sábado, janeiro 25, 2014

Transtornos de aprendizagem

sexta-feira, janeiro 10, 2014

TESTES E AVALIAÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS


Disponibilizando para vocês que acompanham o meu Blog algumas sugestões de alguns Testes e Avaliações para o Diagnóstico Psicopedagógico e também alguns materiais para as intervenções.

Lembrando aos psicopedagogos (as) que a formação continuada, seja o estudo contante ou pesquisas é muito importante, precisamos nos manter atualizados, participar de Seminários, Congressos, Simpósios, Grupos de Estudos, enfim, todos os dias aprendemos algo!

Desta maneira não podemos nos apegar somente aos testes e avaliações para obtermos meros resultados, temos que buscar o conhecimento a fim de nos aperfeiçoarmos a cada dia refinando nosso olhar e nossa escuta psicopedagógica.

Leiam este fragmento retirado do texto do Relatório aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal.

"Em que pese ter surgido da necessidade de solucionar o problema dos alunos que apresentassem dificuldades escolares, a psicopedagogia já há muito superou sua gênese e se afirmou como a atividade que busca entender os fundamentos e desenvolvimento da aprendizagem e sua relação com o meio social, familiar e escolar do aluno, atacar os problemas que podem ocorrer nesse processo e, se possível, preveni-los. Nesse sentido, a participação do psicopedagogo – que não se confunde com a do orientador educacional nem com a do psicólogo escolar no processo educacional é essencial, pois ainda que não seja possível prevenir todos os problemas que podem ocorrer, é fundamental para o acompanhamento e diagnóstico das patologias do aprendizado e pela sua correção, se for o caso."
Exmo. Senador Augusto Botelho




Avaliação da compreensão leitora de textos expositivos: para fonoaudiólogos e psicopedagogos.

Este material apresenta textos expositivos, com tipos de organização diferenciados. Tem como objetivo auxiliar psicopedagogos e fonoaudiólogos na avaliação da compreensão leitora de alunos com queixa de dificuldades de aprendizagem e leitura.




  
                                            
CONFIAS - Consciência fonológica instrumento de avaliação sequencial

O CONFIAS é um instrumento que tem como objetivo avaliar a consciência fonológica de forma abrangente e sequencial. A utilização deste instrumento possibilita a investigação das capacidades fonológicas, considerando a relação com a hipótese da escrita (Ferreiro & Teberosky, 1991). Além disso, contribui para a prática na alfabetização e instrumentaliza profissionais de diferentes áreas tais como fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicólogos e educadores, podendo também, subsidiar pesquisas acadêmicas na área da linguagem, da psicologia cognitiva e da educação. Faixa etária: a partir de 4 anos de idade.



EAME-IJ - Escala para avaliação da motivação escolar infanto-juvenil
A Escala para Avaliação da Motivação Escolar Infanto-juvenil (EME-IJ) é indicada para ser aplicada em crianças e adolescentes de 8 a 11 anos. Fornece três tipos de medidas sendo, uma relacionada à motivação escolar intrínseca, outra à extrínseca e à motivação escolar geral da pessoa. A aplicação pode ser de forma individual ou coletiva, é rápida, não ultrapassando 10 minutos e sua utilização é dirigida a profissionais da área educacional.





EAVAP-EF - Escala de avaliação das estratégias de aprendizagem para o ensino fundamental

A EAVAP-EF avalia as estratégias cognitivas e metacognitivas de aprendizagem relatadas e utilizadas por alunos do ensino fundamental. Pode ser empregada no diagnóstico psicoeducacional de crianças do ensino fundamental ou de pessoas do mesmo nível de escolaridade que demonstram dificuldades para estudar e aprender. É de fácil manipulação por parte do aplicador e de fácil entendimento por parte dos avaliados.



PROLEC 1º ED - Prova de avaliação dos processos de leitura
O PROLEC - Provas de Avaliação dos Processos de Leitura é o teste mais utilizado por fonoaudiólogos, psicólogos e professores em países de língua hispânica, na avaliação de crianças disléxicas e, é igualmente empregado nas investigações científicas sobre dificuldades de aprendizagem como demonstram as numerosas vezes em que aparece citado nas publicações sobre esse tema. As pesquisadoras brasileiras, em parceria com Fernando Cuetos, adaptaram a ferramenta para uso no Brasil, com o objetivo de oferecer um instrumento capaz de identificar as dificuldades que interferem no processo de desenvolvimento da leitura, atuando como um guia para orientar programas de recuperação.



