A entrevista de Devolução segundo
Weiss (2007) não é um momento isolado do diagnóstico, mas uma parte de um
processo iniciado com o primeiro contato telefônico parte de um processo que se
prolonga no tratamento.
Esse é o momento que marca o
encerramento do processo diagnóstico. É um encontro entre sujeito, terapeuta e
família visando relatar os resultados do diagnóstico, analisando todos os
aspectos da situação apresentados, seguindo de uma síntese integradora e um
encaminhamento.
Esta é uma etapa do diagnóstico
muito esperado pela família e pelo sujeito e que deve ser bem conduzida de
forma que haja a participação de todos, procurando eliminar as dúvidas ou pelo
menos discuti-las exaustivamente afastando rótulos e fantasmas que geralmente
estão presentes em um processo diagnóstico.
A Entrevista de Devolução é de
responsabilidade de quem realizou o diagnóstico psicopedagógico, e jamais
poderá ser dada por telefone. As informações deverão ser dadas aos pais e ao
filho separadamente, pois desta forma, favorecemos a distinção de identidades
dentro do grupo familiar. A criança não deve ser excluída da devolução de
informação, já que sua problemática é o motivo central da consulta o
psicopedagogo deve atentar para a linguagem que deverá ser no nível de
entendimento da criança e dos pais evitando usar termos técnicos ou ambíguos.
A Devolutiva jamais deverá ser utilizada para culpar ou repreender os pais ou paciente. Para essa sessão pode se usar um roteiro apresentado por Weiss que precisa ser adaptado de acordo com o diagnóstico de cada paciente:
A Devolutiva jamais deverá ser utilizada para culpar ou repreender os pais ou paciente. Para essa sessão pode se usar um roteiro apresentado por Weiss que precisa ser adaptado de acordo com o diagnóstico de cada paciente:
1º
procedimento: Inicia-se a entrevista retomando a queixa inicial;
2º
procedimento: Decorre-se, sucintamente, sobre cada instrumento utilizado. O
psicopedagogo deve explicar que procurou durante esse período avaliar aspectos
pedagógicos como de leitura, escrita, raciocínio lógico matemático, etc.
Pedindo sempre para que o paciente relembre o fez em cada sessão, O material
dos testes não deve, de forma nenhuma, ser mostrado aos pais, atentando para o
segredo profissional dos atendimentos.
3º
Procedimento: Deve se tocar nos aspectos mais positivos do paciente.
Em diferentes perspectivas teóricas
da Psicologia é estudado o problema do baixo autoconceito, da baixa autoestima
como elemento bloqueador no movimento dos indivíduos em busca de novas
conquistas. O importante é localizar de onde vem esse sentimento através das
entrevistas de anamnese projetivas em geral e, no momento da devolução, tocar
nesse aspecto tentando produzir um início de movimento. (WEISS, 2008.p.138-139)
Sabemos que a criança, muitas vezes,
sofre de um assedio moral devido a suas dificuldades na escola ou até mesmo no
ambiente doméstico, e isso vem fazendo com que a sua autoestima ou autoconceito
esteja baixo, por isso é preciso ter muita cautela no momento de apresentar os
aspectos causadores de sua problemática.
4º
Procedimento: Continuando a sessão analisam-se os aspectos que estão realmente
causando a dificuldade na aprendizagem apresentando as recomendações (nos
níveis familiares e escolares), e indicações necessárias (atendimentos
necessários com outros especialistas).
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