A Disortografia caracteriza-se por troca de fonemas na escrita, junção (aglutinação) ou separação indevidas das palavras, confusão de sílabas, omissões de letras e inversões. Além disso, dificuldades em perceber as sinalizações gráficas como parágrafos, acentuação e pontuação.
Devido à essas dificuldades o indivíduo prepara textos reduzidos e apresenta desinteresse para a escrita. A Disortografia não compromete o traçado ou a grafia.
Um sujeito é disortográfico quando comete um grande número de erros. Até a 2ª série é comum que as crianças façam confusões ortográficas porque a relação com sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo.
Causa
Considera-se que 90% das disortografias têm como causa um atraso de linguagem ou atraso global de desenvolvimento.
Tratamento
Depois de uma avaliação fonoaudiológica o profissional irá traçar um plano de tratamento para que a disortografia não se torne uma vilã na aprendizagem.
O fonoaudiólogo poderá desenvolver um atendimento preventivo antes mesmo do terceiro ano (antiga 2ª série).
Quanto antes o tratamento com um fonoaudiólogo melhor será o prognóstico!
O fonoaudiólogo poderá desenvolver um atendimento preventivo antes mesmo do terceiro ano (antiga 2ª série).
Quanto antes o tratamento com um fonoaudiólogo melhor será o prognóstico!
Veja um caso clínico de um paciente com 9 anos, no 4º ano:
Exemplo de disortografia com aglutinações, omissões e separação indevida de palavra.
Após 3 meses de tratamento:
Escrita sem aglutinações e omissões.
SEU FILHO É DISGRÁFICO?
Disgrafia
Alteração da escrita que a afecta na forma ou no significado, sendo do tipo funcional. Perturbação na componente motora do acto de escrever, provocando compressão e cansaço muscular, que por sua vez são responsáveis por uma caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas, mal elaboradas e mal proporcionadas.
De forma geral, a criança com disgrafia apresenta uma série de sinais ou manifestações secundárias motoras que acompanham a dificuldade no desenho das letras, e que por sua vez a determinam. Entre estes sinais encontram-se uma postura incorrecta, forma incorrecta de segurar o lápis ou a caneta, demasiada pressão ou pressão insuficiente no papel, ritmo da escrita muito lento ou excessivamente rápido.
Sinais indicadores:
- Postura gráfica incorrecta.
- Forma incorrecta de segurar o instrumento com que se escreve.
- Deficiência da preensão e pressão.
- Ritmo de escrita muito lento ou excessivamente rápido.
- Letra excessivamente grande.
- Inclinação.
- Letras desligadas ou sobrepostas e ilegíveis.
- Traços exageradamente grossos ou demasiadamente suaves.
- Ligação entre as letras distorcida.
Problemas associados:
- Biológicos.
- Perturbação da lateralidade, do esquema corporal e das funções perceptivo-motoras.
- Perturbação de eficiência psicomotora (motricidade débil; perturbações ligeiras do equilíbrio e da organização cinético-tónica; instabilidade).
- Pedagógicas
- Orientação deficiente e inflexível,
- Orientação inadequada da mudança de letra de imprensa para letra manuscrita,
- Ênfase excessiva na qualidade ou na rapidez da escrita,
- Prática da escrita como actividade isolada das exigências gráficas e das restantes actividades discentes.
- Pessoais
- Imaturidade física,
- Motora,
- Inaptidão para a aprendizagem das destrezas motoras,
- Pouca habilidade para pegar no lápis,
- Adopção de posturas incorrectas,
- Défices em aspectos do esquema corporal e da lateralidade.
O que pode fazer:
PROCURE UM PROFISSIONAL ESPECIALIZADO
- Encorajar a expressão através de diferentes materiais (pinturas e lápis). Todas as tarefas que impliquem o uso das mãos e dos dedos são positivas.
- Incitar a criança a recortar desenhos e figuras, a fazer colagens e picotar.
- Promover situações em que a criança utilize a escrita (ex.: escrever pequenos recados, fazer convites e postais).
- Fazer atividades como contornar figuras, pintar dentro de limites, ligar pontos, seguir um tracejado, etc.
- Deixar a criança expressar-se livremente no papel, sem corrigir nem julgar os resultados.
2 comentários:
Disortografia, esse deve ser o meu problema. Letras fora dos padrões, letra feia... não e uma letra bonita, redondinha, igual a letra das professoras.
Porém, com um certo esforço, algum tempo treinando, percebi que poderia melhorar minha escrita. Isso aconteceu quando fui obrigado a fazer o Estágio Supervisionado. Teria que escrever no quadro negro e, claro, os alunos iriam fazer a leitura da escrita. Que sufoco...! Mas, consegui.
Muitas crianças diagnosticadas com DISORTOGRAFIA, na verdade, não são. Falta capricho com suas escritas, ou, não sabem escrever corretamente a palavra em questão.
Temos muitas crianças com problemas de grafia. Se toda grafia feia for um caso de disortorgrafia, a maioria dos médicos são disortográficos.
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