segunda-feira, março 31, 2014

CBO DA PSICOPEDAGOGIA

Você sabia que a Psicopedagogia é reconhecida junto ao Ministério do Trabalho? 
Sob o Código Número 2394-25 da CBO - Classificação Brasileira de Ocupações, classifica na categoria dos Programadores, avaliadores e orientadores de ensino.  

Têm a seguinte DESCRIÇÃO e ATIVIDADES:

Descrição Sumária:

Implementam, avaliam, coordenam e planejam o desenvolvimento de projetos pedagógicos/instrucionais nas modalidades de ensino presencial e/ou a distância, aplicando metodologias e técnicas para facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Atuam em cursos acadêmicos e/ou corporativos em todos os níveis de ensino para atender as necessidades dos alunos, acompanhando e avaliando os processos educacionais. Viabilizam o trabalho coletivo, criando e organizando mecanismos de participação em programas e projetos educacionais, facilitando o processo comunicativo entre a comunidade escolar e as associações a ela vinculadas.

Formação e experiência

O exercício dessas ocupações requer curso superior na área de educação ou áreas correlatas. O desempenho pleno das atividades ocorre após três ou quatro anos de exercício profissional.


Condições gerais de exercício

Atuam em atividades de ensino nas esferas públicas e privadas. São estatutários ou empregados com carteira assinada; trabalham tanto individualmente como em equipe interdisciplinar, com supervisão ocasional, em ambientes fechados e em horários diurno e noturno. Em algumas atividades podem trabalhar sob pressão, levando-os à situação de estresse.


Atividades a serem desenvolvidas:

IMPLEMENTAR A EXECUÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO/INSTRUCIONAL


- Acompanhar o desenvolvimento do trabalho docente/autor
- Assessorar o trabalho docente
- Administrar a progressão da aprendizagem
- Observar o processo de trabalho em salas de aula
- Visitar rotineiramente as escolas
- Acompanhar a produção dos alunos
- Acompanhar a trajetória escolar do aluno
- Elaborar textos de orientação
- Produzir material de apoio pedagógico
- Observar o desempenho das classes
- Analisar o desempenho das classes
- Reunir-se com conselhos de classe
- Observar conselhos de classe e de escola
- Analisar as reuniões de conselho de classe e de escola
- Analisar a execução do plano de ensino e outros regimes escolares
- Sugerir mudanças no projeto pedagógico
- Coordenar projetos e atividades de recuperação da aprendizagem
- Fiscalizar o cumprimento da legislação e do projeto pedagógico
- Coletar diferentes propostas de coordenação, supervisão e orientação como subsídios
- Administrar recursos de trabalho
- Administrar conflitos disciplinares entre professores e alunos
- Intervir na aplicação de medidas disciplinares
- Aplicar sanções disciplinares em consonância com o regimento escolar
- Emitir pareceres para autorização de escolas particulares
- Organizar encontro de educandos
- Interpretar as relações que possibilitam ou impossibilitam a emergência dos processos ensinar.

AVALIAR O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO PEDAGÓGICO/INSTRUCIONAL

- Construir sistema de avaliação
- Construir instrumentos de avaliação
- Valorizar experiências pedagógicas significativas
- Detectar eventuais problemas educacionais
- Propor soluções para problemas educacionais detectados
- Assegurar-se da consonância da concepção de avaliação com os princípios do projeto pedagógico
- Possibilitar a avaliação da escola pela comunidade
- Avaliar o desempenho das classes/turmas
- Avaliar o processo de ensino e de aprendizagem
- Verificar o cumprimento das metas
- Avaliar a instituição escolar
- Participar da avaliação proposta pela instituição
- Avaliar o desempenho profissional dos educadores
- Avaliar a implementação de projetos educacionais
- Avaliar os planos diretores
- Participar das avaliações externas
- Avaliar os processos de maturação cognoscitiva, psicomotora, linguística e grafo perceptiva da criança
- Propor ações que favoreçam a maturação da criança
- Elaborar projetos de recuperação de aprendizagem
- Analisar resultados das avaliações