TDE - Teste de desempenho escolar

O TDE é um instrumento que busca oferecer de forma objetiva uma avaliação das capacidades fundamentais para o desempenho escolar, mais especificamente da escrita, aritmética e leitura. Indica de uma maneira abrangente, quais as áreas da aprendizagem escolar que estão preservadas ou prejudicadas no examinando. A faixa etária abrange a avaliação de escolares de 1ª a 6ª séries do Ensino Fundamental, ainda que possa ser utilizado com algumas reservas, para a 7ª e 8ª séries.




Coleção Aprendizagem e Nível de Operatoriedade: Os 3 Porquinhos
Esta técnica é composta por 8 pranchas, possuindo como elemento básico a história de Os três porquinhos. A criança conta uma história para cada uma das pranchas apresentadas. A correção é realizada pela avaliação qualitativa, com base nos níveis de operatoriedade propostos por Piaget, sensório-motor, pré-operacional, operatório concreto e lógico-formal, incluindo a transitividade de uma fase para outra.
  


Coleção: Os contos de Fadas e a Psicopedagogia

Dar recursos para a avaliação de crianças que apresentem problemas na aprendizagem da lecto-escrita. Composto por quatro contos de fadas (Cinderela, Branca de Neve, João e Maria, e Chapeuzinho Vermelho), embora todos os demais contos de fadas possam ser utilizados. A correção é realizada pela avaliação qualitativa.




  
Técnicas de Diagnóstico Psicopedagógico: O diagnóstico clínico na abordagem interacionista

Tem como objetivo atender às possíveis necessidades dos colegas de trabalho, facilitando-lhes ao máximo a tarefa diagnóstica. Isso se faz possível, pelo conteúdo apresentado trazer não somente as técnicas em si, mas também sugestões para investigação e avaliação das aplicações. Além das técnicas, é oferecida uma metodologia específica a fim de tornar as interpretações e hipóteses mais fidedignas.



MANUAL PRÁTICO DO DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO - SIMAIA SAMPAIO
Neste manual, de maneira prática e objetiva, a autora descreve minuciosamente os passos e a aplicação das técnicas usadas no diagnóstico psicopedagógico clínico baseado na Epistemologia Convergente.
Como professora de pós-graduação e supervisora de psicopedagogos, observa a dificuldade que os alunos encontram em unir todas as etapas do diagnóstico para realização do estágio e, mesmo depois de formados, eles sentem dificuldades ao iniciar seu atendimento clínico, por causa da ausência de material de apoio. Por isso, descreve aqui, passo a passo, a realização do Contrato Inicial, EOCA, Provas Operatórias, Técnicas Projetivas, Outros Testes, Anamnese, Devolução e Informe Psicopedagógico.


5 CHANCES - TESTE DE COORDENAÇÃO MOTORA, HABILIDADES CONCENTRAÇÃO Tem uma estrutura que inicialmente gera medo e ansiedade.
O objetivo é conduzir de um lado para o outro uma arruela por meio de um fio metálico, sem tocá-lo. Para isso, tem-se 5 chances e, para cada chance usada um led vermelho é acesso. Ao acender o 5º, deve-se voltar e reiniciar a atividade / treino.
Vem com 2 tipos de trajetória, uma muito fácil e outra muito difícil, não havendo o meio termo.

  
CAIXA LÚDICA CENTRADA NA APRENDIZAGEM
Tanto no diagnóstico como no tratamento a utilização de situações lúdicas possibilita a compreensão do funcionamento do processo cognitivo, afetivo-social e suas interferências na aprendizagem da criança, permitindo aumentar sua autoconfiança e autoestima o que, consequentemente, irá ajudá-la a desempenhar seu papel ocupacional.

  
FAMÍLIA LÚDICA TERAPÊUTICA

Cabe aos pequenos bonecos de pano flexíveis uma grande variedade de tarefas na idade escolar, mais especialmente entre sete e doze anos. A correspondente família flexível permite, que a criança se familiarize com as relações sociais. Mesmo quando sua própria família apresentar algumas particularidades.



