segunda-feira, dezembro 31, 2012

Feliz 2013



Em 2013 faça a diferença, se destaque, crie, ouse, brilhe, compartilhe, viva, seja muito feliz!!

Desejo a todos os que passaram por aqui, meus ilustres visitantes que comentaram ou não minhas postagens, que gostaram ou não das mesmas, desejo que todos vocês tenham muito sucesso em suas vidas, que façam a diferença por onde quer que passem, que tenham muita saúde, que recebam muito carinho, que transmitam a paz, que sejam portadores de possibilidades, que ajudem na construção e manutenção do nosso planeta.

Agradeço a Deus por me dar a oportunidade de trabalhar, agradeço por minha saúde, pela minha família, pelo apoio que me dão, agradeço a Deus por cada pessoa que passa pela minha vida e que se torna parte dela.

Que todas as amizades se fortaleçam e perdurem por todo o sempre! Que sejamos elos de uma  corrente do bem!

Obrigado pelas quase 170.000 mil visualizações! A visita de vocês me diz que estou no caminho certo, que a minha proposta, meu projeto de compartilhar informações está surtindo efeito! Obrigado à todas as pessoas que cederam gentilmente seus materiais para que fossem postados neste blog, e aos outros espaços que divulgam e também compartilham minhas ideias.

Quando você compartilha o seu conhecimento, você não está apenas dividindo ou repassando informação, você está abrindo espaço para a troca e para o crescimento seu e do outro. Compartilhar faz você buscar mais. Porque todos querem saber, todos querem crescer. Não se limite ao seu mundo. Compartilhe seu conhecimento, saber compartilhar é evoluir, mais que qualquer coisa.
F E L I Z    2 0 1 3!!!

quarta-feira, dezembro 26, 2012

Você já usou CURTOGRAMA com suas crianças?

 O Curtograma é um  quadro a ser completado de acordo com nossas expectativas e ações, a fim de facilitar a avaliação das mesmas e tomada de atitudes. É composto de quatro partes, as quais devem ser preenchidas de acordo com a opinião de cada um:

1) CURTO E FAÇO (o que gosto de fazer e faço)

2) CURTO E NÃO FAÇO (o que eu gostaria de fazer e não faço)

3) NÃO CURTO E FAÇO (o que faço contra minha vontade)

4) NÃO CURTO E NÃO FAÇO (o que não faço e não gosto de fazer).

Importante: o Curtograma deve ser feito levando-se em conta nossas atitudes na escola, sobretudo na classe – não é o momento de pensarmos em nossas casas, nem em colocar a culpa nos outros!

CURTOGRAMA:
(Desenhe ou escreva)

O QUE EU CURTO E FAÇO












O QUE EU CURTO E NÃO FAÇO

O QUE EU NÃO CURTO E FAÇO






O QUE EU NÃO CURTO E NÃO FAÇO











segunda-feira, dezembro 24, 2012

Brinquedoteca Hospitalar


EDUCAR BRINCANDO TAMBÉM NOS HOSPITAIS E LABORATÓRIOS.

A Brinquedoteca é um espaço que reúne muitas possibilidades e potencialidades para desenvolver trabalhos sérios e relevantes para as crianças através da brincadeira.
Ela é indicada para qualquer idade do zero aos 100 anos e mais, não se restringe a faixa sócio econômica de seus frequentadores, ela trás o resgate da importância do brincar para a criança.

Este espaço pode ser uma sala ou uma casa, pode ser simples ou muito incrementado, o mais importante é que ofereça as crianças oportunidades para que possam exercer seu direito de brincar e conhecer as brincadeiras.

Quando falamos em brinquedotecas instaladas em unidades da área da saúde, podemos pensar que elas podem estar sendo instaladas desde os convênios médicos e laboratórios de atendimento e unidades hospitalares, portanto alguns cuidados devem ser tomados desde a escolha dos brinquedos e sua higienização até a atuação do profissional que estará na sala.

Para maiores informações e conhecimentos, visite http://brinquenohosp.blogspot.com/

Saiba mais sobre...


O que é Pedagogia Hospitalar?

