segunda-feira, julho 18, 2011
LINHAS E METODOLOGIA
CONSTRUTIVISMO
Construtivismo encontra as suas bases nas pesquisas de Jean Piaget sobre a construção do conhecimento (Epistemologia genética), afirmando que este é o resultado da construção do próprio indivíduo. Essas conclusões são derivadas das suas pesquisas sobre "a origem e evolução da inteligência" que também se constrói na interação do sujeito com o mundo, considerando os fatores biológicos (maturação do sistema nervoso), experiências físicas, a troca social, e os processos de equilíbrio e desequilíbrio nessa construção. Nesse processo, o indivíduo é o motor ativo e coordenador do seu próprio desenvolvimento.
Segundo Terezinha Nunes, "talvez a contribuição mais significativa que o construtivismo já ofereceu à alfabetização (foi) auxiliar as alfabetizadoras na tarefa de compreender as produções da criança e saber respeitá-las como construções genuínas, indicadoras de progresso, e não como erros absurdos. Nesse sentido, podem-se destacar dois momentos em alfabetização: antes e depois dos trabalhos de Emilia Ferreiro.
Quando falamos de "construtivismo e família", podemos citar Schnitman (1986), quando diz, que a realidade se constrói na interação de grupos sociais que atuam em forma relativamente coordenada. Estes grupos através de sua prática organizam paradigmas cognitivos-emocionais, que vão organizar sua atividade atual e futura.
Segundo Schnitman: "O construtivismo é uma teoria post- objetiva do conhecimento que defende que o observador participa de suas observações e que constrói e não descobre uma realidade, questionando assim os conceitos de verdade, objetividade e realidade".( Texto não publicado).
Para Goolishian (1989), que hoje defende uma posição mais radical conhecida como construcionismo ( é um ramo do construtivismo que valoriza especialmente a linguagem. É também chamado de construtivismo social, daí a utilização genérica que fazemos do termo construtivismo), a família, como todos os outros sistemas, é um Sistema Determinado pelo Problema e fazem parte da família pessoas que falam sobre o problema, não tendo portanto uma realidade em si.
Dentro do construtivismo existem porém, os menos extremados como Dora F. Schnitman (1986), que se preocupam com o sistema familiar em si e que chamam a atenção para a existência, na terapia familiar, de uma dialética que existe entre a prática social organizada e premissas cognitivo-emocionais, já que esta disciplina apresenta formulações pertinentes a ambas. A recursividade entre as regras de interação e o paradigma familiar (sistema de premissas compartilhadas que uma família emprega para configurar o mundo e coordenar as ações de seus membros - David Reis, 1981), mantém dinamicamente a organização familiar. Esta recursividade garante a relação da família com seu contexto e que ela tenha um certo grau de regularidade, consistência e coordenação.
Quando a relação entre a prática da família e o seu paradigma é relativamente congruente, seus membros atuam em forma coordenada, com um sentido de identidade e predictibilidade, baseado no consenso e atuam de forma implícita. A família, porém, como todo grupo social, não mantém seu paradigma e sua prática totalmente imutável, mas se modifica, construindo-se através dos tempos.
Esta capacidade da família de criar novas formas de ação social e novas idéias é tão importante como sua habilidade para conservá-las porque depende deste jogo a sua adaptabilidade. Esta dialética entre o repetir e o criar, o manter e o mudar, ingredientes do pensamento sist6emico e construtivista é essencial para entender a dinâmica da organização familiar.
Schnitan destaca a importância dos contextos de desvio (novidades, desordem, acaso) com respeito às regras e premissas habituais, como o "locus"da transformação do sistema familiar.
Para Schnitman (1986), quando a família encontra um núcleo de premissas e padrões novos que permitem ao mesmo tempo modificar-se e recuperar consenso, entretanto num estado chamado de nucleação, onde nova alternativa se estabelece progressivamente, facilitando uma reorganização, essa mesma família sai vencedora da crise.
Há famílias, porém, que têm dificuldades de passagem para uma nova forma de organização e tão pouco podem manter-se no funcionamento prévio, nem organizar-se e se instalam numa forma de funcionamento permanente, que chamamos de estado oscilatório. Aí há a necessidade de intervenções que procurem facilitar a organização de interações e premissas, que oferecem uma vantagem evolutiva, permitindo à família organizar-se. Para isto, é preciso passar por um processo de modificaçào da família onde se facilite o questionamento, a dúvida e o bloqueio da premissas prévias e a percepção da possibilidade de novas alternativas, que certamente não se estabelecerão de uma só vez, nem de uma vez para sempre.