MALETA DE PROVAS OPERATÓRIAS

Avaliação qualitativa, com base nos níveis de operatoriedade propostos por Piaget, sensório-motor, pré-operacional, operatório concreto e lógico-formal.






  

PREDICOFON 

PROGRAMA DE REEDUCAÇÃO EM DISLEXIA E CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA.









  
MEMO

O MEMO é um equipamento destinado a estimulação de memória recente, atenção e concentração em pacientes com déficits neurológico, distúrbio de aprendizagem, transtorno do déficit de atenção, entre outras patologias. O MEMO gera uma sequência aleatória de estímulos sonoros e luminosos e o paciente deve repeti-las pressionando o botão correspondente a cor e ao som.

  
TAPETE DAS HABILIDADES

Essa coleção tem como meta principal estimular o desejo de aprender e o desabrochar da criatividade nas mais variadas fases do desenvolvimento infantil.
Os conceitos trabalhados nesta coleção foram testados por profissionais das áreas da Educação, da Fonoaudiologia, da Psicologia e da Psicopedagogia que, com satisfação, alcançaram seus objetivos de forma rápida e eficaz.



Coleção Papel de Carta
           

Segundo Chamat (1997), os objetivos gerais deste teste se dão através da apresentação de seis lâminas que compõem o Teste Coleção Papel de Carta, as lâminas com desenhos infantis, sugerem temas específicos como: Comunicação, Vinculação Afetiva, Receber Afeto, Interação Familiar, Relação com a Aprendizagem e Prognóstico, através destas lâminas pretende-se levar a criança a projetar-se nos personagens, possibilitando detectar possíveis causas de suas dificuldades de aprendizagem, através da análise dos aspectos manifestos e latentes de sua elaboração, bem como a análise de sua escrita. A criança conta uma história sobre cada lâmina, que é devidamente anotada pelo aplicador. A correção é realizada pela avaliação qualitativa de cada história apresentada.



Álbum de Figuras – Avaliação ortográfica

O material “Álbum de Figuras para Análise Ortográfica” tem por finalidade ser utilizado como instrumento para se avaliar o desenvolvimento e aprendizagem da linguagem escrita.
Baseia-se na ortografia do português brasileiro e foi organizado para ser utilizado com educandos que estão em processo de alfabetização ou frequentam as séries iniciais de ensino, 1º ao 5º anos, e que estão apresentando dificuldades nesta aquisição ou outros distúrbios de leitura e escrita.
Em formato de álbum, com espiral, apresenta 30 cartões, medindo 14x10cm. Contém 27 figuras coloridas, que representam conceitos de categorias diversas tais como: meios de transporte, animais, objetos e outros que estimulam a escrita de uma lista de palavras. As figuras de número 28, 29 e 30, representam desenhos temáticos e oportuniza a escrita de novas palavras, frases e/ou texto, na forma de descrição ou elaboração. Acompanha folheto de instrução com orientações para correção.

Álbum de Figuras – Avaliação de Linguagem Oral

O álbum de figuras para nomeação tem por finalidade servir como instrumento de avaliação da linguagem oral, no seu aspecto fonético-fonológico.
Na forma de álbum com espiral apresenta, nesta 2ª atualização (2006), 30 cartões medindo, aproximadamente, 14x10cm. Contém 29 figuras coloridas cujos conceitos pertencem ao vocabulário de crianças e adultos, e permite observar a emissão do fonema desejado, bem como analisar o sistema fonológico do usuário. Foi cuidadosamente organizado de modo a contemplar todos os fonemas da língua portuguesa, diversas ocorrências do mesmo fonema, ocorrência em diferentes posições nas palavras.
Nesta nova versão, a figura de nº. 30 representa um desenho temático que oportuniza a emissão de outras palavras e frases, na forma de descrição ou narrativa, o que possibilita o fornecimento de mais dados para a investigação fonológica. O aspecto visual gráfico dos desenhos busca contemplar critérios de acessibilidade visual, visando o uso do mesmo com um amplo espectro de usuários, inclusive aqueles que apresentam necessidades especiais. Acompanha folheto com referencial teórico e instruções, bem como um protocolo para registro da transcrição e análise fonêmica (2 páginas).


