segunda-feira, junho 11, 2012

Baralho dos Pensamentos

Baralho dos Pensamentos: reciclando idéias, promovendo consciência

Renato Maiato Caminha e Marina Gusmão Caminha
Disponibilidade: Em Estoque.
R$ 95,00
                                                                           Descrição
Baralho dos Pensamentos: reciclando idéias, promovendo consciênciaRenato e Marina acabam de inovar mais uma vez. Com o presente trabalho, oferecem aos terapeutas de crianças e adolescentes uma maneira mais direta de lidar com os pensamentos e crenças intermediárias, estas últimas se constituindo talvez em um dos aspectos menos compreendidos e explorados pela terapia cognitiva. Este livro, Baralho dos Pensamentos, parte das seis emoções básicas – já delimitadas e devidamente justificadas em seu predecessor, o Baralho das Emoções – e apresenta os pensamentos mais comumente associados às respectivas emoções. Uma vez mapeados os pensamentos, os terapeutas iniciam um processo que os autores chamaram de “Reciclagem”, constituído por uma série de técnicas de reestruturação narrativa com influência da linguística e de abordagens cognitivas mais recentes, dentre elas a Terapia Cognitiva Processual que tive o privilégio de desenvolver. Desse modo, de posse das informações contidas neste livro, o terapeuta tem mais facilidade para conduzir as crianças e adolescentes em um trabalho de reestruturação cognitiva consistente, utilizando uma metodologia estruturada e facilmente replicável, de modo lúdico e fácil, visando a garantir resultados mais duradouros.
Com o lançamento desta abordagem inovadora, a ser inserida na prática diária dos terapeutas cognitivos brasileiros – e não tenho dúvidas de que em breve isto se tornará também uma realidade internacional –, Renato e Marina demonstram como as dificuldades para lidar com temas complexos como as crenças intermediárias e centrais podem ser facilitadas e transformadas em ações de relativamente fácil acesso, sem no entanto tirar-lhes sua complexidade inerente.

Introdução
O que é o Baralho dos Pensamentos?
Há um consenso entre terapeutas infantis no qual a abordagem inicial de crianças na clínica cognitiva se dá através das emoções. Tal escolha se pauta na ideia de que identificar emoções é, inicialmente, muito mais fácil do que identificar pen- samentos (Stallard, 2007; Friedberg e Maclure, 2004; R. M. Caminha e M. G. Caminha, 2007).
De acordo com a lógica de enfatizarmos inicialmente as emoções nesta modalidade clínica, R. M. Caminha e M. G. Caminha (2011) desenvolveram um instrumento de abordagem da prática infantil com ênfase justamente nas emoções denominado Baralho das Emoções: acessando a criança no trabalho clínico, sendo que tal instrumento possibilita que a porta de entrada do trabalho clínico seja justamente feita através da identificação das emoções. Os pensamentos, por sua subjetividade e dificuldade inicial de serem identificados pelas crianças, num papel coadjuvante, entram em cena num segundo momento.
O Baralho das Emoções possibilita que o terapeuta seja capaz de identificar as principais emoções ativadas pela criança nos mais diversos contextos patológicos. Nas manifestações, não necessariamente patológicas, permite que se faça uma psicoeducação com as crianças, ensinando-lhes sobre as emoções, validando-as, quantificando-as e adequando reações comportamentais saudáveis e com impacto favorável no contexto ambiental. Permite ainda que metas de tratamento sejam objetivadas através da identificação clara dos problemas infantis, além de permitir o monitoramento e acompanhamento dos problemas apresentados pela criança tendo por fim a possibilidade de elaborarmos completos registros de pensamentos bem como diagramas de conceitualização cognitiva (R. M. Caminha e M. G. Caminha, 2011).
Logicamente, no modelo clínico infantil jamais desprezaríamos os pensamentos, e o Baralho das Emoções, com seus instrumentos que permitem o monitoramento das emoções, acaba por levar à identificação dos pensamentos arraigados no funcionamento esquemático de cada criança e, posteriormente, à reestruturação cognitiva dos pensamentos disfuncionais ou mesmo à capacidade de criação de recursos (resolução de problemas) de enfrentamento de situações reais de impacto negativo na vida das crianças em atendimento clínico (M. G. Caminha e R. M. Cami- nha, 2011). O presente trabalho, denominado Baralho dos Pensamen- tos: reciclando ideias, promovendo consciência, surge no intuito de instrumentalizar terapeutas cognitivos na sequência do Baralho das Emoções com uma ferramenta que aponta as principais cognições derivadas das emoções consideradas básicas, além de promover a técnica da reciclagem de pensamentos bem como o cartão de enfrentamento SOS (saque seu cartão; olhe seu car- tão; e siga o seu cartão).
O Baralho dos Pensamentos está dividido em três fases de aplicação, todas diferenciadas entre si e cada uma com um protocolo específico de aplicação devidamente anexados neste instrumento.
␣␣ A Fase 1 aborda emoções com impacto mais negativo ou consequências mais danosas à criança e a quem com ela convive: tristeza, raiva, medo e o nojo. Tais emoções são denominadas para a criança como emoções desagradáveis de sentir.
␣␣ A Fase 2 visa à busca de um equilíbrio através da ativação clínica de emoções com impacto mais positivo: amor e alegria. Estas emoções são denominadas como emoções agradáveis de se sentir.
␣␣ A Fase 3 objetiva ampliar os limites do terapeuta buscando ações que podem promover engajamento social e ambiental e contribuir para desenvolvermos crianças mais resilientes, colaborativas, empáticas e assertivas. A Fase 3 pode ser aplicada individual ou coletivamente e não é necessariamente obrigatória sua aplicação num processo terapêutico básico.
Desse modo, o Baralho dos Pensamentos em suas três fases de aplicação estaria de acordo e permitiria, inclusive, o desenvolvimento de técnicas baseadas em mindfulness, envolvendo seus princípios elementares de trabalho (Hayes, Pankey e Gregg, 2002).
 

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