VIABILIZAR O TRABALHO COLETIVO
- Criar mecanismos de participação/interação
- Criar espaços de participação/interação
- Organizar os espaços e os mecanismos de participação/interação
- Estruturar os tempos pedagógicos
- Estimular a participação dos diferentes sujeitos
- Equalizar informações
- Contribuir para que as decisões expressem o coletivo
- Estimular a transparência na condução dos trabalhos
- Organizar reuniões com equipes de trabalho
- Valorizar a participação das famílias e dos alunos no projeto pedagógico
- Estimular a participação nas instituições associativas
- Criar e recriar normas de convivência e procedimentos de trabalho coletivo
- Planejar reuniões com equipes de trabalho
- Formar equipes de trabalho
- Promover estudos de caso


COORDENAR A (RE) CONSTRUÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO/INSTRUCIONAL

- Levantar necessidades educacionais e sociais
- Caracterizar o perfil dos alunos
- Fornecer subsídios para reflexão das mudanças sociais, políticas, tecnológicas e culturais
- Contextualizar historicamente a escola
- Levantar recursos materiais, humanos e financeiros
- Identificar os princípios norteadores da escola/instituição
- Explicitar os princípios norteadores do projeto pedagógico
- Estabelecer sintonia entre a política educacional do país e o projeto pedagógico da escola
- Fornecer subsídios teóricos
- Traçar objetivos educacionais
- Traçar metas educacionais
- Planejar ações de operacionalização
- Articular a ação da escola com outras instituições
- Articular a ação conjunta da escola com as instituições de proteção à criança e ao adolescente
- Assessorar as escolas no planejamento e no atendimento à demanda por vagas
- Administrar a demanda por vagas
- Participar da elaboração e reelaboração de regimentos escolares
- Buscar assessoria para viabilizar o projeto pedagógico/instrucional
- Assessorar as escolas/instituições
- Estabelecer sintonia entre as teorias de aprendizagem e as modalidades de ensino
- Promover o estabelecimento de relações que favoreçam a significação do docente, do discente, da instituição escolar e da família

ELABORAR PROJETO INSTRUCIONAL

DESENVOLVER PROJETO PEDAGÓGICO/INSTRUCIONAL

- Orientar autor sobre projeto pedagógico/instrucional
- Mediar informações entre autor e equipe de produção
- Participar da criação do projeto gráfico
- Roteirizar material
- Elaborar roteiro visual (storyboard)
- Adequar linguagem textual e imagética
- Elaborar atividades
- Garantir a integridade instrucional
- Compatibilizar carga horária por atividades
- Orientar equipe de produção
- Acompanhar equipe de produção
- Acompanhar processo de revisão
- Descrever estrutura do ambiente de aprendizagem
- Validar material revisado
- Realizar controle de qualidade
- Validar produto final


PROMOVER A FORMAÇÃO CONTÍNUA DOS PROFISSIONAIS

- Formar-se continuamente
- Atualizar-se continuamente
- Estudar continuamente
- Pesquisar os avanços do conhecimento científico, artístico, filosófico e tecnológico
- Pesquisar práticas educativas
- Aprofundar a reflexão sobre as teorias da aprendizagem
- Aprofundar a reflexão sobre currículos e metodologias de ensino
- Aprofundar a reflexão sobre o desenvolvimento de crianças, jovens e adultos
- Selecionar referencial teórico
- Selecionar bibliografia
- Organizar grupos de estudos
- Promover trocas de experiências
- Orientar atividades interdisciplinares
- Promover cursos, oficinas e orientação técnica na escola e inter escolas
- Participar de cursos, seminários e congressos
- Participar de fóruns: acadêmicos, políticos e culturais
- Registrar a produção do conhecimento sobre a prática educacional


