 5 anos entrar na escola é a inclusão social. Como com qualquer criança, é muito mais difícil progredir nas áreas cognitivas até que ela seja capaz de se comportar e interagir com os outros de maneira socialmente aceitável e entender e responder apropriadamente ao ambiente que a cerca. Todas crianças com Síndrome de Down se beneficiam em se misturar com colegas com desenvolvimento típico. Muitas vezes eles ficam felizes em agir como os colegas e geralmente os usam como modelos para o comportamento social apropriado e motivação para aprender. Este tipo de experiência social, quando existe a expectativa de que as outras crianças se comportem e consigam fazer coisas de acordo com sua faixa etária, é extremamente importante para as crianças com Síndrome de Down, que geralmente tem um mundo mais confuso e menos maduro social e emocionalmente. Mesmo assim, muitas delas precisam de ajuda adicional e apoio para aprender as regras para o comportamento social apropriado. Elas não aprendem facilmente de forma incidental e não pegam as convenções intuitivamente como seus colegas. Elas vão levar mais tempo do que seus colegas para aprender as regras. O foco principal da ajuda adicional nos primeiros anos deve ser aprender as regras do comportamento social adequado.

ESTRATÉGIAS
- Reconhecer as principais rotinas do dia.
- Aprender a participar e responder apropriadamente.
- Responder a perguntas e instruções dadas oralmente.
- Aprender a respeitar a vez de cada um, dividir, dar e receber.
- Aprender a fazer fila.
- Aprender a sentar no chão na hora da rodinha.
- Aprender comportamentos apropriados.
- Aprender as regras da escola e da classe, tanto as formais quanto as informais.
- Trabalhar independentemente.
- Trabalhar em cooperação com os outros.
- Fazer e manter amizades.
- Desenvolver de habilidades de auto-ajuda e tarefas práticas.
- Tomar conta, se preocupar com os outros.

HORA DE BRINCAR

Algumas ajudas adicionais na inclusão de crianças pequenas com Síndrome de Down durante a hora da brincadeira podem ser necessárias. Porém, qualquer ajuda de adulto que a criança tiver, se não for usado com sensibilidade, pode erguer uma barreira entre a criança e seus colegas, o que, junto com a dificuldade de fala e linguagem, pode tornar as coisas muito mais difíceis para a criança com Síndrome de Down:
- Começar independentemente a brincar com outras crianças.
- Entender as regras do jogo.
- Entender as regras de “ser amigo”.

ESTRATÉGIAS
- Encoraje o aprendizado cooperativo em trabalho com um parceiro ou num grupo pequeno.
- Não coloque sempre o aluno junto com o grupo menos capaz ou menos motivado. Alunos com Síndrome de Down se beneficiam por trabalhar com crianças mais capazes se as tarefas forem adequadamente diferenciadas.
- Promova a conscientização sobre as deficiências através de, por exemplo, uma discussão com toda a classe ou a escola. É importante que os alunos se familiarizem com o colega com Síndrome de Down, entendam seus pontos fortes, seus pontos fracos, sua capacidade e também reconheçam que ele tem as mesmas necessidades emocionais e sociais do que eles próprios.
- Se achar adequado, promova uma alternância de amigos ou um sistema de colega de apoio para ajudar na inclusão.
- Use a ajuda dos colegas no lugar de adultos sempre que possível.
- Organize apoio para oferecer sessões de brincadeira estruturadas na hora do recreio.
- Encoraje a participação do aluno em atividades extra-curriculares com os colegas da escola (clubes de livro, esportes, etc).
- Encoraje habilidades de independência e vida prática, por exemplo, dando-lhe responsabilidades – devolver livros, levar mensagens, etc.
- Encoraje-o a conhecer a si mesmo, respeitar a própria identidade, promova sua auto-estima e auto-confiança.
- Promova o entendimento através de teatro, livros, figuras ou na hora da rodinha.

COMPORTAMENTO

Não há problemas de comportamento característicos de crianças com Síndrome de Down. Porém, muito de seu comportamento estará relacionado a seu nível de desenvolvimento. Então, quando ocorrem problemas, eles são geralmente parecidos com aqueles vistos em crianças de desenvolvimento típico mais novas.

Além disso, crianças com Síndrome de Down cresceram tendo que lidar com mais dificuldades do que muitos de seus colegas. Muito do que se espera que eles façam em seu dia-a-dia será muito mais difícil de conseguir fazer devido a seus problemas de comunicação, audição, memória, coordenação motora, concentração, e dificuldade de aprendizado. Os problemas de comportamento podem, portanto, ser desencadeados em algumas situações aparentemente banais. Por exemplo, eles podem se sentir frustrados ou ansiosos com mais facilidade. Então, o fato da criança ter Síndrome de Down não necessariamente quer dizer que ela vá apresentar inevitavelmente problemas de comportamento, mas a natureza de suas dificuldades os fazem mais vulneráveis a desenvolver problemas de comportamento.

Uma questão particular dos problemas de comportamento são as estratégias para escapar das tarefas. Pesquisas mostram que, como muitos alunos com necessidaes educacionais especiais, crianças com Síndrome de Down costuma adotar estas estratégias que comprometem o progresso de seu aprendizado. Alguns alunos usam comportamentos anti-sociais para distrair a atenção dos adultos e escapar do trabalho, e parecem apenas aceitar fazer tarefas que exigem muito pouco de sua capacidade cognitiva.

É importante o professor ficar atento à possibilidade destas estratégias e saber separar comportamento imaturo de mau-comportamento deliberado, e assegurar que o nível de desenvolvimento e não a idade cronológica da criança seja levado em consideração, junto com sua capacidade de entender instruções dadas oralmente. Qualquer recompensa a ser oferecida trambém deve levar em conta estes fatores.

ESTRATÉGIAS
- Assegurar que as regras são claras
- Assegurar que todos os funcionários da escola saibam que a criança com Síndrome de Down deve obedecer às regras como qualquer aluno.
- Utilizar instruções curtas, precisas e claras e gestos e expressões que as confirmem – explicações longas e complexas não são apropriadas.
- Distinguir o “não consigo fazer” do “não vou fazer”
- Investigar qualquer comportamento inapropriado, perguntando a si mesmo por que a criança está agindo deste modo: a tarefa é muito fácil ou muito difícil ? A tarefa é muito longa ? O trabalho é adequado para a criança ?
- O aluno compreende o que é esperado dele ?
- Encorajar comportamento positivo desenvolvendo figuras de bom comportamento. Por exemplo, mostrar uma foto da turma ou de um grupo arrumando a sala direitinho, pode ser o bastante para encorajá-lo a fazer o mesmo.
- Reforçar o comportamento desejado imediatamente com sinais de aprovação visuais ou orais.
- Ignorar tentativas de chamar a atenção dentro do possível – o seu propósito é criar distração
- Desenvolver uma série de estratégias para lidar com a tentativa de escapar: algumas funcionarão melhor que outras com algum um aluno em particular.
- Assegurar que o professor de apoio não seja o único lidando com o mau-comportamento. O professor da turma tem a responsabilidade sobre a criança.
- Assegurar que a criança trabalhe com colegas que sejam bons modelos em comportamento.