A Pedagogia Hospitalar há anos está lutando para saber concretamente sua verdadeira definição. Ela se apresenta como um novo caminho tomado no meio profissional da educação, com um bom desempenho na conquista de seus ideais. É um processo educativo não escolar que propõe desafios aos educadores e possibilita a construção de novos conhecimentos e atitudes.
A Pedagogia Hospitalar envolve o conhecimento médico e psicológico, representando uma tarefa complexa. A realização dessa tarefa necessita de um ponto de referência não médico: o enfoque formativo, instrutivo e psicopedagógico. Nisso germina um novo campo onde aparece uma inter-relação de trabalho que permite delinear as fronteiras de aproximação conceitual do conhecimento demandado.
A enfermidade do educando muitas vezes o obriga a se ausentar da escola por um período prolongado,trazendo prejuízos às atividades escolares. Por esse motivo há necessidade de uma projeção emergente que, além de atender o estado biológico e psicológico da criança, atenda também suas necessidades pedagógicas.
A criança sofre grandes influências do ambiente onde ela se encontra. Quando se sente fraca e doente, sem poder brincar, longe da escola, dos amigos e, fica desanimada e triste, sem estímulo para se curar.
O pedagogo, ao desenvolver um trabalho educativo com a criança internada, também trabalha o lúdico de forma que alivie possíveis irritabilidades, desmotivação e estresse do paciente.
A continuidade dos estudos no período de internamento, traz maior vigor às forças vitais do educando, existindo aí um estímulo motivacional, tendo várias ações preponderantes e desencadeantes para sua recuperação.
Dessa maneira nasce uma predisposição que facilita sua cura.A escola-hospital possui uma visão que se propõe a um trabalho não somente de oferecer continuidade de instrução, mas também o de orientar a criança sobre o internamento evitando um trauma.


Atendimento Hospitalar no Brasil

Em nosso país, verificamos que são poucos os hospitais que oferecem esse diferencial de atendimento em suas pediatrias, podemos mencionar o Hospital Infantil Joana de Gusmão no Sul; Hospital das Clinicas de Ribeirão Preto, Hospital de Clínicas – UNESP de Botucatu, Hospital Amaral Carvalho em Jaú, Hospital Materno Infantil de Marília; Centro Infantil Boldrini em Campinas e o INCA no Rio de Janeiro, em São Paulo há 20 classes na Capital e 13 no Interior, as classes hospitalares funcionam nos seguintes hospitais: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – são quatro classes, vinculadas à Escola Estadual Arthur Guimarães; Hospital Darcy Vargas – oito classes vinculadas à Escola Estadual Adolfo Trípoli; Hospital do Servidor Público Estadual – duas classes ligadas à Escola Estadual César Martinez; Hospital de Clínicas de São Paulo – (com duas classes) e Hospital Emílio Ribas (com três classes), que mantêm vínculo com a Escola Estadual Vítor Oliva; Hospital AC Camargo – duas classes da Escola Estadual Presidente Roosevelt; Hospital Cândido Fontoura – uma classe pertencente à Escola Estadual Antônio Queiroz Telles; e o Instituto da Criança. Constatamos que na rede privada de hospitais é oferecido às crianças atividades recreacionistas e ludo pedagógico em brinquedotecas como cumprimento de Lei; sendo desenvolvidas muitas vezes pelo setor voluntariado, que não possui formação e capacitação para a realização deste atendimento. O atendimento pedagógico busca favorecer toda estratégia que ajude o desenvolvimento desta modalidade educacional e que sensibilize os agentes da educação e da saúde sobre a importância do atendimento educacional à criança hospitalizada.

Direitos da Criança e do Adolescente Hospitalizados

Visando nortear a conduta dos profissionais de saúde no ambiente hospitalar a Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou e apresentou o texto abaixo, na vigésima sétima Assembléia Ordinária do Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA - com sede no Ministério da Justiça em Brasília, aprovado por unanimidade e transformado em resolução de número 41 em 17 de outubro de 1995.

1. Direito a proteção à vida e à saúde, com absoluta prioridade e sem qualquer forma de discriminação.

2. Direito a ser hospitalizado quando for necessário ao seu tratamento, sem distinção de classe social, condição econômica, raça ou crença religiosa.

