A imagem do corpo é um aspecto de destaque na relação do ser com o seu desenvolvimento completo. É a partir da imagem corporal que reconhecemos nossa movimentação no tempo e no espaço, e aprendemos a lidar com objetos e pessoas que nos cercam, com o meio em que vivemos.
As relações psicomotoras contribuem para o esquema corporal, pois valorizam a percepção do corpo, o equilíbrio, a lateralidade, a independência dos membros em sua relação com o tronco e entre si, o controle muscular e o controle da respiração.
No momento em que o indivíduo compreende e controla seu corpo,
sua consciência corporal se estrutura e ele passa a ampliar as possibilidades de relação com o meio.
Todas as experiências da criança (o prazer e a dor, o sucesso e o fracasso) são sempre vividas corporalmente. Se acrescentarmos valores sociais que o meio dá ao corpo e a certas partes, este corpo termina por ser investido de significações, sentimentos e de valores muito particulares e absolutamente pessoais. (VAYER apud ALVES, 2003, p. 48).
O esquema corporal advém do desenvolvimento psicomotor na infância.
Wallon destaca-o como o “resultado e a condição da justa relação entre o indivíduo e o próprio ambiente” (apud ALVES, 2003, p. 47). Por meio de seu corpo e de suas interações, a criança descobre o mundo, experimenta diferentes sensações e situações e acaba conhecendo a si mesma e aos objetos e pessoas que fazem parte de sua realidade.
Segundo Le Boulch (1988), um dos principais objetivos da educação psicomotora é ajudar a criança a reconhecer seu corpo como um instrumento que serve para ela se relacionar com seus semelhantes e com seu ambiente.
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