APOIO

A maior parte dos alunos com Síndrome de Down vai precisar de apoio adicional. Porém, o tipo de apoio que a criança recebe pode ter um enorme impacto na efetivação da inclusão.

A seguir, algumas coisas que são esperadas do profissional de apoio:
No que diz respeito à criança:
- Aumentar o acesso ao currículo e ao desenvolvimento do aprendizado.
- Garantir que a criança aprenda novas habilidades.
- Ajudar a desenvolver a independência.
- Ajudar a desenvolver habilidades sociais, amizades e comportamento apropriado para a idade.

No que diz respeito ao professor:
- Ajudar a modificar ou adaptar tarefas planejadas pelo professor.
- Dar informações mais detalhadas sobre o desempenho do aluno ao professor.
- Dar oportunidade ao professor de trabalhar individualmente com uma criança com Síndrome de Down ou em grupo enquanto assume o lugar do professor.

TAMBÉM É MUITO IMPORTANTE QUE O PROFESSOR DE APOIO SEJA VISTO COMO PERTENCENDO A TODA CLASSE, DANDO AJUDA A TODAS AS CRIANÇAS QUE NECESSITAREM, E NÃO COMO PROPRIEDADE DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN. DESTA MANEIRA, OUTRAS CRIANÇAS DA CLASSE SE BENEFICIAM COM O APOIO EXTRA . O PROFESSOR NUNCA DEVE ABDICAR DE SUA RESPONSABILIDADE PELA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN.

AJUDA INDIVIDUAL E SAÍDAS DA CLASSE

Além disso, o apoio não deve consistir apenas e nem principalmente na professora ajudante trabalhando individualmente com a criança, especialmente quando isso requer saídas da classe, o que deve ser evitado ao máximo. Embora vá haver vezes em que algum trabalho individual seja requerido, isso só deve ser feito em último caso e dentro da sala de aula, sempre que possível.

ESTRATÉGIAS
Esteja ciente de que muita ajuda individual pode privar a criança de:
- ser beneficiada da estimulação e modelos proporcionados pelos colegas.
- aprender a trabalhar cooperativamente.
- aprender a trabalhar independentemente.
- desenvolver relações sociais com seus colegas.

QUANTOS AJUDANTES ?

Em geral, não é aconselhável ter um profissional de apoio para ajudar uma criança. Isso pode levar a uma familiaridade grande demais e à dependência da criança naquela pessoa, além de ser uma relação intensa demais tanto para a criança quanto para o ajudante. Considere ter dois ajudantes ao invés de um, que se revezem dividindo horários ou dias. Isso também pode facilitar na hora de substituir um ajudante quando o outro se ausentar por qualque motivo.

Quando planejar o apoio, é vital decidir:
- Quem vai adaptar o trabalho e de que maneira?
- Quem vai procurar e preparar recursos adicionais ?
- Quando isso vai acontecer e com que frequência ?

O professor da turma é o responsável pela diferenciação das atividades, mas muitos professores de apoio são capazes de adaptar atividades se e quando necessário.

O CURRÍCULO
Embora vá haver uma necessidade contínua de visar a independência, o comportamento social e a inclusão social da criança com Síndrome de Down, algumas metas devem ser alcançadas no primeiros anos. Uma atenção maior deve ser dada quando a criança passa da primeira para a segunda série.

Mesmo assim, como para qualquer criança, as atividades devem ser modificadas e adaptadas para se adequar ao nível de aprendizado e desenvolvimento da criança. Em alguns casos, isso pode significar que um novo conceito, assunto ou habilidade deverá ser recortado até um nível bem básico com um foco num ponto específico que você quer que a criança aprenda e entenda.

Embora isso possa significar que, em alguns casos, a criança com Síndrome de Down estará trabalhando num nível muito diferente , não quer dizer que o assunto ou tópico que ela esteja trabalhando seja diferente do dos demais colegas. Com planejamento e o apoio do professor ajudante isso pode ser alcançado com sucesso em muitos casos.

PRÁTICAS DE SALA DE AULA

Muitos alunos com Síndrome de Down, assim como outros alunos com necessidades educacionais especiais, não se adaptam a algumas práticas de sala de aula: aulas expositivas para a turma inteira, aprender ouvindo, e trabalho de reforço baseado em exercícios sem modificação. Portanto, os professores precisam analisar suas práticas de sala de aula e todo o ambiente de aprendizado na classe de forma que as atividades, os materiais e os grupos de alunos sejam levados em conta. Para certos propósitos, a habilidade será menos importante do que os estilos de aprender de cada aluno. É importante, por exemplo, utilizar a motivação e a oportunidade para aprender com bons modelos que surgem quando o alunos com Síndrome de Down está trabalhando em grupo os colegas.

Estudos mostram que não apenas os alunos com necessiades educacionais especiais preferem trabalhar em grupo, mas o grupo cooperativo fomenta o aprendizado.

ESTRATÉGIAS
Decida quando a criança deve trabalhar:
- Em atividades com toda a classe.
- Em grupo ou em pares na classe.
- Em grupo ou em pares numa área afastada.
- Individualmente independentemente ou individualmente com o professor.

Decida quando a criança deve ficar:
- Sem apoio.
- Com apoio dos colegas.
- Com apoio do professor assistente.
- Com apoio do professor da turma.

- Faça um Plano de Educação Individual para atingir determinadas áreas que necessitem atenção.
- Produza uma grade de horários visualmente atraente para que a criança entenda a estrutura do seu dia.

LEITURA

Há muitas pesquisas destacando a forte ligação entre a leitura e o desenvolvimento da linguagem em crianças com Síndrome de Down e a leitura é uma área do currículo em que muitas destas crianças podem se sair muito bem. Como a palavra escrita faz com que a linguagem se torne visual, os textos impressos superam a dificuldade do aprendizado pela audição.

A leitura pode portanto ser usada para:
- Ajudar o entendimento.
- Ajudar a acessar o currículo.
- Melhorar as habilidades de fala e linguagem.

PORÉM É IMPORTANTE ESTAR ATENTO SOBRE COMO A CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN APRENDE A LER, JÁ QUE AS MANEIRAS PODEM SER DIFERENTES DAS RECOMENDADAS POR CADA ESCOLA. UM FATOR CHAVE AO ENSINAR UMA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN A LER É UTILIZAR O MÉTODO DE APRESENTAR A PALAVRA COMPLETA E MUITAS CRIANÇAS SÃO CAPAZES DE COMEÇAR A CONSTRUIR UM VOCABULÁRIO VISUAL DE PALAVRAS FAMILIARES DESTA MANEIRA.