É um processo contínuo de construção da realidade familiar.
TRADICIONAL
Utilização de técnicas para codificar/decodificar a escrita.
Tende a considerar a criança como diferente do adulto num ponto onde ela assemelha-se a ele.
Parte da premissa que a transmissão do conhecimento seria sempre a aula do professor e a aquisição do conhecimento seria pura memorização desta aula.
Tende a considerar a criança como semelhante ao adulto num outro ponto onde ela, justamente é diferente.
O paradoxal no Ensino Tradicional, é que, embora negue o valor dos esforços espontâneos e extra-escolares da criança e portanto negue, na prática, o valor de sua inteligência, ela a considera com capacidade de assimilação praticamente igual a de um adulto! É pelo menos o que se pode inferir de seu método: o professos fala, mostra, e teoricamente, a criança ouve, olha e compreende. Basta falar para poder compreender um discurso teórico.
MONTESSORI
Maria Montessori, fisioterapeuta e educadora, desenvolveu na Itália em 1907, um sistema educacional e materiais didáticos que despertassem interesse expontaneamente na criança, produzindo uma concentração natural nas tarefas, cujo objetivo era não cansar e não aborrecer a criança.
O que dava originalidade ao método, é que crianças ficam livres para se movimentarem pela sala de aula, utilizando o conjunto de materiais em um ambiente auto-educativo, multi-sensorial e de manipulação destes materiais aprendendo linguagem, matemática, ciências e prática de vida.
Enfatiza o aprendizado da leitura e da escrita mais cedo, com crianças antes da idade de 05 anos. Agrupam-se crianças de faixa etária diferentes, com diferença de até três anos. professor tem um papel de observador e catalizador.
O aprendizado auto motivado e individualizado, é a essência do método, que procura desenvolver a auto disciplina e a auto confiança.
Montessori baseou seu trabalho em um fisioterapeuta, Jean Itard e do psiquiatra Edouard Seguin.
Na alfabetização, método fonético. Passa-se à criança a letra e seu som. Associa-se o som a uma imagem conhecida.
GLOBAL
Tem como ponto de partida elementos significativos, unidades de sentido (palavras, sentenças ou contos) que, analisados em suas diferenças e semelhanças, levarão ao conhecimento dos elementos fonéticos. Este conhecimento habilitará o aluno a formar e identificar novas palavras.
Pode ser: Palavração, Sentenciação, Contos, Unidades de experiências.
FREINET
Célestin Freinet desenvolveu seu método a partir da prática como professor.
Percebendo a separação radical entre a vida e o ensino, tirou os alunos da sala de aula, levando-os a passear pela cidade, ao voltar cada um contava o que via, o que havia descoberto e o que gostaria de conhecer, utilizando esses interesses para ensinar. Freinet queria que os alunos desenvolvessem a capacidade de criação e expressão a partir do texto elaborado, opondo-se as restrições impostas pela escola tradicional.
Este trabalho além de envolver todo o grupo, passou a trocar suas experiências também com outras escolas e com a família.
WALDORF
Criado na Alemanha, em 1919, por Rudolf Steiner. No primeiro período, o aluno aprende por imitação, de maneira extremamente eficiente mas pouco consciente. Entre 7 e 14 anos de vida emotiva substitui a imitação, e até 21 anos, a aprendizagem torna-se plenamente cognitiva.
O aluno Waldorf aprende de pessoas, não de livros. Ele procura vivências, não conhecimento crítico mais severo, e o objetivo do trabalho de um professor deve ser ele mesmo"
"Ninguém pode ser um bom educador se não conhece a fundo a natureza humana e as leis segundo as quais ela se desenvolve."
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
Pesquisando o cérebro e pacientes com lesões cerebrais, Howard Gardner professor norte-americano, especialista em educação e neurologia pela Harvard, percebeu que o que se chama de "inteligência"não se refere apenas a capacidade de entender alguma coisa, mas também à criatividade e à compreensão.
A principal mudança é o respeito ao desenvolvimento das diferentes inteligências, no sistema de avaliação.
Inteligência não é apenas a capacidade de entender alguma coisa, mas também criatividade e compreensão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário