Talvez
a escola atual necessite (re) pensar a sua prática pedagógica para
construí-la voltada para o sujeito, considerando-o como um ser
heterogêneo, com necessidades individuais. No entanto, a escola
atualmente ainda está centrada nos conteúdos e em sua transmissão, bem
como, na formação técnica em detrimento da formação humana.
Em
face disto, esta pesquisa, de cunho teórico, tem por objetivo analisar
como o fenômeno da afetividade vem a interferir no processo de
construção do conhecimento do sujeito, bem como, discutir a relevância
da relação eu-outro no processo de promoção da aprendizagem em sala de
aula, a partir da teoria Walloniana, de base sócio-histórica. Também
pode contribuir para pensar em uma proposta pedagógica que considera o
sujeito participativo e constitutivo na relação com o outro, em
determinado contexto.
A
teoria walloniana, denominada Psicogênese da Pessoa Completa, defende a
evolução psíquica, destacando o desenvolvimento emocional, social e
cultural do sujeito através da reciprocidade que esse estabelece com o
meio social e humano. No que diz respeito ao contexto da sala de aula,
essa relação que cada pessoa estabelecerá com o meio não é fator
suficiente para explicar a resolução da falta de interesse dos alunos no
processo de aprendizagem, mas é fator necessário e relevante. Repesar
esta relação, nesse contexto, implica em estruturar uma proposta
pedagógica que atenda às necessidades do sujeito na sua complexidade.
Refletindo
ainda sobre esse fato, trataremos de reflexões baseada em estudos do
pesquisador Leite (2006) sobre a importância da relação dos fenômenos
afetividade-cognição nos processos educacionais.
É
possível perceber que, no Brasil, apenas a partir da década de 90,
houve uma nova releitura no paradigma educacional que centrava a
promoção da aprendizagem no fator cognitivo, passando a considerar que
só esse fator não era suficiente para que aconteça a aprendizagem.
Assim, passaram a considerar que o fenômeno afeto-cognição participa
dialeticamente desse processo, tornando-o mais significativo.
Mesmo
que na década de 90, o fenômeno afeto já tinha sido visto por alguns
pesquisadores (e.g. ALMEIDA, 1997; DANTAS, 1999; OLIVEIRA, 1993 citado
em LEITE, 2006), como um fator importante no processo educacional e nas
práticas pedagógicas, na atualidade, os paradigmas ainda se mostram
centrado na cognição.
Por
isso uma das propostas desse artigo é sensibilizar o quanto é
importante para a promoção de a aprendizagem obter um referencial
educacional voltado para a pessoa e para a relação eu-outro a partir da
teoria de Wallon. Outra importância desse artigo é despertar para o fato
de como o fenômeno afetividade pode ajudar no processo de promoção de
aprendizagem.
As três principais concepções sobre a origem do conhecimento
Sabemos,
hoje, que cada pessoa tem seu rítmo próprio de aprendizagem, ou seja,
tem pessoas que aprendem mais rápido e outras que partilham do mesmo
conhecimento, mas tem rítmo de aprendizagem mais lento. Então, como o
aluno aprende? Como se dá esse processo?
Essas
indagações vêm sendo motivos de reflexão de vários profissionais como:
psicólogos, sociólogos, pesquisadores e educadores, sendo motivo de
pesquisas e reflexão sobre as práticas educacionais há muitos anos.
Para
explicar a trajetória de aprendizagem dos alunos com rítmo “lento” e
daqueles com rítmo “normal”, os educadores procuram explicações na
família, no biológico, em teorias do conhecimento ou educacionais.
Também buscam explicações de caráter mitológico, dogmático e em
experiências empíricas, sendo essa última fortemente encontrada em
profissionais da educação. Em seguida, passaremos a discutir modelos
pedagógicos que tentam explicar o processo de aquisição de conhecimento e
o processo de ensino aprendizagem.
O
ensino centrado no paradigma inatista basea-se na cresça de que as
capacidades básicas do ser humano, sua personalidade, potenciais,
valores, comportamentos, formas de pensar e de conhecer são inatas, ou
seja, acredita-se que o indivíduo já nasce com o conhecimento necessário
para o seu desenvolvimento. Então, este paradigma não considera o papel
da escola como agente que contribui para que a potencialidade do
sujeito se desenvolva. A escola, neste caso, limita-se à questão
hereditária e organicista da pessoa.
Para
o paradigma inatista, o meio em que o sujeito vive não contribui para o
seu desenvolvimento. É como se sujeito fosse insolado desse meio e seu
desenvolvimento depende exclusivamente do fator hereditário garantido
desde o seu nascimento.
A
abordagem inatista (também conhecida como apriorista ou nativista),
inspirada nas premissas da filosofia racionalista e idealista, se baseia
na cresça de que as capacidades básicas de cada ser humano
personalidade, potencial, valores, comportamentos, formas de pensar e de
conhecer são inatas, ou seja, já se encontram praticamente prontas no
momento do nascimento ou potencialmente determinadas e na dependência do
amadurecimento para se manifestar.
(REGO, 1998, p.86)
Já
no paradigma ambientalista, se o indivíduo nasce no meio de condições
sociais precárias, esse fator econômico irá determinar o seu
desenvolvimento. A concepção empirista defende que o conhecimento é
adquirido através do físico e social, ou seja, o sujeito nasce sem
conhecimento, que é adquirido através das experiências vividas pelo
sujeito.
[...]
a concepção ambientalista (também chamada de associacionista,
comportamentalista ou behaviorista), inspirada na filosofia empirista e
positivista atribui exclusivamente ao ambiente a constituição das
características humanas e privilegia a experiência como fonte de
conhecimento e de formação de hábitos de comportamentos. Assim, as
características individuais são determinadas por fatores externos ao
indivíduo. Nesta abordagem desenvolvimento e aprendizagem se confundem e
ocorrem simultaneamente. (REGO, 1998, p.88)
Neste
caso, no processo de ensino baseado neste paradigma, o professor é o
centro. Ele é visto como o dono do saber e o aluno como uma tabula rasa.
O professor fala e o aluno escuta, ele ensina e o aluno aprende. O
ensino é baseado no mito da transmissão de conhecimento.
No
entanto, os paradigmas inatista e ambientalista deixam à margem a
relação do biológico e o meio, e as transformações decorrentes dessa
relação no processo de constituição do sujeito psicológico e social.
De
acordo com a perspectiva construtivista de Jean Piaget, a origem do
conhecimento humano está na ação, ou seja, o conhecimento humano se
constrói na interação do sujeito com o objeto e o meio social.
Já
Vygotsky e Wallon, baseados nos princípios materialismo-dialético,
consideram o desenvolvimento humano como processo de apropriação pelo
homem da experiência histórica e cultural. (GALVÃO, 2005; REGO, 2005).
Esses dois autores partem do princípio que o homem constitui-se como tal
através de suas interações sociais, portanto, é visto como alguém que
transforma e é transformado nas relações produzidas em uma determinada
cultura, e como ser ativo e participativo do processo de construção do
desenvolvimento.
Partindo
do paradigma sócio-interacionista para explicar o desenvolvimento da
pessoa, é insuficiente considerar as condições inatas, é necessário
levar em conta também a interação do sujeito com o ambiente em que está
inserido. Nesta perspectiva, Wallon considera a relação eu-outro como
importantíssima na construção da pessoa completa.
Aprendizagem, emoção e cognição na educação: uma perspectiva sócio-histórica.
Hoje,
procuramos encontrar várias explicações quando o aluno não aprende,
buscando justificativas de caráter patológico, de déficit cognitivo ou
de desestruturação familiar, mas esquecemos de investigar a
inter-relação professor e aluno. No entanto, devemos investigar dois
fatores importantíssimos na promoção da aprendizagem: a relação
professor e aluno, e a relação afeto-cognição.
Portanto,
estudar a importância da afetividade na promoção da aprendizagem
oferece subsídios para se romper com conceitos que perpetuam há décadas a
idéia de dicotomia entre afetividade e cognição. Assim, para que
algumas propostas educacionais sejam (re) pensadas, é importante que se
conheça a relação entre os fenômenos afeto e cognição, de modo que sejam
vistos como interdependentes e não como dicotômicos. Assim, afetividade
refere-se ao conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a
forma de emoção, sentimentos e paixões acompanhados de dor ou prazer,
satisfação ou insatisfação. Já a emoção é um fenômeno afetivo imediato,
presente em muitas das situações de vida, têm pouca duração no tempo,
diferenciado-se de estados afetivos duradouros .