Isso, é claro, pode significar um problema quando existe a exigência de que o método fônico seja utilizado na alfabetização. Usar fonemas para decodificar palavras pode ser mais difícil para crianças pequenas com Síndrome de Down porque ele envolve habilidades como audição apurada e discriminação de sons, assim como estar apto a resolver problemas. Mas uma noção básica do método fonético pode ser adquirida por muitas crianças com Síndrome de Down e isso deve ser introduzido enquanto elas estão construindo seu vocabulário visual.

ESCRITA

Produzir qualquer forma de trabalho escrito é uma tarefa muito complexa. As dificuldades de memória curta, fala e linguagem, sistema motor fino e organização e sequenciamento de informação provocam um impacto considerável na aquisição e desenvolvimento da escrita para muitos alunos com Síndrome de Down.

Áreas de especial dificuldade:
- Colocar as palavras em sequência para formação da frase.
- Colocar eventos-informação em sequência na ordem correta.
- Organização de pensamentos e informação relevante no papel.

ESTRATÉGIAS
- Investigar recursos adicioais para ajudar a escrita como um processo físico – diferentes tipos instrumentos para escrever, apoio tátil para empunhar o lápis, linhas grossas, quadrados no papel para limitar o tamanho da letra, papel com pauta, quadriculado, quadro individual para escrever, programas de computador.
- Oferecer apoio visual – flash cards (cartões de leitura com figura ou foto e palavra), palavras-chave e símbolos gráficos escritos em cartões.
- Oferecer métodos alternativos de memorização: sublinhar ou circular a resposta correta, sequência de frases com cartões, programas de computador específicos, utilizar o método Cloze (subtração sistemática de palavras, substituídas por lacunas num texto a ser aprendido).
- Garanta que os alunos só escrevam sobre assuntos que estejam dentro de sua experiência e entendimento.
- Ao copiar do quadro, sublinhe ou destaque uma versão mais curta que focalize o que é essencial para o aluno.
- Encorajar o uso de letra cursiva para ganhar fluência.

ORTOGRAFIA

Como a leitura, não é indicado confiar apenas na fonética para resolver problemas de ortografia, uma vez que muitas crianças com Síndrome de Down estarão soletrando palavras a partir da sua memória visual. Porém, para desenvolver e expandir sua habilidade de leitura elas vão precisar aprender algumas noções fonéticas , mas o desenvolvimento nesta área pode ser mais lento do que o de seus colegas.

ESTRATÉGIAS
Devido às habilidades de fala e linguagem mais fracas e o vocabulário limitado, é importante:
- Ensinar palavras que eles entendam.
- Ensinar palavras objetivando promover o desenvolvimento de sua fala e linguagem.
- Ensinar palavras necessárias para matérias específicas.
- Ensinar ortografia da maneira mais visual possível.
- Usar métodos multi-sensoriais – por exemplo, olhe-cubra-escreva-cheque, cartões com figuras e palavras, acompanhar com o dedo as letras.
- Reforçar os significados de palavras abstratas com figuras e símbolos.
- Colorir grupos e padrões de letras similares dentro das palavras.
- Oferecer um banco de palavras com figuras agrupado alfabeticamente para reforçar o significado.
- Trabalhar atividades de ortografia no computador.
- Ensinar famílias de palavras simples e básicas.

COMUNICAÇÃO COM OS PAIS E CUIDADORES

Embora muitos pais vão à escola regularmente, um livro de comunicação casa-escola é o ideal como forma de informar as novidades do dia. Isso tem um valor inestimável, principalmente enquanto a criança ainda não possui uma habilidade de fala e linguagem muito desenvolvida para contar as novidades claramente. Tome cuidado para não transformar o livro só em um portador de más notícias.

Versão original em inglês no seguinte link: http://www.downs-syndrome.org.uk/pdfs/DSA%20A4%2012pp%20Primary.pdf

domingo, maio 27, 2012

60 Mil Visualizações!!!

Dia 30 de maio este Blog completará um ano de existência.
Faltando alguns dias para fechar um ano, este Blog teve 60 mil visualizações.
Estou muito contente por ver meu trabalho sendo reconhecido por todos (a) vocês.
Quero agradecer a todos(a) que pesquisaram, buscaram informações sobre seus questionamentos, espero ter atendido a todas as expectativas.
Procuro sempre postar sobre assuntos interessantes e pertinentes à Psicopedagogia.
Compartilhar. Este é o meu lema.
Como diz Cora Coralina: Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina!  Eu me sinto feliz, muito feliz mesmo.
Obrigado. Muito Obrigado!!

sábado, maio 26, 2012

Coleção Papel de carta Teste p/ avaliação das dificuldades aprendizagem


Coleção Papel de carta Coleção Papel de carta
Teste p/ avaliação das dificuldades aprendizagem - Kit completo

Leila Sara José Chamat
Por: R$196,20



Edição: 2     Ano: 1997


Objetivo
Avaliar as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelas crianças.

Público-alvo
Crianças com idade de 6 a 11 anos.

Aplicação
Individual ou coletiva, sem limite de tempo, sendo que a maioria das aplicações leva em média de 50 a 60 minutos.

Descrição
O teste é composto por 6 lâminas com desenhos infantis, que sugerem temas específicos como: Comunicação, Vinculação Afetiva, Receber Afeto, Interação Familiar, Relação com a Aprendizagem e Prognóstico. A criança conta uma história sobre cada lâmina, que é devidamente anotada pelo aplicador. A correção é realizada pela avaliação qualitativa de cada história apresentada.

Conteúdo do kit
01 Livro de instruções
06 Pranchas
01 Livro de avaliação

Sumário do Livro de instruções:
Prefácio
Histórico
Critérios e Passos para elaboração do teste
Objetivos e descrição das Lâminas
Aplicação experimental
Instruções para aplicação
Avaliação
Análise do conteúdo manifesto
Análise do conteúdo latente
Elaboração do parecer final

quinta-feira, maio 24, 2012

Técnicas Projetivas Psicopedagógicas e Pautas Gráficas para sua Interpretação. - INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Bom dia Inez,
Seguem informações sobre o curso a distância:

O curso é oferecido pelo Centro de Estudos Psicopedagógicos Jorge Visca (CEP Jorge Visca), da Argentina.
Será baseado no livro Técnicas Projetivas Psicopedagógicas e Pautas Gráficas para sua Interpretação.
É em espanhol, mas a versão do livro enviado para alunos do Brasil é em português.
O curso será todo por e-mail, primeiro uma exposição teórico-técnica da professora Silvia Schumacher.
Depois terá um intercâmbio de perguntas, comentários dos participantes e da professora. Todos recebem tudo !!!
Todas as perguntas enviadas e algum trabalho solicitado também pode ser em português.
O material do curso estará disponível online em um site para que os participantes baixem para seus computadores.
Tem 8 semanas de duração, de 04 de junho a 27 de julho e o valor é R$ 235,00 (o livro está incluso nesse valor).
As inscrições podem ser feitas até o dia 30/05 e o pagamento pode ser por depósito (BB ou Itaú) ou cartão.