3. Direito a não ser ou permanecer hospitalizado desnecessariamente por qualquer razão alheia ao melhor tratamento de sua enfermidade.

4. Direito a ser acompanhado por sua mãe, pai ou responsável, durante todo o período de sua hospitalização, bem como receber visitas.


Ausência por motivo de Saúde

De acordo com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, as Leis que amparam a ausência por motivo de saúde são:

Decreto Lei nº. 1.044 (Federal), de 21/10/69 e o Parecer CNE nº. 06/98 , que estabelecem aos estudantes como compensação de ausência às aulas, exercícios domiciliares, com acompanhamento da escola, sempre que compatíveis com seu estado de saúde e as possibilidades do estabelecimento.

Lei 10.685/00 - Dispõe sobre acompanhamento educacional da criança e do adolescente internados para tratamento de saúde. Res. SE 61/02 - Dispõe sobre ações referentes ao Programa de inclusão escolar. Del. CEE 59/06. 

O regime domiciliar deve ser requerido ao diretor da escola mediante a apresentação de atestado médico.

A legislação que ampara a Estudante Gestante é:
Lei Federal nº. 6.202, de 17/04/75 , atribui à estudante em estado de gestação o regime de exercícios domiciliares, instituído pelo Decreto-lei Federal nº. 1.044, de 21/10/69
A Lei permite que a aluna gestante a partir do 8º(oitavo) mês de gestação e, durante 3(três) meses, seja assistida pelo regime de exercícios domiciliares.

Para ter esse direito, a estudante deverá apresentar atestado médico à direção da escola e requerer o benefício.

Legislação

No Brasil, a legislação reconheceu através do estatuto da Criança e do Adolescente Hospitalizado, através da Resolução nº. 41 de outubro e 1995, no item 9, o “Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar”.

Tendo em vista o embasamento legal, contido na legislação vigente, Lei 10.685 de 30/11/2000., que amparam e legitimam o direito à educação, os hospitais devem
dispor às crianças e adolescentes um atendimento educacional de qualidade e igualdade de condições de desenvolvimento intelectual e pedagógico, por que os convênios médicos não podem aderir este atendimento.

A resolução 02 CNE/MEC/ Secretaria do estado da Educação – Departamento de Educação Especial, datada em 11 de setembro de 2001, determina expressamente a implantação de hospitalização Escolarizada com a afinidade de atendimento pedagógico aos alunos com necessidades
especiais transitórias.

Lembramos que o atendimento a essas crianças é um direito de todos os educandos, garantidos por Lei, pelo tempo que estiverem afastados ou impedidos de frequentar uma escola, seja por dificuldades físicas ou mentais.

Resoluções: Classe Hospitalar 

RESOLUÇÃO SE Nº. 95, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2000
Ementa: Dispõe sobre o atendimento de alunos com necessidades educacionais
especiais nas escolas da rede estadual de ensino e dá providências correlatas

Atividades Pedagógicas
Atividades de Artes: consiste no desenvolvimento e na vivência de um trabalho expressivo e criativo que envolve a utilização de técnicas e materiais artísticos por meio do contato com materiais como: pintura, desenhos, construção com sucatas e elaboração de adornos para festas comemorativas. Leituras e Interpretação de Estórias: consistem na utilização de procedimentos que possibilitem o acesso à informação escrita, de maneira individual ou em grupos de jornais, contos, histórias, biografias, poesia, novela, e outros recursos, tomados não somente com o objetivo de distração em relação à doença, como também no estímulo ao gosto e ao hábito pela leitura. Construção: Consiste em desenvolver o raciocínio da criança, a seqüência do pensamento Exibição de Filmes: consiste em atividades que atendam não somente ao lazer, mas que de um modo geral venha estimular a verbalização e o pensamento criativo. Jogos e Brincadeiras: consiste na utilização e manejo de diferentes jogos que proporcionem o lazer, a socialização, a informação e alguns aspectos do processo cognitivo, tais como: observar, analisar, registrar, memorizar e planejar e inferir.



