quarta-feira, março 26, 2014

Bullying na Escola

O Bullying deve ser trabalhado nas escolas buscando sempre priorizar o esclarecimento sobre o quanto as vítimas sofrem e o quanto esse sofrimento pode afetar a vida desses alunos por longo tempo e em algumas situações o trauma e irreversível. 
A palavra “bullying” não tem tradução para o português. É usada para qualificar comportamentos violentos no âmbito escolar. No dicionários encontramos a palavra “bully” que quer dizer: indivíduo brigão, valentão, tirano, mandão Já a expressão “bullying” corresponde a um conjunto de atitudes de violência física ou Psicológica, de caráter intencional e repetitivo, pratica por um bully (agressor) contra uma ou mais vítimas que se encontram impossibilitadas de se defender.
As agressões geralmente não apresentam motivações específicas ou justificáveis, isso quer dizer que os mais fortes utilizam os mais fracos por  puro prazer, diversão, com o intuito de maltratar, humilhar, intimidar e amedrontar suas vítimas.




O QUE É BULLYING?
O bullying é um termo ainda pouco conhecido do grande público. De origem inglesa e sem tradução ainda no Brasil, é utilizado para qualificar comportamentos agressivos no âmbito escolar, praticados tanto por meninos quanto por meninas. Os atos de violência (física ou não) ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos que se encontram impossibilitados de fazer frente às agressões sofridas. Tais comportamentos não apresentam motivações específicas ou justificáveis. Em última instância, significa dizer que, de forma “natural”, os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas.

QUAIS SÃO AS FORMAS DE BULLYING? 
As formas de bullying são:
• Verbal (insultar, ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos, “zoar”)
• Física e material (bater, empurrar, beliscar, roubar, furtar ou destruir pertences da vítima)
• Psicológica e moral (humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar, difamar)
• Sexual (abusar, violentar, assediar, insinuar)
• Virtual ou Ciberbullying (bullying realizado por meio de ferramentas tecnológicas: celulares, filmadoras, internet etc.) Redes Sociais, Whatsapp, Instagram, Twitter entre outros.
Estudos revelam um pequeno predomínio dos meninos sobre as meninas. No entanto, por serem mais agressivos e utilizarem a força física, as atitudes dos meninos são mais visíveis. Já as meninas costumam praticar bullying mais na base de intrigas, fofocas e isolamento das colegas. Podem, com isso, passar despercebidas, tanto na escola quanto no ambiente doméstico.

COMO OS AGRESSORES ESCOLHEM SUA VÍTIMA?
Os bullies (agressores) escolhem os alunos que estão em franca desigualdade de poder, seja por situação socioeconômica, situação de idade, de porte físico ou até porque numericamente estão desfavoráveis.
Normalmente as vítimas são frágeis fisicamente, apresentam alguma “marca” que as destaca dos demais: são gordinhas ou magras demais, altas ou baixas demais, usam óculos, são estudiosos demais ou apresentam dificuldades de aprendizagem, tem sardas ou manchas na pele, orelhas ou nariz um pouco mais destacados; tem dificuldades de se expressar, falta de coordenação motora, insegurança, baixa-autoestima, usam roupas fora da moda, são de raça, credo, condição socioeconômica ou orientação sexual diferentes... Enfim, qualquer coisa que fuja do padrão imposto por um determinado grupo pode desencadear o processo de escolha da vítima.
Os agredidos levam suas marcas dentro de si prejudicando seu futuro com uma desvalia e autoestima baixos, alguns tornam-se revoltados e agressivos, vingando-se ao cometer crimes sobre inocentes da sociedade e até mesmo tornando-se contraventores.





QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROBLEMAS QUE UMA VÍTIMA DE BULLYING PODE
ENFRENTAR NA ESCOLA E AO LONGO DA VIDA?
As consequências são as mais variadas possíveis e dependem muito de cada indivíduo, da sua estrutura, de vivências, de predisposição genética, da forma e da intensidade das agressões. No entanto, todas as vítimas, sem exceção, sofrem com os ataques de bullying (em maior ou menor proporção). Muitas levarão marcas profundas provenientes das agressões para a vida adulta, e necessitarão de apoio psiquiátrico e/ou psicológico para a superação do problema.
Os problemas mais comuns são: desinteresse pela escola; problemas psicossomáticos; problemas Comportamentais e psíquicos como transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros. O bullying também pode agravar problemas preexistentes, devido ao tempo prolongado de estresse a que a vítima é submetida. Em casos mais graves, podem-se observar quadros de esquizofrenia, homicídio e suicídio.


COMO PERCEBER QUANDO UMA CRIANÇA OU ADOLESCENTE ESTÁ SOFRENDO BULLYING? QUAL O COMPORTAMENTO TÍPICO DESSES JOVENS?
As informações sobre o comportamento das vítimas devem incluir os diversos ambientes que elas frequentam. Nos casos de bullying é fundamental que os pais e os profissionais da Escola atentem especialmente para os seguintes sinais:
Na Escola:
No recreio encontram-se isoladas do grupo, ou perto de alguns adultos que possam protegê-las; na sala de aula apresentam postura retraída, faltas frequentes às aulas, mostram-se comumente tristes, deprimidas ou aflitas; nos jogos ou atividades em grupo sempre são as últimas a serem escolhidas ou são excluídas; aos poucos vão se desinteressando das atividades e tarefas escolares; e em casos mais dramáticos apresentam hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas.
Em Casa:
Frequentemente se queixam de dores de cabeça, enjoo, dor de estômago, tonturas, vômitos, perda de apetite, insônia. Todos esses sintomas tendem a ser mais intensos no período que antecede o horário de as vítimas entrarem na escola. Mudanças frequentes e intensas de estado de humor, com explosões repentinas de irritação ou raiva. Geralmente elas não têm amigos ou, quando têm são bem poucos; existe uma escassez de telefonemas, e-mails, torpedos, convites para festas, passeios ou viagens com o grupo escolar. Passam a gastar mais dinheiro do que o habitual na cantina ou com a compra de objetos diversos com o intuito de presentear os outros. Apresentam diversas desculpas (inclusive doenças físicas) para faltar às aulas.