Qualquer dúvida, entre em contato novamente.
Att.,
Mauricéia

Ainda dá tempo!!

Centro de Estudios Psicopedagógicos
"Jorge Visca"

Curso a distancia

Técnicas Proyectivas Psicopedagógicas

"El proceso de aprendizaje consiste en la producción y estabilización de conductas. Serán considerados aprendizaje los que se elaboran en el medio familiar y comunitario, sin que necesariamente esté implicada la escuela, no sólo interesa saber cual es el vínculo que un sujeto establece con el docente, el aula, los compañeros y la escuela, sino que también importan la relación con los adultos significativos que le ofrece modelos de aprendizaje y los escenarios en donde esto ocurre, con los pares, fuera del medio escolar y consigo mismo, en tanto aprendiz en distintos momentos de su vida cotidiana"
Jorge Visca
Inicia 4 de junio de 2012
Docente Mg. Silvia Schumacher
Las pruebas proyectivas psicopedagógicas tienen como objetivo general investigar la red de vínculos que un sujeto puede establecer en tres dominios: el escolar, la familia y consigo mismo.  Forman parte del proceso diagnóstico de la Epistemología Convergente
 
Modalidad
Este Curso se realizará a Distancia, utilizando el Correo Electrónico como principal medio de comunicación a través de una lista de Correo la cual conformará el Aula virtual del Taller.
El participante contará con la orientación de la profesora Schumacher, quién estará a disposición de los alumnos de manera permanente, contestará sus dudas y evaluará su proceso.
 
Objetivo
Lograr que los participantes conozcan la utilidad de su implementación en el proceso diagnóstico psicopedagógico. Reflexionar sobre la construcción de la red vincular de las técnicas utilizadas (familiar, escolar, consigo mismo) en el proceso de aprendizaje de cada sujeto.
  1. Conocer el lugar que ocupan las Pruebas Proyectivas Psicopedagógicas en el proceso diagnóstico. Criterios de selección
  2. Puntualizar sobre los aspectos que se "miran" en las P. P. P.
  3. Comprender el marco teórico de referencia para su aplicación y análisis.
  4. Reflexionar con los participantes sobre la utilidad de estas técnicas.
Contenidos
Dominio escolar:
  • Pruebas: Pareja educativa, Yo con mis compañeros, El plano de la sala de clase. Indicadores significativos.
  • Investiga: Vínculo con el aprendizaje. Vínculo con los compañeros de clase. Representación del campo geográfico del aula. Ubicación real y deseada de la misma.
Dominio Familiar:
  • Pruebas: El plano de mi casa. Los cuatro momentos de un día. Familia educativa. Indicadores significativos
  • Investiga: Representación del campo geográfico del lugar en que se habita. Ubicación real dentro del mismo. Vínculo a lo largo de una jornada de vida. Vínculo de aprendizaje con el grupo familiar y con cada uno de los integrantes del mismo
Dominio Consigo mismo:
  • Pruebas: El dibujo en episodios. El día de mi cumpleaños. En mis vacaciones. Haciendo lo que más me gusta. Indicadores significativos
  • Investiga: Delimitación de la permanencia de la identidad psíquica en función de la cualidad de los afectos. Representación que se tiene de sí y del contexto físico y socio dinámico en un momento de transición de una edad a otra. Actividades escogidas en vacaciones escolares Tipo de actividad de la que más se gusta
Metodología
  • En un primer momento se enviará:
    • El libro del Prof. Jorge Visca "Técnicas Proyectivas Psicopedagógicas y las Pautas Gráficas para su interpretación"
    • Una exposición teórico- técnica de la prof. Silvia Schumacher sobre el tema.
  • Los participantes reflexionarán e intercambiarán, sus opiniones e ideas a partir de estas lecturas.
  • En un segundo momento se enviará un Caso y las tomas de Pruebas Proyectivas Psicopedagógicas, como ejemplo para su análisis.
  • Si los participantes necesitaran consultar por alguna P. P. P. en particular que estén implementando, podrán hacerlo.
Evaluación Final
Consistirá en la entrega de tres tomas de P.P.P., una de cada dominio, analizadas por los participantes.
 
Material Didáctico
Se entregará uno de los libros del profesor Visca:
  • "Técnicas Projetivas Psicopedagógicas e Pautas Gráficas para sua Interpretação" (Edição Português)
Compilado por la Prof. Susana Rozenmacher - El cual se utilizará como bibliografía obligatoría.
 
Dirigido a
Psicopedagogos, Psicólogos, profesionales que tengan una formación de carreras afines y a estudiantes avanzados de esas carreras.
 
Duración
Del 4 de junio al 27 de julio de 2012 (8 semanas).
 
Certificación
Se entregan Certificados de la Institución (No tienen reconocimiento oficial)
 
Precios
El costo del Taller electrónico incluye la entrega en su domicilio del libro de Jorge Visca: "Técnicas Projetivas Psicopedagógicas e Pautas Gráficas para sua Interpretação"
  • Brasil: R$ 235,00 (duzentos reais)
Nota: La fecha límite para efectuar el pago es el miércoles 30 de maio.
 
Más información:
Livraria Click Books Ltda (Mauricéia)
Telefone: 16 3630-5404
E-mail: livraria@clickbooks.com.br
MSN: mauriceia@clickbooks.com.br
    

IX CONGRESSO NACIONAL














A Associação Brasileira de Psicopedagogia - ABPp e o Projeto Cuca Legal do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, promoverão, um evento inédito: ”Diálogos entre Neurociências, Saúde Mental e Educação”.
Em uma realidade em que cada vez mais urge o diálogo entre os saberes. Será uma parceria de oportunidade ímpar, somar o I Simpósio Internacional de Neurociências, Saúde Mental e Educação, do Projeto Cuca Legal (Psiquiatria / Unifesp) com o IX Congresso Brasileiro de Psicopedagogia (ABPp).
Renomados palestrantes brasileiros e estrangeiros foram convidados e as tratativas de viabilização dessas participações estão em curso. Além da programação científica, uma agenda social primorosa está em preparação para a confraternização entre você e os colegas de diferentes regiões do país que lá estarão presentes.
Cada detalhe vem sendo pensado por uma equipe dedicada à organização do maior evento brasileiro da área.
Como sempre, tanto a diretoria da ABPp, quanto a equipe do Projeto Cuca Legal (Psiquiatria / Unifesp), têm o grande desejo e interesse de garantir, não apenas uma programação científica de qualidade, mas a realização dos anseios dos participantes.
Com uma grade de palestras, conferencias, oficinas e colóquios bastante criteriosa e competente, acreditamos que cada congressista e simposista terá a oportunidade de desfrutar destes importantes e necessários Diálogos.
Desta forma, queremos convidá-los a participar, discutir e apresentar trabalhos científicos.
Esperamos por você, na certeza de que a sua presença é a garantia do sucesso de nosso evento.