Classes Hospitalares e o direito à educação

A concepção de classes escolares em hospitais é conseqüência da importância formal de que crianças hospitalizadas, independentemente do período de permanência no estabelecimento, têm necessidades educativas e direitos de cidadania, onde se abrange a escolarização. A Educação é direito de todos e dever do Estado e da família. O direito a educação se expressa como direito à aprendizagem e a escolarização.

O artigo 214 da Constituição Federal afirma que as ações do Poder Público devem conduzir à universalização do atendimento escolar. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional assegura que o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino (art. 5º § 5º), podendo organizar-se de diferentes formas para garantir o processo de aprendizagem (art 23).

A escola, é o lugar fundamental para o encontro do educando com o saber sistematizado. Porém para possibilitar o acompanhamento pedagógico e educacional e garantir a continuidade do procedimento escolar de crianças e jovens do ensino regular, garantindo a conservação da conexão com a escola de origem, através de um currículo flexibilizado e adaptado da ação docente, a Secretaria de Educação em convênio firmado com a Secretaria de Saúde criou um programa de acolhimento diferenciado às crianças e jovens, internados em Hospitais, que necessitam de acompanhamento educacional especial, para que os mesmos não percam a ligação com a escola, oferecendo atendimento sistemático e diferenciado, no âmbito da Educação Básica, individual ou coletivo em Classe Hospitalar ou no leito, conforme a necessidade do educando que se encontra incapaz de frequentar a escola provisoriamente. Além de um ambiente próprio para a Classe Hospitalar, o acompanhamento poderá ser feito na enfermaria, no leito ou no quarto de isolamento, uma vez que as restrições conferidas ao educando por sua condição clínica ou de tratamento assim requeiram.

Para atuar em Classes Hospitalares, o professor deverá estar habilitado para trabalhar com diversidade humana e diferentes experiências culturais, identificando as necessidades educacionais especiais dos educandos impedidos de frequentar a escola, decidindo e inserindo modificações e adaptações curriculares em um processo flexibilizador de ensino/aprendizagem . O professor deverá ter a formação pedagógica, preferencialmente em Educação Especial ou em curso de Pedagogia e terá direito ao adicional de insalubridade. A legislação brasileira reconhece o direito de crianças e adolescentes hospitalizados ao acompanhamento pedagógico-educacional. (Política Nacional de Educação Especial (MEC/SEESP, 1994 e 1995). Essa propõe que a educação em hospital seja realizada através da organização de classes hospitalares, devendo-se assegurar oferta educacional não só aos pequenos pacientes com transtornos do desenvolvimento, mas, também, às crianças e adolescentes em situações de risco, como é o caso da internação hospitalar (Fonseca,1999). ).

A prática pedagógica nesse lócus de atendimento exige dos profissionais da educação maior flexibilidade, em relação ao número de crianças que irão ser atendidas , assim como ao período que cada uma delas permanecerá internada, bem como às diferentes patologias. Para este atendimento não existe uma receita pronta, constituindo-se em um desafio a ser alcançado. As professoras devem buscar parceria com os familiares, que exercem proeminente papel, como figura de apoio e cooperação no sucesso da qualidade do ensino/aprendizagem e na qualidade de vida.

Referencias:Direitos da criança e do adolescente hospitalizados. Diário Oficial, Brasília, 17 out. 1995. Seção 1, pp. 319-320. Autora: Amelia Hamze Educadora Profª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos
Pedagogia - Brasil Escola