Assim,
é imprescindível (re) pensar uma prática pedagógica voltada para o
sujeito nas dimensões cognitiva, afetiva, social, motora e cultural para
que haja uma construção psíquica da pessoa de uma forma mais completa,
como acentua a Teoria Psicogenética de Wallon.
Essa
teoria apresenta cinco estágios os quais os educadores deveriam
conhecer e respeitar no processo da promoção da aprendizagem. Para os
educadores, conhecer os estágios propostos por esse autor é de grande
importância para ajudá-los a compreender como a pessoa se desenvolve e
aprende. Para Wallon, são cincos esses estágios: estágio
impulsivo-emocional, marcado pelo domínio afetivo, no primeiro ano de
vida; sensório-motor e projetivo, até o terceiro ano, marcado pelo
desenvolvimento da função simbólica e da linguagem, com predomínio das
relações cognitivas com o meio; estágio do personalismo, dos três aos
seis anos, caracterizado pelo o processo de formação da personalidade,
com predomínio da dimensão afetiva; estágio categorial, a partir dos
seis anos, com importantes avanços no plano da inteligência e
conseqüente predomínio cognitivo; estágio adolescência, com a crise da
puberdade, com nova definição dos contornos da personalidade e domínio
afetivo. (GALVÃO, 1999).
Como
vimos cada estágio tem sua particularidade, dentre eles o estágio
impulsivo, em que a criança está voltada para si (visceral afetiva). As
sensações internas de desconforto revelam-se por meio de movimentos
reflexos, que se volta para o mudo humano, para o adulto mais próximo,
na maioria dos casos, a mãe.
Ainda,
nesse estágio a relação que a criança estabelece com o outro que cuida
dela nos seus primeiros anos de vida é chamada etapa
impulsivo-emocional, sendo a afetividade, nesse momento, reduzida às
manifestações fisiológicas. Portanto, para Wallon, a afetividade está na
origem da cognição e ao mesmo tempo, favorece seu desenvolvimento.
Na
psicogenética de Wallon, a dimensão afetiva ocupa lugar central, tanto
do ponto de vista da construção da pessoa quanto do conhecimento. Ambos
se iniciam num período que ele denomina impulsivo-emocional e se estende
ao longo do primeiro ano de vida. Neste momento a afetividade reduz-se
praticamente às manifestações fisiológicas da emoção, que constitui,
portanto, o ponto de partida do psiquismo. (DANTAS, 1992).
Ainda,
dando continuidade a etapa impulsiva que prepara a etapa emocional que
corresponde ao predomínio da motricidade que manifesta a emoção, o
movimento atua sobre o meio humano como forma de comunicação. A emoção é
um elo entre a criança e outro. Como diz Tran-Thong (1967 apud
NASCIMENTO, 2004. P.51), “a passagem do estágio emocional ao
sensório-motor e projetivo é a passagem da atividade tônica para
automática e afetiva. É atividade relacional que põe a criança em
contato com o mundo exterior dos objetos”.
Na
etapa projetiva há uma nova utilização dos objetos, que deixam de ser
apenas explorados e manuseados para se tornarem significante. Nessa
etapa, Wallon diz que a pessoa é capaz de si identificar, ou seja, ter a
consciência de si mesmo.
Já
no estágio personalismo essa conquista vai fazer com que se volte
novamente ao mundo humano, colocando-se em situação de oposição, sedução
e imitação em relação aos outros significativos.
Na
etapa categorial, o maior domínio do universo simbólico permitirá que a
criança se dirija aos objetos não necessariamente presentes, sobre os
quais será capaz de pensar e operar.
Na
adolescência, a pessoa torna a se voltar para o mundo humano,
modificada pelo caráter cognitivo da etapa anterior, ou seja,
distinguindo-se do outro pela diferenciação de pontos de vistas.