terça-feira, maio 22, 2012

A INDISCIPLINA NO CONTEXTO ESCOLAR: Intervenção Psicopedagógica

APRESENTAÇÃO
Por: Inêz Maria Kwiecinski Teles de Souza

O Estágio Institucional Orientado foi realizado em uma escola da Rede Pública do Município de Alvorada. Esta etapa, com carga horária de 30 horas, teve início no dia 02 de abril e terminou no dia 16 de abril de 2012, com carga horária semanal de 3 horas, distribuídas da seguinte forma: visita à escola, elaboração do cronograma de visitas junto à vice-direção - 03 horas; observação das dependências da escola e do funcionamento da mesma - 03 horas; observação dos alunos em sala de aula e do recreio da turma - 03 horas; levantamento estatístico do percentual de alunos da turma que apresentam notas inferiores à média adotada pela instituição - 03 horas; Observação em sala de aula, levantamento das queixas com a professora regente - 03 horas; Aplicação de testes (E.O.C.M.E.A.), e Par Educativo - 03 horas; análise dos resultados do E.O.C.M.E.A e Par Educativo, levantamento de dados do local na secretária – 03 horas;  entrevista com os demais professores e com a orientadora da escola - 03 horas; análise das observações e dos dados coletados - 03 horas; Devolução para a escola – Informe Psicopedagógico – Apresentação do diagnóstico, instrumentos de pesquisa utilizados e indicações, encaminhamentos e prognóstico – 04 horas.

Este relatório é composto da descrição das atividades, das observações e das experiências vivenciadas no período do estágio que se baseou nas teorias de Piaget, Visca, Pain, Bossa e Fernandéz, dentre outros.

Em anexo, encontram-se as fichas do estágio, descrições dos testes e cópias das atividades aplicadas aos aprendentes.

As atividades práticas envolvendo os conhecimentos adquiridos oportuniza aos estagiários o contato com o ambiente de trabalho, consciência da importância do trabalho desenvolvido, interação com novas pessoas e possibilidade de entrar no mercado de trabalho já com boas indicações.

REGISTRO DA QUEIXA

A Escola Municipal de Ensino Fundamental onde o trabalho foi realizado recebe alunos de baixa renda familiar, onde em sua maioria percebe-se a extrema pobreza. Os alunos de uma turma do 4º ano são atendidos por uma professora titular e mais duas que ministram aulas de Educação Física e Recreação, atualmente a turma é composta por 28 alunos, 15 meninos e 13 meninas e eles estudam no período da tarde. Não é uma turma muito grande, os alunos com idades variando entre 9 e 12 anos, possuem um vínculo negativo com a aprendizagem, evidenciado na relação com os professores e pelo baixo rendimento nos estudos, levando muitas vezes ao fracasso escolar. Nesta turma temos dois alunos ainda não alfabetizados e outros com sérios problemas de aprendizagem.

A queixa: “Turma indisciplinada e com baixo rendimento escolar”. Durante as observações percebi que na condução das atividades e para a mediação das atitudes, não são estabelecidas regras nem limites, o que faz com que os alunos se tornem dispersos, desatentos, desinteressados e agressivos entre si. Em certos momentos a turma parece demonstrar o desejo de vínculo positivo com a aprendizagem, eles demonstram necessidade de afeto e de um olhar mais direto do professor, a turma anseia por uma liderança, porém não tem uma orientação clara e segura por parte dos professores, desta forma ficam a mercê de lideranças negativas de alguns colegas da classe, tornando-os alvo de rotulações e constantes perturbações.

JUSTIFICATIVA

A escola contemporânea tem se defrontado com diversos dilemas éticos, tais como o roubo, o uso de drogas, a vida sexual precoce, a gravidez na adolescência, e o mais comum e que se destaca na maioria das escolas, a indisciplina.  A sociedade mudou bastante no que diz respeito aos valores morais e os problemas na escola são cada vez mais inéditos.

Talvez um dos grandes desafios de nossos tempos seja a construção dos limites e da ética dentro da escola. A indisciplina na escola tem tirado o sono de muitos gestores escolares, educadores e também de pais.

Para intervir, é preciso compreendê-la e, antes de tudo, defini-la. Para a Psicopedagogia, a indisciplina é um problema que deve ser analisado a partir de como está ocorrendo o processo de ensino aprendizagem destacando-se os aspectos cognitivos, afetivos, morais, sociais e psicológicos, além dos físicos nos quais também se inclui o espaço escolar. Desta forma, é necessário analisar o problema, a partir dos vários fatores que se relacionam com a aprendizagem.

A partir dessa reflexão e das observações realizadas na escola surge à necessidade de se elaborar um projeto junto com os professores e com a turma que resgate o prazer de ensinar e de aprender, bem como se possibilite a construção de regras de convivência que visem solucionar os problemas indisciplinares.

 OBJETIVOS

Objetivos gerais:

Capacitar os professores através da Intervenção Psicopedagógica a obter melhores resultados no rendimento escolar dos educandos, explorando a capacidade de ensinar dos professores e a de aprender dos alunos.

Intervir psicopedagogicamente para resgatar o vínculo afetivo entre aprendentes e ensinantes, amenizando toda e qualquer forma de indisciplina dentro e fora da sala de aula.

Objetivos específicos:

Identificar no funcionamento da escola as configurações relacionais que podem estar obstaculizando o processo de ensinar e aprender;

Explorar com os professores teoricamente o processo do desenvolvimento integral dos seus alunos e as causas da indisciplina;
Explorar com os professores e alunos novas metodologias de trabalho que possibilitem a construção do conhecimento e a construção das regras de convivência;

PÚBLICO ALVO

Os alunos de uma turma do 4º ano, de uma escola EMEF de Alvorada, seus respectivos professores e toda a equipe diretiva da escola.

METODOLOGIA/OPERACIONALIZAÇÃO

A metodologia a ser adotada para concretização desse estudo consistirá basicamente na observação, análise documental, pesquisa e revisão bibliográfica, bem como pesquisa de campo, tendo em vista que serão realizados questionamentos a respeito dos métodos empregados pelos professores para realizar sua prática docente.