AVALIAÇÃO DE LEITURA E ESCRITA - EMÍLIA FERREIRO

CAIXA DA AVALIAÇÃO DO NÍVEL DA ESCRITA E DA LEITURA

EMILIA FERRERO E ANA TEBEROSKY


Manual de aplicação, original da folha de respostas, livro de histórias e cartões.


sábado, janeiro 04, 2014

A Educação Inclusiva e as adaptações curriculares




Deve ser ressaltado que o conceito da Escola Inclusiva conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Especial (MEC/SEESP, 1998), implica uma nova postura da escola comum, que propõe no projeto político pedagógico, no currículo, na metodologia de ensino, na avaliação e na atitude dos educandos, ações que favoreçam a integração social e sua opção por práticas heterogenias. A escola capacita seus professores, prepara-se, organiza-se e adapta-se para oferecer educação de qualidade para todos, inclusive, para os educandos com necessidades especiais... Inclusão, portanto, não significa simplesmente matricular os educandos com necessidades especiais na classe comum, ignorando suas necessidades especificas, mas significa dar ao professor e a escola o suporte necessário à sua ação pedagógica.
Sendo assim, a Educação Especial já não é mais concebida como um sistema educacional paralelo ou segregado, mas como um conjunto de medidas que a escola regular põe ao serviço de uma resposta adaptada à diversidade dos alunos.
Foi neste parâmetro que no Brasil, a necessidade de se pensar um currículo para a escola inclusiva foi oficializada a partir das medidas desenvolvidas junto à Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação com a criação dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Neste documento explicita-se o conceito de adaptações curriculares, consideradas como:
  • estratégias e critérios de situação docente, admitindo decisões que oportunizam adequar a ação educativa escolar às maneiras peculiares de aprendizagem dos alunos, considerando que o processo de ensino-aprendizagem pressupõe atender à diversificação de necessidades dos alunos na escola (MEC/SEESP/SEB, 1998, p.15)

Portanto podemos falar em dois tipos de adaptações curriculares, as chamadas adaptações de acessibilidade ao currículo e as adaptações pedagógicas (SME-RJ, 1996).

Adaptações de acessibilidade ao currículo se referem à eliminação de barreiras arquitetônicas e metodológicas, sendo pré-requisito para que o aluno possa frequentar a escola regular com autonomia, participar das atividades acadêmicas propostas para os demais alunos. Estas incluem as condições físicas, materiais e de comunicação, como por exemplo, rampas, de acesso e banheiros adaptados, apoio de intérpretes de LIBRAS e/ou capacitação do professor e demais colegas, transição de textos para Braille e outros recursos pedagógicos adaptados para deficientes visuais, uso de comunicação alternativa com alunos com paralisia cerebral ou dificuldades de expressão oral, etc...

As adaptações curriculares, de planejamento, objetivos, atividades e formas de avaliação, no currículo como um todo, ou em aspectos dele, são para acomodar os alunos com necessidades especiais.

Tornar real as adaptações curriculares é o caminho para o atendimento às necessidades específicas de aprendizagem dos alunos. Identificar essas “necessidades” requer que os sistemas educacionais modifiquem não apenas as suas atitudes e expectativas em relação a esses alunos, mas que se organizem para construir uma real escola para todos, que dê conta dessas especificidades.

A inclusão de alunos com necessidades especiais na classe regular implica o desenvolvimento de ações adaptativas, visando à flexibilização do currículo, para que ele possa ser desenvolvido de maneira efetiva em sala de aula, e atender as necessidades individuais de todos os alunos. De acordo com o MEC/SEESP/SEP 919980, essas adaptações curriculares realizam-se em três níveis:

* Adaptações no nível do projeto pedagógico (currículo escolar) que devem focar principalmente, a organização escolar e os serviços de apoio, propiciando condições estruturais que possam ocorrer no nível de sala de aula e no nível individual.

* Adaptações relativas ao currículo da classe, que se referem, principalmente, à programação das atividades elaboradas para sala de aula.

* Adaptações individualizadas do currículo, que focam a atuação do professor na avaliação e no atendimento a cada aluno.