Para
Wallon, na fase adulta há equilíbrio entre o afetivo e cognitivo, ou
seja, há a idéia de que “eu sei quem eu sou e o que esperam de mim”.
Para esse autor, o desenvolvimento do sujeito não acaba nessa fase. Ele
está sempre se desenvolvendo.
Esses
estágios postulados por Wallon nos trazem um entendimento sobre como
acontece cada etapa da pessoa na sua constituição psíquica, como o
fenômeno afeto e a relação eu-outro são imprescindíveis e essenciais na
constituição da pessoa. Entender essas etapas do desenvolvimento na
perspectiva de Wallon é entender como podemos ajudar na construção do
desenvolvimento da pessoa. Vem também salientar que não basta entender,
mas sim, contribuir para que a pessoa se desenvolva integralmente.
Portanto, é preciso que a relação eu-outro seja bem consolidada para que
o processo de promoção da aprendizagem ocorra de forma significativa.
De
acordo com a teoria de Wallon, para que ocorra o fenômeno da promoção
da aprendizagem é necessário que se leve em consideração a
interdependência da afetividade e cognição, e os vários contextos
facilitadores dessa aprendizagem. Então, através dessa teoria
encontraremos pressupostos que nos ajudará a compreender esse processo
de desenvolvimento da pessoa.
Nessa
perspectiva, a afetividade e a inteligência constituem um par
inseparável na evolução psíquica, pois ambas têm funções bem definidas e
quando integradas, permitem à criança atingir níveis de evolução cada
vez mais elevados. Assim, a inteligência e afetividade são fenômenos
únicos e distintos, e precisam andar em sincronia.
Ao
longo da vida, o fenômeno afeto não desaparece e nem deixa de se
apresentar como constitutivo do desenvolvimento da pessoa, mas, ao
contrário é consolidado ao longo do seu desenvolvimento, atuando de
acordo com as etapas de desenvolvimento e necessidades tanto orgânica
como social.
A importância do conflito na relação eu-outro para promoção da aprendizagem
Na
dinâmica escolar é comum acontecer situações conflituosas na relação
professor e aluno na sala de aula. Esses conflitos são apresentados em
comportamentos de agitação motora, dispersão e crises emocionais. Assim,
as situações de conflito entre professor e aluno causam manifestações
de irritação, raiva, desespero e medo.
O
conflito deve ser administrado pelo professor que encontrará na
perspectiva Walloniana suporte para entender e administrar suas emoções
de forma positiva na resolução desses conflitos. Então, onde há opiniões
opostas encontraremos situações de conflito, mas quando esses conflitos
acontecem com freqüência ele se torna desgastante na relação professor e
aluno e terá um caráter negativo. Para Galvão (2005), existem dois
tipos de situações de conflitos que é encontrado na realidade de ensino.
São eles:
O
primeiro tipo caracteriza-se por atitudes de oposição sistemática ao
professor, por parte dos alunos (individualmente ou em grupo). O segundo
corresponde às dinâmicas dominadas por agitação e impulsividade motora,
nas quais professor e aluno perdem completamente o controle da
situação. (GALVÃO, 2005, P.106).
O
primeiro tipo de conflito, na maioria das vezes, é causado pela postura
autoritária do professor em relação ao aluno. Já no segundo conflito,
fica evidentes posturas fortes de oposição de idéias que são
demonstradas pelos alunos por atitudes verbais ou motoras. A partir do
momento que o professor entende as situações de conflitos em sala,
saberá administrar os conflitos de forma positiva, de modo que
contribuirá para a promoção da aprendizagem.
Não
levar os conflitos para âmbito pessoal implica em o professor conhecer
como funciona o conflito no decorrer do desenvolvimento da pessoa nos
estágios postulados por Wallon. O conflito está presente em todos os
estágios, mas em cada estágio ele se apresenta com particularidades
próprias. O conflito, na perspectiva Walloniana, é algo subjacente e
imprescindível ao desenvolvimento da pessoa e o seu surgimento permite o
desenvolvimento psíquico emocional mais equilibrado. No entanto
Só
existem conflitos onde há diferenças. Entre essas diferenças há
oposição e choques. Coisas que se confrontam podem se combinar ou não. O
conflito faz parte da natureza, da vida das espécies, porque somente
ele é capaz de romper estruturas prefixadas, limites predefinidos. O
conflito atinge os planos sociais, morais, intelectuais e orgânicos.
