Um pouco de história...
As Danças Circulares sempre estiveram presentes na história
da humanidade - nascimento, casamento, plantio, colheita, chegada das chuvas,
primavera, morte - e refletiam a necessidade de comunhão, celebração e união
entre as pessoas.
Foi Bernhard
Wosien (1908-1986), bailarino clássico, coreógrafo, pedagogo e pintor, que nas
décadas de 50/60 percorreu o mundo recolhendo e resgatando as danças de
diferentes povos. Em 1976 visitou a Comunidade de Findhorn no norte da Escócia
e, a pedido de Peter Caddy, um de seus fundadores, ensinou pela primeira
vez uma coletânea de danças folclóricas para os residentes.
Bernhard Wosien
já estava com mais de 60 anos e buscava uma prática corporal mais orgânica para
expressar seus sentimentos. Ele percebeu que havia encontrado o que procurava,
pois dançando em Roda, vivenciou a alegria, a amizade e o amor, tanto para
consigo mesmo como para com os outros, e sentiu que as Danças Circulares
possibilitavam uma comunhão sem palavras e mais amorosa entre as pessoas.
De 1976 em diante centenas de Danças foram incorporadas ao
repertório inicial e o movimento passou a se chamar "Danças Circulares
Sagradas". E desde então este movimento se espalhou pelo mundo.
A Dança
Circular se chama e se torna Sagrada pelo fato de permitir que os participantes
entrem em contato com sua essência, com seu EU Superior, com a Centelha Divina
que existe dentro de cada um de nós. No momento deste contato, temos
a união do corpo (matéria) com o espírito.
No Brasil, as
Danças chegaram através de Carlos Solano que foi hóspede na Fundação Findhorn
por um longo tempo nos anos 80. Ele fez o Treinamento em Danças Sagradas com
Anna Barton e recebeu o certificado como sendo o primeiro instrutor de Danças
Sagradas no Brasil.
Em
1983 Sarah Marriot, que viveu em Findhorn, foi convidada a vir para o
Brasil para iniciar um trabalho de educação holística no Centro de Vivências
Nazaré (hoje Nazaré Uniluz), comunidade fundada em 1981 por um grupo de pessoas
lideradas por Trigueirinho em Nazaré Paulista no Estado de São Paulo. Para
auxiliar este trabalho em Nazaré, ela trouxe uma ou duas fitas cassete com as
danças de Findhorn.
Algum tempo depois de haver retornado da Escócia e já estar
trabalhando com as danças, Solano foi procurado por David e Jane de Nazaré que
queriam vivenciar as danças na prática, pois só as conheciam através de
apostilas.
Em 1990, Christina Dora(Sabira) vai a Suiça e conhece Maria
Gabriele Wosien, e traz as danças para Nova Friburgo no RJ. Nesta ocasião
Patrícia Azarian conhece as Danças Circulares e se inicia um trabalho de
expansão no Rio de Janeiro.
A partir daí, pessoas de Findhorn vieram ao Brasil e brasileiros
foram até lá e o movimento começou a expandir.
BENEFÍCIOS DAS DANÇAS
Qualquer pessoa, de qualquer idade, pode dançar em uma Roda.
Não é preciso ter experiência anterior em dança, basta ter vontade, querer
entrar em contato com a alegria e com a possibilidade da comunhão entre os
seres humanos.
Dançando, nosso corpo se expressa através do movimento e aquieta a
mente. A alegria brota naturalmente e o movimento simples e repetido aproxima
as pessoas, promovendo uma integração física, mental, emocional e espiritual.
As Danças Circulares promovem uma rápida integração de
grupos, reflexões sobre o trabalho em equipe, compreensão sobre conflitos, o
despertar da criatividade, a integração dos hemisférios cerebrais, a ativação
corporal, meditação dinâmica, conexão com seu Eu superior.
AS DANÇAS - Como e
que tipo de músicas dançamos
Dançamos,
geralmente, de mãos dadas. Dar as mãos em círculo é muito mais que um simples
toque, é criar um fluxo de energia que vai sustentar o campo que se
forma com a presença das pessoas e com todos os elementos da natureza presentes
no ambiente.
Danças dos Povos do mundo inteiro, muitas com
origem no folclore de cada país, outras tradicionais de comemorações, colheitas
etc...
Danças Meditativas - Através do movimento
repetido, podemos entrar em estado de meditação. Bernhard Wosien chamava de
Meditação na Dança. Encontramos aqui músicas clássicas, tradicionais e new age.
Danças da Natureza e de Plantas Curativas - Com a
evolução do movimento das Danças Circulares, foram surgindo coreografias
que reverenciam a natureza e outras que vibram a energia das plantas curativas.
Podemos citar Anastasia Geng (1922-2002) da Letônia, que intuiu uma música e
uma coreografia para cada um dos 38 florais de Bach, com base no folclore
daquela região.
Danças Contemporâneas - São danças coreografadas
por dançarinos da atualidade, algumas para músicas tradicionais, outras para
músicas contemporâneas, com base nos passos e nos movimentos de cada tradição.
PRÁTICAS - USUFRUINDO DOS BENEFÍCIOS DAS DANÇAS
NAS RODAS ABERTAS - São Rodas que recebem
todas as pessoas que gostam de dançar e também aquelas pessoas que
quiserem conhecer as Danças Circulares. Nestas Rodas não é necessário ter
experiência anterior. Elas funcionam em alguns lugares semanalmente, em outros
de 15 em 15 dias ou às vezes até uma vez por mês.
NAS AULAS REGULARES - São grupos que se formam e
têm aulas regulares uma vez por semana e tem como objetivo o desenvolvimento da
pessoa nas danças, proporcionando a prática de coreografias desde as mais
simples até as mais elaboradas.
NOS TREINAMENTOS ESPECÍFICOS - São treinamentos realizados nos fins de semana, onde há um
aprofundamento maior de algumas danças e o participante recebe também um CD com
as músicas e as coreografias escritas. Existem treinamentos básicos,
intermediários e avançados.
NO TREINAMENTO DE FOCALIZADORES - É um curso mais longo, mais profundo, cujo objetivo é formar
pessoas para Focalizar as Danças Circulares.
NOS WORKSHOPS
COM PROFISSIONAIS DO BRASIL OU DO EXTERIOR Vários profissionais de outros estados e outros países são
convidados a ministrar cursos e/ou vivências.
NAS ESCOLAS - Como elemento de
integração, para mostrar a força do grupo, como recurso instrucional no ensino
de história, geografia, artes, consciência corporal, lateralidade, coordenação
motora, memória etc.
NA SAÚDE - Em hospitais, clínicas, promovendo relaxamento e alegria,
contribuindo para reforçar o sistema imunológico e nas Rodas Terapêuticas, onde
são trabalhadas emoções específicas através das Danças Circulares em geral, das
Danças dos Florais de Bach e de outras Danças de Cura.
NAS EMPRESAS - Em atividades de integração,
energização e celebração, no desenvolvimento de equipes, para trabalhar
criatividade, liderança, mudança, novos desafios etc. Pode ser
utilizada também como atividade de relaxamento e meditação dinâmica, antes ou
após a jornada de trabalho, gerando um equilíbrio físico, mental, emocional e
espiritual, proporcionando melhor qualidade de vida aos funcionários e por
consequência maior produtividade.
NOS PARQUES - Para promover a comunhão
entre as pessoas, resgatar a alegria de dançar de mãos dadas, entrar em contato
com as mais puras emoções, meditar em movimento e vibrar uma energia
de Amor e Paz para a cidade, para o estado, para o país e para o planeta.
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