Como vemos a Educação Inclusiva, sob a ótica curricular, significa que o aluno com necessidades especiais deve fazer parte da classe regular, aprendendo as mesmas coisas que os demais da classe, mesmo que de maneira diferente, cabendo ao educador fazer as necessárias adaptações. Essa proposta difere de práticas tradicionais, pois o educador terá que garantir o aprendizado de todos os alunos.

Um currículo que leve em conta a diversidade deve ser, antes de tudo, flexível, e passível de adaptações, sem perda de conteúdo. “Deve ser concebido tendo como objetivo geral a ‘redução de barreiras atitudinais e conceituais”, e se pautar em uma “resignificação do processo de aprendizagem na sua relação com o desenvolvimento humano”

Precisamos nos ater que pequenas modificações que o professor venha a fazer em termos de métodos e conteúdos, só não bastam. Pelo contrário, implica, sobretudo na re-organização do projeto político pedagógico de cada escola e do sistema escolar com um todo, levando em consideração as adaptações necessárias para a inclusão e participação efetiva de alunos com necessidades especiais em todas as atividades escolares.Sabemos que ensinar o aluno com deficiência é o grande desafio da Educação Inclusiva, pois é neste aspecto que a inclusão deixa de ser uma ideologia, e se torna ação concreta.Temos que nos ater que inclusão escolar não é o mesmo que inclusão social.A escola inclusiva é a que propicia ao aluno com necessidades especiais, a apropriação do conhecimento escolar, junto com os demais.Se essa dimensão for mascarada o aluno acabará aprendendo menos que no sistema especial,mesmo que socialmente ele se desenvolva e amplie seus horizontes.

Para que a inclusão escolar seja real o professor da classe regular deve estar sensibilizado e capacitado (tanto psicológica quanto intelectualmente) para mudar sua forma de ensinar e adaptar o que vai ensinar.

Temos que ter claro que inclusão não pode ser responsabilidade única da Educação Especial. Não é uma simples questão do professor de Educação Especial ditar ao professor da classe regular como trabalhar com esse aluno. Se não for desenvolvida uma dinâmica de trabalho integrado, estaremos criando um sistema especial dentro da escola regular, o que não é Educação Inclusiva.

Não podemos esquecer que avaliação no currículo inclusivo deve ser flexível, porém objetiva. Precisamos ter a preocupação com modelos de aprovação facilitada, pois se o aluno com deficiência acabar passando de série sem ter necessários conhecimentos estaremos reproduzindo os mesmos problemas do ensino especial. Por isso que estamos buscando um novo modelo educacional.

Temos que partir do pressuposto que a ação prioritária é a capacitação de professores, visando formação teórico-metodológico, que lhe permita se transformar em um professor que possa refletir e re-significar sua prática pedagógica para atender à diversidade do seu alunado.

Mas essa formação precisa ser contínua, incluindo troca de experiência e intercambio bem como atividades capacitadoras na própria escola sob forma de centros de estudo e discussão de casos, supervisão, etc. Para o sucesso de uma proposta de Educação Inclusiva é fator determinante um sistema de apoio para lidar com as necessidades especiais não só do aluno, mas também do professor da classe regular. E este sistema de suporte deve estar disponível aonde? Essa é uma questão de nossa responsabilidade e temos que ter a resposta não há mais tempo para intenções e sim realizações.

Fonte: http://construireincluir.blogspot.com.br/2011/05/educacao-inclusiva-e-as-adaptacoes.html

Surdocegueira


PERSPECTIVA GERAL SOBRE A SURDOCEGUEIRA - BARBARA MILES
(TRADUÇÃO RESUMIDA DO TEXTO)

O que é surdocegueira?
A surdocegueira é uma condição em que se combinam transtornos visuais e auditivos que produzem graves problemas de comunicação e outras necessidades de desenvolvimento e aprendizagem. Estas pessoas necessitam de uma educação individualizada devido aos problemas de visão e audição, que requerem enfoques educativos especiais e exclusivos para assegurar que as crianças tenham oportunidade de alcançar plenamente seu potencial.
Uma pessoa surdocega tem uma experiência do mundo única. Para nós que podemos ver e ouvir, o mundo se estende até onde nossos olhos alcançam ver e nossos ouvidos a ouvir. Já, para a pessoa surdocega o mundo parece estreito, pois suas experiências do mundo vão até onde seus dedos podem alcançar. E se as pessoas não mantém contato físico com eles, estes estão realmente sozinhos. Se a pessoa surdocega tem um resíduo visual ou auditivo, o seu mundo aumentará. Poderá escutar alguns sons, reconhecer pessoas a uma determinada distância e utilizar esses resíduos para alguma das técnicas de comunicação que auxiliem a sua aprendizagem, como por exemplo LIBRAS, escrita ampliada, etc.