COMUNICAR-SE

- Olhar com intencionalidade pedagógica
- Expressar-se com clareza
- Socializar informações
- Divulgar deliberações
- Elaborar relatórios
- Sistematizar registros administrativos e pedagógicos
- Emitir pareceres
- Entrevistar
- Divulgar resultados de avaliação
- Divulgar experiências pedagógicas
- Publicar experiências pedagógicas
- Organizar encontros, congressos e seminários
- Dominar a língua portuguesa


DEMONSTRAR COMPETÊNCIAS PESSOAIS
- Compreender o contexto
- Respeitar as diversidades
- Criar espaços para o exercício da diversidade
- Respeitar a autoria do educador
- Respeitar a autonomia do educador
- Criar clima favorável de trabalho
- Demonstrar capacidade de observação
- Trabalhar em equipe
- Administrar conflitos
- Intermediar conflitos entre a escola e a família
- Interagir com os pais
- Coordenar reuniões
- Dimensionar os problemas
- Estimular a solidariedade
- Respeitar a alteridade
- Estimular a criatividade
- Estimular o senso de justiça
- Estimular o senso crítico
- Estimular o respeito mútuo
- Estimular valores estéticos
- Desenvolver a auto-estima
- Estimular a cooperação
- Administrar tempo
- Auto-avaliar-se
- Demonstrar criatividade
- Demonstrar pró-atividade
- Demonstrar versatilidade
- Demonstrar flexibilidade

Materiais a serem utilizados:
Papéis
Giz, lápis, canetas
Livros, periódicos, jornais, revistas impressos e
computadores, Scanner, impressora, multimídia
Máquina de escrever
Tintas: guache, aquarela,
Mesas, cadeiras, estantes, armários
Arquivos
Softwares, disquetes, CD rom
Apagadores
Dvds
Filmadora
Máquina fotográfica
Retroprojetor, transparências
TV, aparelho de videocassete
Copiadora
Data show
Projetor de slides
Flipchart
Sucata
Fitas com filmes em vídeo, fitas cassetes,
Jogos didáticos
Telefone, fax
Microfone, aparelho de som, gravadores
Lousas branca, giz, magnética, quadros
Web CAM
Internet
Pen drive
Teleconferência
Ava (ambiente virtual de aprendizagem)
Lms (plataforma/aplicativo)

quarta-feira, março 26, 2014

Bullying na Escola

O Bullying deve ser trabalhado nas escolas buscando sempre priorizar o esclarecimento sobre o quanto as vítimas sofrem e o quanto esse sofrimento pode afetar a vida desses alunos por longo tempo e em algumas situações o trauma e irreversível. 
A palavra “bullying” não tem tradução para o português. É usada para qualificar comportamentos violentos no âmbito escolar. No dicionários encontramos a palavra “bully” que quer dizer: indivíduo brigão, valentão, tirano, mandão Já a expressão “bullying” corresponde a um conjunto de atitudes de violência física ou Psicológica, de caráter intencional e repetitivo, pratica por um bully (agressor) contra uma ou mais vítimas que se encontram impossibilitadas de se defender.
As agressões geralmente não apresentam motivações específicas ou justificáveis, isso quer dizer que os mais fortes utilizam os mais fracos por  puro prazer, diversão, com o intuito de maltratar, humilhar, intimidar e amedrontar suas vítimas.




O QUE É BULLYING?
O bullying é um termo ainda pouco conhecido do grande público. De origem inglesa e sem tradução ainda no Brasil, é utilizado para qualificar comportamentos agressivos no âmbito escolar, praticados tanto por meninos quanto por meninas. Os atos de violência (física ou não) ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos que se encontram impossibilitados de fazer frente às agressões sofridas. Tais comportamentos não apresentam motivações específicas ou justificáveis. Em última instância, significa dizer que, de forma “natural”, os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas.