Fonte:http://qualievidanapedhospitalar.blogspot.com.br/

quinta-feira, dezembro 06, 2012

A RELAÇÃO ENTRE A PSICOPEDAGOGIA E A PSICOMOTRICIDADE


Quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir, se convence que os mortais não podem ocultar nenhum segredo. Aquele que não fala com os lábios, fala com as pontas dos dedos: nós nos traímos por todos os poros.” (Freud)
Os distúrbios de aprendizagem são geralmente relacionados a problemas de ordem psicológica e não relacionados ao nosso corpo como um todo, nosso sistema motor. A psicopedagogia tem como seu principal objetivo resgatar a autoria de pensamento e para isso é necessário unir duas coisas: o querer (desejo) e o fazer. A psicomotricidade trabalha o corpo em movimentos precisos, econômicos e harmoniosos, unindo os conceitos de desejo e prática.
Como sujeitos temos mente e corpo. Não há como separá-los quando falamos em aprendizagem. Antes de aprender a linguagem verbal temos uma linguagem corporal já existente. Nossos movimentos, nossos primeiros passos, a descoberta do que podemos fazer com o corpo que possuímos precede à fala. Comunicamo-nos com outras pessoas através de gestos, de movimentos, desde pequenos. É possível observar muitos adultos que gesticulam enquanto falam. Nossos movimentos, “as pontas de nossos dedos”, como diz Freud na citação acima, falam por nós como nossas palavras.
A psicomotricidade e a psicopedagogia podem e devem ser parceiras no processo de resgate do sujeito autor, pois juntas criam uma unidade entre a objetividade de nossos atos motores e a subjetividade de nosso pensamento, nossa psique. Como psicopedagogos não somos psicomotricistas, mas precisamos ter conhecimento e parceria com profissionais da área para que possamos trabalhar de forma melhor e completa com nossos pacientes, deixando conceitos banais fora de nossos consultórios.

Fonte:http://espacopensar.wordpress.com/

A profissão: Psicomotricista

A Psicomotricidade


Definição

É a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo.

Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto.

Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização.

O Psicomotricista

É o profissional da área de saúde e educação que pesquisa, avalia, previne e trata do Homem na aquisição, no desenvolvimento e nos transtornos da integração somato-psíquica e da retrôgenese.

Quais são suas áreas de atuação? 

Educação, Clínica, Consultoria, Supervisão, e Pesquisa.

Qual a clientela atendida? 

Crianças em fase de desenvolvimento; bebês de alto risco; crianças com dificuldades/atrasos no desenvolvimento global; pessoas portadoras de necessidades especiais: deficiências sensoriais, motoras, mentais e psíquicas; família e a 3ª idade.

Mercado de trabalho Creches; escolas; escolas especiais; clínicas multidisciplinares; consultórios; clínicas geriátricas; postos de saúde; hospitais; empresas.

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Fases do Desenvolvimento Infantil


Fases do Desenvolvimento Infantil (0 a 6 anos)
Berçário, Pré-Maternal, Maternal I, Maternal II, Jardim A e Jardim B
Faixa etária: 0 aos 6 anos

“A trajetória que uma criança percorre desde que começa a deixar de ser bebê (dependência total), até começar a se transformar em um ser mais independente e autônomo está relacionado tanto às condições biológicas, como aquelas proporcionadas pelo espaço familiar e social (escola), com o qual interage.”

É preciso saber que:
- O desenvolvimento de uma criança não acontece de forma linear.
- As mudanças que vão se produzindo ocorrem de forma gradual, são períodos contínuos que vão se sucedendo e se superpondo.
- Durante a evolução a criança experimenta avanços e retrocessos, vivendo seu desenvolvimento de modo particular.
- Acompanhamos a construção de sua personalidade respeitando que em cada idade há um jeito próprio de se manifestar.
- Tanto antecipar etapas, como não estimular a criança, podem ser geradores de futuros conflitos.
- Cabe a família e a ESCOLA conhecer e respeitar os passos do desenvolvimento infantil.

Característica da faixa etária dos 0 aos 6 meses
Desenvolvimento Físico:
• Processo de fortalecimento gradual dos músculos e do sistema nervoso: os movimentos bruscos e descontrolados iniciais vão dando lugar a um controle progressivo da cabeça, dos membros e do tronco;
• Por volta das 8 semanas é capaz de levantar a cabeça sozinho durante poucos segundos, deitado de barriga para baixo;
• Controle completo da cabeça por volta dos 4 meses: deitado de costas, levanta a cabeça durante vários segundos; deitado de barriga para baixo começa a elevar-se com apoio das mãos e dos braços e virando a cabeça;
• Por volta dos 4 meses o controle das mãos é mais fino, sendo capaz de segurar num brinquedo;
• Entre os 4 e os 6 meses utiliza os membros para se movimentar, rolando para trás e para frente; apresenta também maior eficácia em alcançar e agarrar o que quer ou a posicionar-se no chão para brincar;
• Desenvolve o seu próprio ritmo de alimentação, sono e eliminação;
• Desenvolvimento progressivo da visão;
• Com 1 mês, é capaz de focar objetos a 90 cm de distância;
• Progressivamente será capaz de utilizar os dois olhos para focar um objeto próximo ou afastado, bem como de seguir a deslocação dos objetos ou pessoas;
• Entre os 4 e os 6 meses a visão e a coordenação olho-mão encontram-se próximas da do adulto;
• Desenvolvimento da função auditiva;
• Entre os 2 e os 4 meses, o bebê reage aos sons e às alterações do tom de voz das pessoas que o rodeiam;
• Por volta dos 4-6 meses, possui já uma grande sensibilidade às modulações nos tons de voz que ouve;