Assim, para uma prática educativa eficaz é importante preparar os alunos para saberem lidar com diferentes tipos de liberdade, pela qual estão inerentes restrições fundamentais para que não seja comprometida a liberdade de outros. Para o efeito é necessário à definição de regras que contribuam para elucidar os alunos dos seus limites comportamentais, bem como para desencadear um sentido de dever a que é designado de disciplina. É através desta que os alunos desenvolvem a curto, médio e a longo prazo, a formação do carácter ao nível “intelectual, social, cívico e moral” (Campos, 1989, citado por Picado, 2009, p. 3).

Alguns estudos consideram a indisciplina em sala de aula como decorrente do enfraquecimento do vínculo entre moralidade e sentimento de vergonha, e este enfraquecimento explica diversos comportamentos dos alunos considerados indisciplinados. O autor cita um exemplo do aluno não sentir vergonha de suas balbúrdias, pois não vê no respeito ao outro um valor a ser reverenciado. E chama a atenção para o lugar que a escola ocupa hoje na sociedade, para a criança e para a moral. La Taille (1996) propõe que se deve reforçar na criança o sentimento de sua dignidade como ser moral e prepará-la para o exercício da cidadania.

Em entrevista a uma revista, esse autor aborda que: Em primeiro lugar, se o aluno não respeita normas, provavelmente essas normas não fazem sentido para ele. Para que elas façam sentido, elas têm de estar relacionadas a um projeto de vida. Se temos uma pessoa violenta e tentamos resolver o problema falando em paz, continuamos agindo no sentido normativo. A melhor maneira para fazer com que uma pessoa deixe de ser violenta é entender o significado que a violência tem para ela, e não desfiar um discurso.

De acordo com Serra (2009), faz-se necessário, também, que a escola tenha seus limites e códigos de conduta bastante claros, deixando evidentes, também, as suas formas de sanção, ou seja, como trata cada situação de indisciplina.

Piaget (1994), afirma que a noção de justiça e como esta se desenvolve resulta diretamente de determinados tipos de relações familiares, sociais e religiosas. A noção de justiça, segundo ele, resulta diretamente da cooperação e o sentimento de justiça desenvolve-se através do respeito mútuo e da solidariedade entre crianças. Autores como Kolberg (citado por MENIN, 1996) compartilharam esta ideia através de uma pesquisa sobre o raciocínio moral em adolescentes, concordando com Piaget quanto à importância da cooperação para a construção de uma moralidade mais autônoma. A pesquisa feita por Menin tem o objetivo de demonstrar que as escolas atuais, com frequência, constroem uma moral mais heterônoma do que autônoma, pois as regras impostas pelos professores nas escolas seguem um sistema arbitrário de punição e recompensa, que não são reexaminadas pelos alunos para que estes possam compreender seus significados racionais e sociais. Araújo destaca que um ambiente escolar democrático ou de cooperação não assegura a ação moral de quem o vivencia, porque nada garante que uma pessoa que possua um juízo moral autônomo venha a se comportar de acordo com este juízo.

Fica claro que métodos e metodologias eficazes precisam ser desenvolvidos o quanto antes para que o objetivo seja de fato alcançado. O ato da indisciplina não é tão fácil de controlar e muito menos combater, pois o número de professores qualificados, infelizmente ainda é pouco.

A escola precisa cada dia mais criar subsídios que amenizem o problema, a função da escola, que é promover a aprendizagem e isso em muitos casos tem deixado a desejar.

A indisciplina e consequentemente a falta de aprendizagem pode está relacionada com três elementos que são importantes na efetivação da aprendizagem. Estes fatores influenciam de forma negativa (se forem mal estabelecidos) ou positiva (se forem bem trabalhados) no ensino e aprendizagem: os problemas familiares; os da própria criança e os relativos à escola.

Neste sentido, é necessário que os educadores revejam suas práticas de ensino, utilizando-se do lúdico em sala de aula tornando assim suas aulas mais interessantes resgatando no aluno o interesse pelo aprendizado.

Reorganizar o currículo por projetos, em vez das tradicionais disciplinas. Essa é a principal proposta do educador espanhol Fernando Hernández. Ele se baseia nas ideias de John Dewey (1859-1952), filósofo e pedagogo norte-americano que defendia a relação da vida com a sociedade, dos meios com os fins e da teoria com a prática. Hernández põe em xeque a forma atual de ensinar.

O modelo propõe que o docente abandone o papel de “transmissor de conteúdos” para se transformar num pesquisador. O aluno, por sua vez, passa de receptor passivo a sujeito do processo. É importante entender que não há um método a seguir, mas uma série de condições a respeitar. O primeiro passo é determinar um assunto – a escolha pode ser feita partindo de uma sugestão do professor ou da turma. Todas as coisas podem ser ensinadas por meio de projetos, basta que se tenha uma dúvida inicial e que se comece a pesquisar e buscar evidências sobre o assunto.

Cabe ao educador saber aonde quer chegar. Estabelecer um objetivo e exigir que as metas sejam cumpridas é papel do professor. Por isso, Hernández alerta que não basta o tema ser “do gosto” dos alunos, ele precisa despertar a curiosidade por novos conhecimentos, por isso, uma etapa importante é a de levantamento de dúvidas e definição de objetivos de aprendizagem.

O projeto avança à medida que as perguntas são respondidas e o ideal é fazer anotações para comparar erros e acertos – isso vale para alunos e professores porque facilita a tomada de decisões. Todo o trabalho deve estar alicerçado nos conteúdos pré-definidos pela escola e pode (ou não) ser interdisciplinar. Antes, se faz necessário que se defina os problemas a resolver. Depois, escolher a(s) disciplina(s). Nunca o inverso. A conclusão pode ser uma exposição, um relatório ou qualquer outra forma de expressão.

Segundo Hernandez (1998) é importante ainda frisar que há muitas maneiras de garantir a aprendizagem. Os projetos são apenas uma delas. É bom e é necessário que os estudantes tenham aulas expositivas, participem de seminários, trabalhem em grupos e individualmente, ou seja, estudem em diferentes situações.

Além desta sugestão da pedagogia por projetos, há outras opções, outras ideias que se forem postas em prática contribuirão muito para a aprendizagem significativa dos alunos, além de auxiliar no combate a indisciplina em sala de aula.