QUAIS SÃO AS FORMAS DE BULLYING? 
As formas de bullying são:
• Verbal (insultar, ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos, “zoar”)
• Física e material (bater, empurrar, beliscar, roubar, furtar ou destruir pertences da vítima)
• Psicológica e moral (humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar, difamar)
• Sexual (abusar, violentar, assediar, insinuar)
• Virtual ou Ciberbullying (bullying realizado por meio de ferramentas tecnológicas: celulares, filmadoras, internet etc.) Redes Sociais, Whatsapp, Instagram, Twitter entre outros.
Estudos revelam um pequeno predomínio dos meninos sobre as meninas. No entanto, por serem mais agressivos e utilizarem a força física, as atitudes dos meninos são mais visíveis. Já as meninas costumam praticar bullying mais na base de intrigas, fofocas e isolamento das colegas. Podem, com isso, passar despercebidas, tanto na escola quanto no ambiente doméstico.

COMO OS AGRESSORES ESCOLHEM SUA VÍTIMA?
Os bullies (agressores) escolhem os alunos que estão em franca desigualdade de poder, seja por situação socioeconômica, situação de idade, de porte físico ou até porque numericamente estão desfavoráveis.
Normalmente as vítimas são frágeis fisicamente, apresentam alguma “marca” que as destaca dos demais: são gordinhas ou magras demais, altas ou baixas demais, usam óculos, são estudiosos demais ou apresentam dificuldades de aprendizagem, tem sardas ou manchas na pele, orelhas ou nariz um pouco mais destacados; tem dificuldades de se expressar, falta de coordenação motora, insegurança, baixa-autoestima, usam roupas fora da moda, são de raça, credo, condição socioeconômica ou orientação sexual diferentes... Enfim, qualquer coisa que fuja do padrão imposto por um determinado grupo pode desencadear o processo de escolha da vítima.
Os agredidos levam suas marcas dentro de si prejudicando seu futuro com uma desvalia e autoestima baixos, alguns tornam-se revoltados e agressivos, vingando-se ao cometer crimes sobre inocentes da sociedade e até mesmo tornando-se contraventores.





QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROBLEMAS QUE UMA VÍTIMA DE BULLYING PODE
ENFRENTAR NA ESCOLA E AO LONGO DA VIDA?
As consequências são as mais variadas possíveis e dependem muito de cada indivíduo, da sua estrutura, de vivências, de predisposição genética, da forma e da intensidade das agressões. No entanto, todas as vítimas, sem exceção, sofrem com os ataques de bullying (em maior ou menor proporção). Muitas levarão marcas profundas provenientes das agressões para a vida adulta, e necessitarão de apoio psiquiátrico e/ou psicológico para a superação do problema.
Os problemas mais comuns são: desinteresse pela escola; problemas psicossomáticos; problemas Comportamentais e psíquicos como transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros. O bullying também pode agravar problemas preexistentes, devido ao tempo prolongado de estresse a que a vítima é submetida. Em casos mais graves, podem-se observar quadros de esquizofrenia, homicídio e suicídio.


COMO PERCEBER QUANDO UMA CRIANÇA OU ADOLESCENTE ESTÁ SOFRENDO BULLYING? QUAL O COMPORTAMENTO TÍPICO DESSES JOVENS?
As informações sobre o comportamento das vítimas devem incluir os diversos ambientes que elas frequentam. Nos casos de bullying é fundamental que os pais e os profissionais da Escola atentem especialmente para os seguintes sinais:
Na Escola:
No recreio encontram-se isoladas do grupo, ou perto de alguns adultos que possam protegê-las; na sala de aula apresentam postura retraída, faltas frequentes às aulas, mostram-se comumente tristes, deprimidas ou aflitas; nos jogos ou atividades em grupo sempre são as últimas a serem escolhidas ou são excluídas; aos poucos vão se desinteressando das atividades e tarefas escolares; e em casos mais dramáticos apresentam hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas.
Em Casa:
Frequentemente se queixam de dores de cabeça, enjoo, dor de estômago, tonturas, vômitos, perda de apetite, insônia. Todos esses sintomas tendem a ser mais intensos no período que antecede o horário de as vítimas entrarem na escola. Mudanças frequentes e intensas de estado de humor, com explosões repentinas de irritação ou raiva. Geralmente elas não têm amigos ou, quando têm são bem poucos; existe uma escassez de telefonemas, e-mails, torpedos, convites para festas, passeios ou viagens com o grupo escolar. Passam a gastar mais dinheiro do que o habitual na cantina ou com a compra de objetos diversos com o intuito de presentear os outros. Apresentam diversas desculpas (inclusive doenças físicas) para faltar às aulas.