Desenvolvimento Intelectual:
• A aprendizagem faz-se sobre tudo através dos sentidos;
• Vocaliza espontaneamente, sobretudo quando está em relação;
• A partir dos 4 meses, começa a imitar alguns sons que ouve à sua volta;
• Por volta do 6º mês, compreende algumas palavras familiares (o nome dele, "mamã", "papá"...), virando a cabeça quando o chamam;

Desenvolvimento Social:
• Distingue a figura cuidadora das restantes pessoas com quem se relaciona, estabelecendo com ela uma relação privilegiada;
• Fixa o rostos e sorri (aparecimento do 1º sorriso social por volta das 6 semanas);
• Aprecia situações sociais com outras crianças ou adultos;
• Por volta dos 4 meses: capacidade de reconhecimento das pessoas mais próximas, o que influencia a forma como se relaciona com elas, tendo reações diferenciadas consoante a pessoa com quem interage. É também capaz de distinguir pessoas conhecidas de estranhos, revelando preferência por rostos familiares;

Desenvolvimento Emocional:
• Manifesta a sua excitação através dos movimentos do corpo, mostrando prazer ao antecipar a alimentação ou o colo;
• O choro é a sua principal forma de comunicação, podendo significar estados distintos (sono, fome, desconforto...);
• Apresenta medo perante barulhos altos ou inesperados, objetos, situações ou pessoas estranhas, movimentos súbitos e sensação de dor;


Característica da faixa etária dos 6 aos 12 meses
Desenvolvimento Físico:
• Desenvolvimento da motricidade: os músculos, o equilíbrio e o controlo motor estão mais desenvolvidos, sendo capaz de se sentar direito sem apoio e de fazer as primeiras tentativas de se pôr de pé, agarrando-se a superfícies de apoio;
• A partir dos 8 meses, consegue arrastar-se ou gatinhar;
• A partir dos 9 meses poderá começar a dar os primeiros passos, apoiando-se nos móveis;
• Desenvolvimento da preensão: entre os 6 e os 8 meses, é capaz de segurar os objetos de forma mais firme e estável e de manipulá-los na mão; por volta dos 10 meses, é já capaz de meter pequenos pedaços de comida na boca sem ajuda, é capaz de bater com dois objetos um no outro, utilizando as duas mãos, bem como adquire o controle do dedo indicador (aprende a apontar);

Desenvolvimento Intelectual:
• A aprendizagem faz-se sobre tudo através dos sentidos, principalmente através da boca;
• Desenvolvimento da noção de permanência do objeto, ou seja, a noção de que uma coisa continua a existir mesmo que não a consiga ver;
• Vocalizações;
• Os gestos acompanham as suas primeiras "conversas", exprimindo com o corpo aquilo que quer ou sente (por ex., abre e fecha as mãos quando quer uma coisa);
• Alguns dos seus sons parecem-se progressivamente com palavras, tais como "mamã" ou "papá" e ao longo dos próximos meses o bebê vai tentar imitar os sons familiares, embora inicialmente sem significado;
• A partir dos 8 meses: desenvolvimento do, acrescentando novos sons ao seu vocabulário. Os sons das suas vocalizações começam a acompanhar as modulações da conversa dos adultos - utiliza "mamã" e "papá" com significado;
• Nesta fase, o bebê gosta que os objetos sejam nomeados e começa a reconhecer palavras familiares como "papa", "mamã", "adeus", sendo progressivamente capaz de associar ações a determinadas palavras (por ex: tchau-tchau" - acenar);
• A partir dos 10 meses, a noção de causa-efeito encontra-se já bem desenvolvida: o bebê sabe exatamente o que vai acontecer quando bate num determinado objeto (produz som) ou quando deixa cair um brinquedo (o pai ou a mãe apanha-o). Começa também a relacionar os objetos com o seu fim (por ex., coloca o telefone junto ao ouvido);
• Progressiva melhoria da capacidade de atenção e concentração: consegue manter-se concentrado durante períodos de tempo cada vez mais longos;
• A primeira palavra poderá surgir por volta dos 10 meses;