Destaca-se a necessidade de:

Capacitar os professores através de revisão de seus métodos de ensino a fim de atuarem de maneira mais significativa, resgatando assim, a motivação dos alunos pelo estudo e consequentemente o compromisso com o aprender;

Capacitar os professores através de encontros individuais e coletivos a fim de estudar e avaliar materiais de estudo sobre o processo de desenvolvimento integral dos alunos, considerando a faixa etária da turma, além de referencial teórico sobre as questões relativas à indisciplina.
Promover palestras para que os educadores possam colocar suas experiências aos pais e a comunidade, para que estes conheçam que tipo de cidadãos estão sendo formados nas escolas;
Discutir e elaborar juntamente com os educandos um regulamento interno da turma, para que, respeitando-os e fazendo-os respeitar, trabalhem assim, a individualidade dos alunos, fazendo que todos consigam relacionar-se com os outros, e consequentemente superando as dificuldades de relacionamento;
Ofertar oficinas, palestras para trocas de ideias entre pais, alunos e professores, favorecendo assim uma ponte de ligação que dê a ambas as partes o reconhecimento de fatores importantes como valores, ética e respeito;
Conscientizar nos alunos a necessidade e importância de uma relação harmoniosa entre professor-aluno na sala de aula;
RESULTADOS ESPERADOS

Oliveira, apub Freire (2009) define claramente o ambiente escolar, para ele, “Escola é”... o lugar onde se faz amigos. Não se trata só de prédios, salas, quadros, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, gente que estuda, gente que se alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor, na medida em que cada ser se comportar como colega, como amigo. Importantemente na escola não é só estudar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se amarrar nela.

Podemos perceber com a pesquisa bibliográfica, que são várias causas que podem desencadear a indisciplina escolar tais como: a educação familiar e cultural, as frustração, o tipo de prática pedagógica utilizada pela escola, entre outros. Hoje, a comunidade escolar e os professores se queixam muito dos alunos indisciplinados; os alunos não se concentram nos conteúdos e acabam trazendo transtornos em sala de aula. Não se pode culpar somente os alunos pela  indisciplina, tem que buscar o porquê da sua atitude, investigar as causas indisciplinares, em seus vários aspectos.

Espera-se que através da capacitação teórica e prática trabalhada com os professores e a equipe diretiva neste projeto eles possam elaborar junto com os alunos estratégias de ação que possam gradativamente resolver os problemas apresentados na queixa; ou seja, os problemas relativos às dificuldades de comprometimento com o processo de ensino aprendizagem e com as questões referentes à indisciplina em sala de aula. O próprio professor precisa resgatar em seu aluno o prazer de aprender.

RECURSOS

Recursos humanos:
Estagiária, Equipe Diretiva da Escola, Professores e Alunos da turma do 4º ano.

Recursos materiais:
Bibliografia pertinente à capacitação que será feita em relação ao processo de ensino aprendizagem e sobre a indisciplina. Papel sulfite, lápis preto, borracha, canetas, lápis de cor, canetinhas, pincel atômico, papel pardo, cola, tesoura, papel para dobradura, fita adesiva.

Recursos físicos:
Sala de aula, pátio da escola, sala de reunião, laboratório de aprendizagem, sala da equipe diretiva.

Equipamentos:
Máquina fotográfica.

CRONOGRAMA

Será combinada junto à equipe diretiva da escola a disponibilidade de horários para execução do projeto e para organização do cronograma, mas o que seria trabalhado no mesmo está discriminado na metodologia.

AVALIAÇÃO DO PROJETO:

Será realizada por escrito com todas as pessoas que participarem do projeto, as quais irão analisar quais foram às contribuições que ele trouxe para a prática docente.

REFERÊNCIAS:

AFFONSO, Almerindo: Relações de Poder Assimétrico. IN: Motta. A escola e a indisciplina. Ed. Porto 1998.

BALESTRA, Maria Marta Mazaro. A Psicopedagogia em Piaget: uma ponte para a educação da liberdade. Curitiba: IBPEX, 2007.

ESTRELA, Maria Teresa. Relação Pedagógica e indisciplina. IN: Motta. A escola e a indisciplina. Ed. Porto 1998.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, 25ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

HERNANDEZ F; VENTURA M. Os Projetos de Trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares. IN. HERNANDEZ F. E VENTURA M. A organização do currículo por projetos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

PIAGET, J. O juízo moral na criança. 2. ed. São Paulo: Summus, 1994

PICADO, L. A Indisciplina em Sala de Aula: Uma Abordagem Comportamental e Cognitiva. Acesso em 06 de maio de 2012, de Psicologia: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0484.pdf

PORTO, Olívia. Psicopedagogia Institucional: teoria, prática e assessoramento psicopedagógico. 2ª ed. Rio de Janeiro: Wak: 2007.

TAILE, Yves de La. Limites: três dimensões educacionais. São Paulo: Ática, 2001.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertard, 1995.

segunda-feira, maio 21, 2012

"Most" A Ponte entre agora e sempre - O QUE É NECESSÁRIO PARA TRANSFORMAR UMA VIDA?



Título Original:Most
Sinopse
O filme conta a história do afetuoso relacionamento entre um operador de uma ponte levadiça o seu pequeno único filho.
Este amor é colocado à prova quando os dois tentam impedir um iminente desastre com um trem que transporta centenas de pessoas que não imaginam o perigo que correm: a ponte levadiça à sua frente está levantada! Quando uma jovem, que leva uma vida totalmente sem rumo, testemunha um grande ato de amor, sua vida muda para sempre.
O que é necessário para transformar uma vida?

A Onda (Die Welle) Trailer LEGENDADO

Filme "A Onda" 2008

Filme "A Onda"

Baseado em uma história real o filme "A Onda" mostra como é possível a criação de doutrinas ideológicas em sala de aula, não só no passado, mas atualmente.
O filme que foi adaptado do ensaio The Third Wave (A Terceira Onda), do professor de História Ron Jones, no qual relata sua experiência numa escola da Califórnia (EUA), em 1967, na tentativa de explicar na prática como Hitler e o Partido Nazista chegaram ao poder na Alemanha.

Tudo acontece em uma semana de aula onde o professor e seus alunos criam o movimento A Onda, tudo a partir de normas de conduta, espírito coletivo, disciplina e a busca de um bem maior.

O filme mostra a vida pessoal de alguns alunos, deixando claro que dependendo da familia e dos problemas que determinadas pessoas podem ter, são mais fáceis de serem manipuladas.
O filme conta com um final quase que trágico em uma partida de pólo aquático onde o professor, quase que tardiamente, percebe que precisa por um ponto final em tudo aquilo.

O Filme é bom e com certeza recomendado a todos em geral, pois fenômenos como massificação, fanatismo e intolerância são perigosos e quem sabe não estão aí positivos e operantes?

domingo, maio 20, 2012

A Onda - completo - (The Wave 1981) Um filme, várias reflexões



A Onda é um filme que relata um acontecimento em uma escola nos EUA.
Esta versão é bem mais realista do que a alemã gravada em 2008. Este filme nos faz refletir sobre a importância do papel do professor em sala de aula. Um erro pode ser fatal e trazer sérias consequencias.
Quando o professor é questionado ele pensa em como explicar ou interpretar aquela questão.
Assista o filme e reflita o perigo de uma mente e atitude manipuladora.
Este filme não está postado de forma comercial.
Assista-o e divulgue o link.