QUEM SÃO OS  ESPECTADORES: 
São alunos que testemunham  as ações dos agressores contra as vítimas, mas não tomam qualquer atitude em relação a isso: não saem em defesa do agredido, tampouco se juntam aso agressores, e podem ser divididos em 3 grupos.
Espectadores passivos: assumem essa postura por medo absoluto de se tornarem a próxima vítima.
Espectadores ativos: são os que, apesar de não participarem ativamente dos ataques, manifestam “apoio moral” aos agressores, com risadas e palavras de incentivo. Não se envolvem mas se divertem com o que veem. Adoram ver o circo pegar fogo.
Espectadores neutros: são alunos que por serem advindos de lares desestruturados ou de comunidades onde a violência é comum, não demonstram sensibilidade pelas situações de bullying. Estão anestesiados emocionalmente, em função do seu próprio contexto social.

Vale a pena salientar que, a omissão, também se configura em uma ação imoral e/ou criminosa. A omissão só faz alimentar a impunidade e contribuir para o crescimento da violência por parte de quem pratica. 


O QUE SE PODE NOTAR NO COMPORTAMENTO DE UM PRATICANTE DE BULLYING?
Na escola os bullies (agressores) fazem brincadeiras de mau gosto, gozações, colocam apelidos pejorativos, difamam, ameaçam, constrangem e menosprezam alguns alunos. Furtam ou roubam dinheiro, lanches e pertences de outros estudantes. Costumam ser populares na escola e estão sempre enturmados. Divertem-se à custa do sofrimento alheio.
No ambiente doméstico, mantêm atitudes desafiadoras e agressivas em relação aos familiares. São arrogantes no agir,no falar e no vestir, demonstrando superioridade. Manipulam pessoas para se safar das confusões em que se envolveram. Costumam voltar da escola com objetos ou dinheiro que não possuíam. Muitos agressores mentem, de forma convincente, e negam as reclamações da escola, dos irmãos ou dos empregados domésticos.

QUAL É O PAPEL DA ESCOLA PARA EVITAR O BULLYING ESCOLAR?
A escola é corresponsável nos casos de bullying, pois é lá onde os comportamentos agressivos e transgressores se evidenciam ou se agravam na maioria das vezes. A direção da escola (como autoridade máxima da instituição) deve acionar os pais, os Conselhos Tutelares, os órgãos de proteção à criança e ao adolescente etc. Caso não o faça poderá ser responsabilizada por omissão. Em situações que envolvam atos infracionais (ou ilícitos) a escola também tem o dever de fazer a ocorrência policial. Dessa forma, os fatos podem ser devidamente apurados pelas autoridades competentes e os culpados responsabilizados.
Tais procedimentos evitam a impunidade e inibem o crescimento da violência e da criminalidade infantojuvenil.

QUAL A INFLUÊNCIA DA SOCIEDADE ATUAL NESTE TIPO DE COMPORTAMENTO?
O individualismo, cultura dos tempos modernos, propiciou essa prática, em que o ter é muito mais valorizado que o ser, com distorções absurdas de valores éticos. Vive-se em tempos velozes, com grandes mudanças em todas as esferas sociais. Nesse contexto, a educação tanto no lar quanto na escola se tornou rapidamente ultrapassada, confusa, sem parâmetros ou limites. Os pais passaram a ser permissivos em excesso e os filhos cada vez mais exigentes, egocêntricos. As crianças tendem a se comportar em sociedade de acordo com os modelos domésticos. Muitos deles não se preocupam com as regras sociais, não
refletem sobre a necessidade delas no convívio coletivo e, nem sequer se preocupam com as consequências dos seus atos transgressores. Cabe à sociedade como um todo transmitir às novas gerações valores educacionais mais éticos e responsáveis. Afinal, são estes jovens que estão delineando o que a sociedade será daqui em diante. Auxiliá-los e conduzi-los na construção de uma sociedade mais justa e menos violenta, é obrigação de todos.

ALGUNS FILMES SOBRE BULLYING


  • A Classe (Klass, Estônia 2007)
  • Evil, Raízes do mal (Ondskan, Suécia 2003)
  • Bully (Bully, EUA 2001)
  • Carrie, a estranha (Carrie, EUA 1976)
  • Bullying – Provocações Sem Limites 
  • Bang, Bang! Você morreu (Bang, Bang! You’re Dead, EUA 2002)
  • Meu Melhor Inimigo (Min Bedste Fjende, Dinamarca 2010)
  • Quase Um Segredo (Mean Creek, EUA 2004)

ALGUNS FAMOSOS QUE SUPERARAM O BULLYING.
  • Michael Phelps 
  • Taylor Swift
  • Tom Cruise
  • Madonna
  • Steven Spielberg
  • Guilherme Berenguer
  • Grazi Massafera
  • Juliana Paes

As tirinhas abaixo foram usadas para atividade de dramatização com os alunos. Desta forma eles podem sentir na pele como é ser vítima, agressor e espectador.











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