Desenvolvimento Social:
• O bebê está mais sociável, procurando ativamente a interação com quem o rodeia (através das vocalizações, dos gestos e das expressões faciais);
• Manifesta comportamentos de imitação, relativamente a pequenas ações que vê os adultos fazer (por ex., lavar a cara, escovar o cabelo, etc.);
• A partir dos 10 meses, maior interesse pela interação com outros bebês;
Desenvolvimento Emocional:
• Formação de um forte laço afetivo com a figura materna (cuidadora) - Vinculação;
• Presença de ansiedade de separação, que se manifesta quando é separado da mãe, mesmo que por breves instantes - trata-se de uma ansiedade normal no desenvolvimento emocional do bebê;
• Presença de ansiedade perante estranhos: sendo igualmente uma etapa normal do desenvolvimento emocional do bebê, manifesta-se quando pessoas desconhecidas o abordam diretamente;
• A partir dos 8 meses, maior consciência de si próprio;
• Nesta fase é comum os bebês mostrarem preferência por um determinado objeto (um cobertor ou uma pelúcia, por ex.), o qual terá um papel muito importante na vida do bebê - ajuda a adormecer, é objeto de reconforto quando está triste, etc.;


Característica da faixa etária de 01 aos 02 anos
Desenvolvimento Físico:
• Começa a andar, sobe e desce escadas, sobe os móveis, etc. - o equilíbrio é inicialmente bastante instável, uma vez que os músculos das pernas não estão ainda bem fortalecidos. Contudo, a partir dos 16 meses, o bebê já é capaz de caminhar e de se manter de pé em segurança, com movimentos muito mais controlados;
• Melhoria da motricidade fina devido à prática - capacidade de segurar um objeto, o manipula, passa de uma mão para a outra e o larga deliberadamente. Por volta dos 20 meses, será capaz de transportar objetos na mão enquanto caminha;
Desenvolvimento Intelectual:
• Maior desenvolvimento da memória, através da repetição das atividades - permite-lhe antecipar os acontecimentos e retomar uma atividade momentaneamente interrompida, à qual dedica um maior tempo de concentração. Da mesma forma, através da sua rotina diária, o bebê desenvolve um entendimento das seqüências de acontecimentos que constituem os seus dias e dos seus pais;
• Exibe maior curiosidade: gosta de explorar o que o rodeia;
• Compreende ordens simples, inicialmente acompanhadas de gestos e, a partir dos 15 meses, sem necessidade de recorrer aos gestos;
• Embora possa estar ainda limitada a uma palavra de cada vez, a linguagem do bebê começa a adquirir tons de voz diferentes para transmitir significados diferentes. Progressivamente, irá sendo capaz de combinar palavras soltas em frases de 2 palavras;
• É capaz de acompanhar pedidos simples, como por ex. "dá-me a caneca";
• As experiências físicas que vai fazendo ajudam a desenvolver as capacidades cognitivas. Por exemplo, por volta dos 20 meses;
• Sabe que um martelo de brincar serve para bater e já o deve utilizar;
• Consegue estabelecer a relação entre um carrinho de brincar e o carro da família;
• Entre os 20 e os 24 meses é também capaz de brincar ao faz-de-conta (por ex., finge que deita chá de um bule para uma xícara, põe açúcar e bebe - recorda uma seqüência de acontecimentos e faz de conta que os realiza como parte de um jogo). A capacidade de fazer este tipo de jogos indica que está a começar a compreender a diferença entre o que é real e o que não é;