O Espelho tem duas faces Cena 2 - Aula de Literatura - Exibido na aula da Profª Fabiani Portella


Nesta cena a professora dá uma aula para um grande número de alunos, todos bastante presentes e envolvidos com a apresentação.

O Espelho tem duas faces Cena 1 - Aula de Matemática - Exibido na aula da Profª Fabiani Portella


Nesta cena, que abre o filme, o professor está dando uma aula de matemática, super compenetrado e envolvido com a matéria, da qual gosta muito. E os alunos como estão ?

quarta-feira, maio 16, 2012

Visions (Visões)


Aprendizes (nativos digitais) do século 21 utilizarão tecnologias interativas em ambientes de aprendizagem voltados para a investigação e o trabalho colaborativo, com professores capazes de usar a tecnologia para ajudá-los a transformar conhecimento e competências em produtos, soluções e novas informações

terça-feira, maio 15, 2012

MODELO DE ANAMNESE - INSTITUCIONAL

ROTEIRO DE ANAMNESE

Data
Grau de parentesco do informante

1-Identificação
Nome: Apelido:
Idade: Sexo: Local de nascimento:
Residência:
Cep: Telefone: Cidade:
Escola:
Escolaridade: Período Escolar:
Endereço da escola:
Telefone da escola: Nome do professor:
Observações:

2. Dados familiares:
Nome do Pai:
Grau de instrução: Profissão:
Idade: Naturalidade:
Nome do Mãe:
Grau de instrução: Profissão:
Idade: Naturalidade:
Religião dos Pais:
Outros filhos
Nome
Idade
Escolaridade
1-

2-

3-

4-

5-

6-

7-

3. Queixa ou motivo da consulta

Desde quando há o problema? _______________________________________________________
Já procurou outros especialistas? Quais? _______________________________________________
Está fazendo algum tipo de tratamento médico, Psicológico, psiquiátrico ou neurológico?________
Por quê?________________________________________________________________________

4. Antecedentes pessoais
4.1. Gestação
Fez alguma transfusão durante a gravidez?
Quando sentiu a criança se mexer?
Levou algum tombo?
Doenças durante a gestação:
Condições de saúde da mãe durante a gravidez:
Condições emocionais:
Condições de saúde da mãe durante a gravidez:
Houve algum episódio marcante durante a gravidez?

4.2. Condições de nascimento
Nasceu de quantos meses?
Com quantos quilos? Comprimento:
Desenvolvimento do parto:
Prematuro? A termo?
Observações:

4.3. Primeiras reações
Chorou logo?
Ficou vermelho demais? Por quanto tempo?
Ficou preto?
Precisou de oxigênio?
Ficou ictérico (amarelado, esverdeado)?

5. Desenvolvimento
5.1. Saúde
A criança sofreu algum acidente ou se submeteu a alguma cirurgia?
Possui reações alérgicas?
Tem bronquite ou asma?
Apresenta problemas de visão?
E de audição?
Dor de cabeça?
Já desmaiou alguma vez? Quando?
Como foi?
Teve ou tem convulsões?
Há alguém da família que apresenta problemas de desmaios, convulsões, ataques?

Observações:

5.2. Alimentação
A criança foi amamentada? Até quando?
Como é sua alimentação?
É forçada a se alimentar?
Come sem derrubar a comida?
Recebe ajuda na alimentação?
Observações:

5.3. Sono
A criança dorme bem?
Como é seu sono (agitado, tranqüilo)?
Fala dormindo? É sonâmbulo? Range os dentes?
Dorme em quarto separado dos pais?
Com quem dorme?
A criança acorda e vai para a cama dos pais?
Observações:

5.4. Desenvolvimento psicomotor
Corno era quando bebê?
Em que idade:
Firmou a cabeça? Sentou sem apoio? Engatinhou? Ficou de pé? Andou?
Teve controle dos esfíncteres:
anal diurno: anal noturno: vesical diurno: vesical noturno:
Corno foi ensinado esse controle?
É lento para realizar alguma tarefa?
Veste-se sozinho? Torna banho sozinho?
Calça-se sozinho? Sabe dar nós nos sapatos?
É desastrado?
Anda de bicicleta? Desde quando?
Pratica esportes? Quais?
É destro ou canhoto?
Foi exigido que usasse urna das mãos para escrever ou comer?
Em casa quem escreve com a mão direita? E com a esquerda?
Rói unhas? Chupa dedos?
Tem outra mania ou tic? Qual?
Precisa de ajuda para fazer alguma coisa?
Observações:

6. Escolaridade
A criança gosta de ir à escola?
É bem aceita pelos amigos ou é isolada?
Já repetiu a série alguma vez? Por quê?
Gosta de estudar? Tem o hábito de leitura?
Faz as lições que os professores passam?
Os pais estudam com a criança?
Mudou muitas vezes de escola? Porquê?
Vai bem em matemática?
Tem dificuldade em leitura e escrita?
É irrequieta na escola? Em que circunstâncias?
Quais as principais dificuldades encontradas na escola?
O que os professores acham dela?
Observações:

7. Linguagem
Quando usou as primeiras palavras com significado?
Gagueja? Troca letras quando fala?
Relata fatos vivenciados?
Em alguma época notou alguma alteração na comunicação? Qual?
Descreva a comunicação atual:
Observações:

8. Sexualidade
Foi feita alguma educação sexual? Quem fez?
Como foi?
Tem curiosidade sexual?
Os pais conversam sobre sexualidade com a criança?
Observações:

9. Aspectos ambientais
Prefere brincar sozinha ou com amigos?
Prefere brincar com crianças maiores ou menores que ela?
Faz amigos com facilidade? Adapta-se facilmente ao meio?
Como é o relacionamento da criança com os pais?
E com os irmãos?
Quais as medidas disciplinares normalmente usadas com a criança?
Quem as usa?
Quais as reações da criança frente a essas medidas?
Observações:

10. Características pessoais e afetivo-emocionais
Como é a criança sob o ponto de vista emocional?
Dentre as características abaixo em quais ela se enquadra mais?
Agressiva ( ) Passiva ( ) Dependente ( ) Irriequieta ( ) Medrosa ( )
Retraída ( ) Excitada ( ) Desligada ( ) Outros:
Como reage quando contrariada?
Atividades preferidas:
Observações:

11. Atividades diárias da criança
Descreva o dia-a-dia da criança desde quando acorda até a hora de dormir:

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