QUEM SÃO OS  ESPECTADORES: 
São alunos que testemunham  as ações dos agressores contra as vítimas, mas não tomam qualquer atitude em relação a isso: não saem em defesa do agredido, tampouco se juntam aso agressores, e podem ser divididos em 3 grupos.
Espectadores passivos: assumem essa postura por medo absoluto de se tornarem a próxima vítima.
Espectadores ativos: são os que, apesar de não participarem ativamente dos ataques, manifestam “apoio moral” aos agressores, com risadas e palavras de incentivo. Não se envolvem mas se divertem com o que veem. Adoram ver o circo pegar fogo.
Espectadores neutros: são alunos que por serem advindos de lares desestruturados ou de comunidades onde a violência é comum, não demonstram sensibilidade pelas situações de bullying. Estão anestesiados emocionalmente, em função do seu próprio contexto social.

Vale a pena salientar que, a omissão, também se configura em uma ação imoral e/ou criminosa. A omissão só faz alimentar a impunidade e contribuir para o crescimento da violência por parte de quem pratica. 


O QUE SE PODE NOTAR NO COMPORTAMENTO DE UM PRATICANTE DE BULLYING?
Na escola os bullies (agressores) fazem brincadeiras de mau gosto, gozações, colocam apelidos pejorativos, difamam, ameaçam, constrangem e menosprezam alguns alunos. Furtam ou roubam dinheiro, lanches e pertences de outros estudantes. Costumam ser populares na escola e estão sempre enturmados. Divertem-se à custa do sofrimento alheio.
No ambiente doméstico, mantêm atitudes desafiadoras e agressivas em relação aos familiares. São arrogantes no agir,no falar e no vestir, demonstrando superioridade. Manipulam pessoas para se safar das confusões em que se envolveram. Costumam voltar da escola com objetos ou dinheiro que não possuíam. Muitos agressores mentem, de forma convincente, e negam as reclamações da escola, dos irmãos ou dos empregados domésticos.

QUAL É O PAPEL DA ESCOLA PARA EVITAR O BULLYING ESCOLAR?
A escola é corresponsável nos casos de bullying, pois é lá onde os comportamentos agressivos e transgressores se evidenciam ou se agravam na maioria das vezes. A direção da escola (como autoridade máxima da instituição) deve acionar os pais, os Conselhos Tutelares, os órgãos de proteção à criança e ao adolescente etc. Caso não o faça poderá ser responsabilizada por omissão. Em situações que envolvam atos infracionais (ou ilícitos) a escola também tem o dever de fazer a ocorrência policial. Dessa forma, os fatos podem ser devidamente apurados pelas autoridades competentes e os culpados responsabilizados.
Tais procedimentos evitam a impunidade e inibem o crescimento da violência e da criminalidade infantojuvenil.

