O estudo da psicomotricidade começou em XVII-XVIII onde técnicas corporais estudavam o investimento político e econômico do corpo. No séc. XIX passou a ser ciências médicas (não mais ciências humanas) com descobertas da neurologia, onde o córtex cerebral tinha áreas propriamente motoras. As experiências de Broca mostrou ligação entre uma lesão cerebral e uma afasia.
Estudos sobre a psicomotricidade respondiam diretamente às necessidades da modernidade capitalista. Adequar os movimentos dos trabalhadores à industrialização. Para isso era preciso haver treinamento da classe trabalhadora e cada vez mais precoce (idade). A educação escolar ocupou espaço de controle e adequação do corpo aos ditames do trabalho. A infância era vista como superfície chata e plana, facilmente moldável, mas também com vícios latentes que precisavam ser corrigidos.
O poder médico também defendeu a higienização para transformar os hábitos cotidianos do trabalhador, vendo as antigas crenças como primitivas e nocivas. A infância teve um olhar disciplinar e todas as práticas voltadas para ela. Os médicos orientavam as famílias e eram autoridades para prescrever normas racionais de conduta e medidas preventivas.
Nesta época as práticas corporais ficaram sob a égide da disciplina Ed. Física. A Ed. Física não é apenas exercício muscular, mas todas as associações entre pensamento e movimento. Surge então uma prática chamada ginástica educativa e depois dividiu-se em ginástica pedagógica e ginástica médica (voltada a reabilitação de crianças com necessidades especiais).
A cientificização do corpo teve aplicabilidade maior nos anos 30. Na primeira infância as intervenções se concentravam nos cuidados ideais que a maternidade deveria suprir (alimentação, higiene...) e na segunda infância e adolescência as intervenções concentravam-se em exercício físico para ordem e progresso, mente sã, corpo são.
A principal dificuldade das fábricas automáticas era fazer os humanos renunciarem de suas irregularidades para ter regularidade dos movimentos da Disciplina fabril. O êxito não foi total. O capital jamais conseguiu controlar totalmente a força de trabalho humano. Mas levando sempre em consideração a produção, além de recuperar anormais, era preciso criar artifícios compensatórios para suprir a precariedade das condições para dar continuidade ao sistema produtivo.
Organizador: paralelismo
Modelo: Mecanicista, dualismo cartesiano (mente-corpo)
Concepção do corpo: receptáculo da tradição.
Bases teóricas: neurologia.
- Anatomofisiológica estática (ligação entre pensamento e movimento) Ling e Tissié
- Corticopatológica (não é mais estático) Liepmann
- Neurofisiológica (todo movimento tem um significado biológico) Jasckson e Sherrington
- Síndrome da debilidade motora (patológico congênito hereditário) Wallon
- Independência entre debilidade motora e mental - Dupré
- Exame psicomotor – Guilmain
- Reeducação psicomotora (médico pedagógica) – Guilmain
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