Quem é o surdocego e quais são as causas da surdocegueira?
No Brasil, ainda não temos estatisticamente a população real de surdocegos. Nos EUA, em idade de 0 a 22 anos está estimado entre 35 a 40 mil pessoas.

As principais causas são:
Síndromes: Down, Usher, Trissomia 13
Anomalias múltiplas congênitas: CHARGE (drogas na gravidez, Hidrocefalia e álcool), microcefalia
Nascimento prematuro, Disfunções pré-natais congênitas: AIDS, Herpes, Sífilis, Rubéola, Toxoplasmose
Causas pós-natais: asfixia, meningite, encefalite, derrame cerebral, trauma craniano

Algumas pessoas podem nascer surdocegas, outras podem ficar surdocegas no decorrer de sua vida por acidente ou doenças. Geralmente a surdocegueira está acompanhada de outras deficiências, como é o caso da rubéola (afeta o coração) ou qualquer outra doença que possa trazer um atraso no desenvolvimento em geral e motor.

Quais são as dificuldades, os desafios que uma pessoa surdocega enfrenta?
A pessoa surdocega deve dar sentido ao mundo utilizando a limitada informação que dispõe. Se as pessoas que estão ao seu redor não ajudarem na informação sobre o que ocorre, isto pode trazer dificuldades ao surdocego.
As pessoas que convivem com um surdocego devem auxiliá-lo antecipando o que vai acontecer ou fazer dando pistas, ou comunicando-se através de LIBRAS, TADOMA ou outros métodos para que permita que o surdocego esteja preparado para o momento seguinte.
É importante também que se dê à oportunidade de escolha do melhor jeito do surdocego se comunicar para que ele possa ampliar e expressar seus pensamentos, necessidades e desejos. Permitir e auxiliar a uma maior independência na locomoção para que na vida adulta possa ter um trabalho que lhe permita utilizar seus talentos e habilidades e ter uma vida social agradável.
É preciso lembrar que alguns, pelas outras deficiências associadas a surdocegueira, podem chegar a vida adulta ainda semi dependentes para algumas tarefas. Isto vai depender muito de como esta criança foi trabalhada e das oportunidades que lhe foram oferecidas.

Quais são os desafios particulares que enfrenta a família, os profissionais (professores e pessoas que cuidam) das pessoas surdocegas?
O contato físico, o aproximar-se a ser aceito e mais tarde transformar estes contatos em sinais mais expressivos de comunicação, é o passo mais importante. Comunicar para o surdocego significa ampliar o seu mundo e expressar seus pensamentos e desejos. Nós enquanto profissionais, pais e pessoas que cuidam do surdocego, devemos estar atentos para mostrar todas as formas possíveis de comunicação para que ele possa optar.

Os principais sistemas de comunicação são:
-toques chaves
-objetos simbólicos
-LIBRAS
-escrita e leitura BRAILLE
-gestos
-desenhos simbólicos
-leitura oro facial
-TADOMA
-alfabeto digitado(LIBRAS)
-letras grandes(ampliadas) para leitura e escrita muitas pessoas surdocegas tem alcançado uma qualidade de vida excelente. 
Cada um, a sua maneira aceitou a surdocegueira como uma situação real em sua vida, o que lhes proporcionou uma valiosa e única experiência do mundo. As experiências educacionais auxiliam a maximizar suas habilidades para a comunicação e funcionalidade.
A família, os amigos, as comunicações de onde participam, o ambiente de trabalho, estão rodeado de pessoas que os aceitam como indivíduos capazes de produzir e os respeitam como seres humanos, em suas opiniões e escolhas. Acima de tudo, estas pessoas que cercam o surdocego estão prontas a facilitarem oportunidades de conhecimento e se enriquecerem com as experiências do convívio com o surdocego.