QUAL A INFLUÊNCIA DA SOCIEDADE ATUAL NESTE TIPO DE COMPORTAMENTO?
O individualismo, cultura dos tempos modernos, propiciou essa prática, em que o ter é muito mais valorizado que o ser, com distorções absurdas de valores éticos. Vive-se em tempos velozes, com grandes mudanças em todas as esferas sociais. Nesse contexto, a educação tanto no lar quanto na escola se tornou rapidamente ultrapassada, confusa, sem parâmetros ou limites. Os pais passaram a ser permissivos em excesso e os filhos cada vez mais exigentes, egocêntricos. As crianças tendem a se comportar em sociedade de acordo com os modelos domésticos. Muitos deles não se preocupam com as regras sociais, não
refletem sobre a necessidade delas no convívio coletivo e, nem sequer se preocupam com as consequências dos seus atos transgressores. Cabe à sociedade como um todo transmitir às novas gerações valores educacionais mais éticos e responsáveis. Afinal, são estes jovens que estão delineando o que a sociedade será daqui em diante. Auxiliá-los e conduzi-los na construção de uma sociedade mais justa e menos violenta, é obrigação de todos.

ALGUNS FILMES SOBRE BULLYING


  • A Classe (Klass, Estônia 2007)
  • Evil, Raízes do mal (Ondskan, Suécia 2003)
  • Bully (Bully, EUA 2001)
  • Carrie, a estranha (Carrie, EUA 1976)
  • Bullying – Provocações Sem Limites 
  • Bang, Bang! Você morreu (Bang, Bang! You’re Dead, EUA 2002)
  • Meu Melhor Inimigo (Min Bedste Fjende, Dinamarca 2010)
  • Quase Um Segredo (Mean Creek, EUA 2004)

ALGUNS FAMOSOS QUE SUPERARAM O BULLYING.
  • Michael Phelps 
  • Taylor Swift
  • Tom Cruise
  • Madonna
  • Steven Spielberg
  • Guilherme Berenguer
  • Grazi Massafera
  • Juliana Paes

As tirinhas abaixo foram usadas para atividade de dramatização com os alunos. Desta forma eles podem sentir na pele como é ser vítima, agressor e espectador.











segunda-feira, março 17, 2014

Monólogo de um Psicopedagogo





Uma incógnita! tantas coisas por descobrir, tantas coisas por aprender, quero me descobrir te conhecendo, quero te ensinar aprendendo, quero aprender te decifrando, quero teu segredo, quero amar, quero, amo, sinto, aprendo, ensino, escuto, vejo, sou psicopedagoga!! Inêz M K T Souza

domingo, março 09, 2014

Não tenha vergonha de contar nos dedos

O homem só chegou ao sucesso nos cálculos quando passou a usar os dedos para contar.