(ALMEIDA, 2001, p.85)
O
conflito, para Wallon, torna-se mais intenso no estágio do personalismo
por conta da oposição. Nessa etapa, a pessoa vai se voltar novamente
para o mundo humano, colocando-se, mais uma vez, em situação de
oposição, sedução e imitação, em um movimento centrípeto, ou seja, para
dentro. Então, no contato com a diferença e em movimento de oposição,
causa-se o conflito que contribuirá para a o desenvolvimento da pessoa.
Quando
a escola e demais profissionais da educação não sabem lidar com esses
conflitos, esta instituição torna-se um ambiente desinteressante para os
discentes e demais envolvidos no processo educativo, como é o caso, dos
professores, coordenadores e gestores. Saber lidar com os conflitos
torna-se uma tarefa desafiadora para as escolas e demais envolvidos no
processo de ensino aprendizagem. Então, as concepções do conhecimento
educacionais ainda estão centradas no sujeito puramente cognitivo e não
estão centrados na pessoa em sua complexidade.
Enquanto
não houver uma proposta educacional voltada para atender às
necessidades da pessoa como um ser heterogêneo, os conflitos serão
vistos de uma forma negativa, pois não serão compreendidos nem dirigidos
para contribuir com equilíbrio emocional da pessoa.
Em
suma, contribuir com desenvolvimento da pessoa, segundo essa
perspectiva, exige compreender que esta é constituída de desejos, razão,
afeto emoção e cognição, que embora com funções bem definidas, são
inseparáveis, participando ambas dos processos de ensino e aprendizagem.
Considerações Finais
Vemos
que dentre outros fatores que contribuem para o processo de
aprendizagem, o fator afeto é indispensável, uma vez que perpassa a
relação professor/ aluno e os afeta dialeticamente. Portanto, precisamos
considerar que o desenvolvimento cognitivo do ser humano está
interligado aos fatores social, biológico, motor e afetivo, que estão a
ele ligados.
A
teoria Walloniana nos traz subsídios para que se desenvolva um
paradigma pedagógico voltado para a pessoa, considerado-a em sua
totalidade: afeto, motor, biológico, social e cultural. De acordo com
essa teoria, o desenvolvimento humano se dar através da dialética como
fundamento epistemológico. Assim, Wallon buscou compreender o
desenvolvimento infantil por meio das inter-relações estabelecidas entre
a criança e seu ambiente, privilegiando a pessoa em sua totalidade, nas
suas expressões singulares e na relação com os outros. Assim, é
relevante considerar a relação professor-aluno e a sua importância no
processo do desenvolvimento e aprendizagem da pessoa, sendo a emoção e o
conflito considerados positivos e necessários, e não inapropriados e
inconvenientes.
Em
suma, para que a escola busque nas propostas educacionais e na postura
do professor uma educação além da transmissão do conhecimento é
necessário entender a relação eu-outro no processo de constituição do
desenvolvimento da pessoa.
Referências
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ALMEIDA, Laurinda R. MAHONEY,Abigail A. A constituição da Pessoa na Proposta de Henri Wallon.São Paulo:Edições Loyola,2004.
BECKER, Fernando. Educação de conhecimento - Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
DANTAS,
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GALVÃO, I. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis: Vozes, 2005, p.103-112.
LEITE, Sérgio Antônio da Silva. Afetividade e Práticas Pedagógicas. (Org). São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006, p.85-98.
NASCIMENTO,
M.L.B.P. A criança concreta, completa e contextualizada: a psicologia
de Henri Wallon. In: K.Carrara. Introdução à psicologia da educação:
seis abordagens. São Paulo: Avercamp, 2004, p.47-69.
REGO,
Tereza Cristina, A origem da singularidade humana na visão dos
educadores. Implicações Pedagógicas do Modelo Histórico-Cultural. CEDES
Campinas. São Paulo, 1995, 97-113. n.35,
REGO, Tereza Cristina, Vygotsky. Uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
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