Por Luiz Barco
Uma leitora aflita me perguntou: - Professor, o meu filho ainda conta nos dedos. O que eu faço?
Nada, pensei, mas nem cheguei a responder, pois ela acrescentou: "A professora já disse que ele jamais vai progredir em Matemática". Eu gostaria de saber que teoria a levou a tão bizarra conclusão. Contar nos dedos significa, no máximo, que o menino é fraco em cálculo elementar - e aquele terrível vaticínio significa que a professora é ainda mais fraca em história da Matemática. Pois há vários exemplos de grandes matemáticos que foram fracos em cálculo elementar. Contar com o auxílio dos dedos é uma prática saudável e natural.
É preciso distinguir com clareza a diferença entre "senso numérico" e "contagem". Foi árduo e bonito o percurso que a humanidade percorreu e ele está bem descrito no livro Número: a linguagem da ciência, do matemático americano Tobias Dantzig, que obteve um significativo elogio de ninguém menos que Albert Einstein: "Fora de qualquer dúvida, este é o livro mais interessante que conheço sobre a evolução da Matemática".
Dantzig descreve o que chamou "senso numérico" que ocorre no homem, em alguns pássaros e alguns insetos - e em nenhum outro mamífero. Costuma-se argumentar que o senso numérico dos raros animais que o possuem é tão limitado que pode ser descartado, o que me parece ser apenas o propósito de dar ao homem uma supremacia que talvez ele não tenha. Confunde-se, no caso, o senso numérico com a habilidade que só os homens desenvolveram e que chamamos contagem. Ela está hoje tão arraigada em nosso equipamento mental que se tornou difícil estabelecer testes psicológicos capazes de medir nosso senso numérico.
Enfim, os testes possíveis revelaram que o senso numérico do homem civilizado médio raramente vai além de 4. Já os selvagens que não desenvolveram a capacidade de contar com os dedos não apresentam quase nenhuma capacidade de perceber números. Existem relatos sobre habitantes das ilhas dos mares do sul, da África, das Américas, da Austrália: eles mostram que os selvagens que não chegaram à etapa de contagem nos dedos quase não têm capacidade de perceber números.
Pesquisas sobre línguas revelam a pequena probabilidade de que nossos ancestrais fossem melhor dotados dessa capacidade, mas, de qualquer forma, a humanidade fascina pela sua aparentemente inesgotável capacidade de resolver problemas. Foram necessários muitos séculos para que nossos antepassados se dessem conta de que o dia e a noite, o par de asas de um pássaro, um casal de animais são instâncias de uma mesma idéia, o número 2. Olhando para trás, podemos nos sentir confortavelmente admirados ao verificar que nossa espécie, mesmo munida de um rude senso numérico, igual, em seus contornos, ao de alguns pássaros e insetos, conseguiu aprender, por uma série de circunstâncias, a ler padrões simétricos. E isso auxiliou poderosamente na percepção da pluralidade, pelo artifício da contagem, que levou ao moderno conceito de número. Não foi à toa que o famoso matemático alemão Carl Friedrich Gauss (1777-1855) observou: "A Matemática é a rainha das ciências e a teoria dos números é a rainha das matemáticas" Não por acaso, Gauss foi o criador da teoria dos números.
De um ponto de vista histórico, até bem recentemente símbolos como lua, asas, trevo, cachorro, mão funcionavam como precursores dos nossos atuais um, dois, três, quatro, cinco... Levou tempo para que o homem associasse tais símbolos aos números - e nesse tempo ele certamente fez exercícios de contar, talhando sulcos nas árvores, marcas nas pedras ou juntando seixos. Mas foi só quando começou a usar os dedos articulados que o homem chegou ao sucesso nos cálculos. Sem esse poderoso artifício talvez não tivesse ido tão longe com as ciências exatas. Por essa razão, não me parece bom proibir as crianças de praticar esse gesto, carregado de condição humana, que as calculadoras de bolso vão tornando cada vez mais uma arte perdida. Convém não esquecer que apenas há quatro séculos nenhum manual de Aritmética seria bem considerado se não fornecesse instruções sobre o método do cálculo digital.


Fonte: Revista Superinteressante

sexta-feira, março 07, 2014

Atividades - DISCALCULIA

Atividades referentes à Discalculia

Alguns exemplos* de atividades a serem desenvolvidas com crianças que apresentem discalculia.








* Retirados do livro 'Dificuldades de aprendizagem específicas' de Diana Tereso Coelho

quarta-feira, março 05, 2014

Vida Maria





O filme mostra a história do que se mais vê aqui no interior do nordeste, onde vemos crianças que tem sua infância interrompida muitas vezes para ajudar a família a sobreviver, infância essa resumida aos poucos recursos e a más condições.

A Maria que aparece no filme mostra satisfação no que faz, em apenas escrever seu primeiro nome a princípio, o momento em que sua mãe lhe chama a atenção, é tirada, não só a atenção como seu futuro de ser uma pessoa diferente que sua mãe, que não tem uma visão do futuro, querendo dar a filha a mesma criação que teve.

O objetivo do curta é mostra que devemos dar sempre mais que tivemos pros demais, para tentar construir um futuro que não tivemos, e estar sempre a procura do melhor e não se acomodar naquilo que vivemos.