Desenvolvimento Social:
• Aprecia a interação com adultos que lhe sejam familiares, imitando e copiando os comportamentos que observa;
• Maior autonomia: sente satisfação por estar independente dos pais quando inserida num grupo de crianças, necessitando apenas de confirmar ocasionalmente a sua presença e disponibilidade - esta necessidade aumenta em situações novas, surgindo uma maior dependência quando é necessária uma nova adaptação;
• As suas interações com outras crianças são ainda limitadas: as suas brincadeiras decorrem sobre tudo em paralelo e não em interação com elas;
• A partir dos 20-24 meses, e à medida que começa a ter maior consciência de si própria, física e psicologicamente, começa a alargar os seus sentimentos sobre si próprio e sobre os outros - desenvolvimento da empatia (começa a ser capaz de pensar sobre o que os outros sentem);

Desenvolvimento Emocional:
•Grande reatividade ao ambiente emocional em que vive: mesmo que não o compreenda, apercebe-se dos estados emocionais de quem está próximo dele, sobre tudo os pais;
• Está a aprender a confiar, pelo que necessita de saber que alguém cuida dela e vai de encontro às suas necessidades;
• Desenvolve o sentimento de posse relativamente às suas coisas, sendo difícil partilhá-las;
• Embora esteja normalmente bem disposta, exibe por vezes alterações de humor ("birras");
• É bastante sensível à aprovação/desaprovação dos adultos;


Característica da faixa etária dos 2 aos 3 anos
Desenvolvimento Físico:
• À medida que o seu equilíbrio e coordenação aumentam, a criança é capaz de saltar ou saltar de um pé para o outro quando está a correr ou a andar;
• É mais fácil manipular e utilizar objetos com as mãos, como um lápis de cor para desenhar ou uma colher para comer sozinha;
• Começa gradualmente a controlar os esfíncteres (primeiro os intestinos e depois a bexiga);
Desenvolvimento Intelectual:
• Fase de grande curiosidade, sendo muito freqüente a pergunta "Por quê?";
• À medida que se desenvolvem as suas competências lingüísticas, a criança começa a exprimir-se de outras formas, que não apenas a exploração física - trata-se de juntar as competências físicas e de linguagem (por ex., quando faço isto, acontece aquilo), o que ajuda ao seu desenvolvimento cognitivo;
• É capaz de produzir regularmente frases de 3 e 4 palavras. A partir dos 32 meses, já capaz de conversar com um adulto usando frases curtas e de continuar a falar sobre um assunto por um breve período;
• Desenvolvimento da consciência de si: a criança pode referir-se a si própria como "eu" e pode conseguir descrever-se por frases simples, como "tenho fome";
• A memória e a capacidade de concentração aumentaram (a criança é capaz de voltar a uma atividade que tinha interrompido, mantendo-se concentrada nela por períodos de tempo mais longos);
• A criança está a começar a formar imagens mentais das coisas, o que a leva à compreensão dos conceitos - progressivamente, e com a ajuda dos pais, vai sendo capaz de compreender conceitos como dentro e fora, cima e baixo;
• Por volta dos 32 meses, começa a apreender o conceito de seqüências numéricas simples e de diferentes categorias (por ex., é capaz de contar até 10 e de formar grupos de objetos - 10 animais de plástico podem ser 3 vacas, 5 porcos e 3 cavalos);

Desenvolvimento Social:
• A mãe é ainda uma figura muito importante para a segurança da criança, não gostando de estranhos. A partir dos 32 meses, a criança já deve reagir melhor quando é separada da mãe, para ficar à guarda de outra pessoa, embora algumas crianças consigam este progresso com menos ansiedade do que outras;
• Imita e tenta participar nos comportamentos dos adultos: por ex., lavar a louça, maquiar-se, etc.;
• É capaz de participar em atividades com outras crianças, como por exemplo, ouvir histórias;

Desenvolvimento Emocional:
• Inicialmente o leque de emoções é vasto, desde o puro prazer até a raiva frustrada. Embora a capacidade de exprimir livremente as emoções seja considerada saudável, a criança necessitará de aprender a lidar com as suas emoções e de saber que sentimentos são adequados, o que requer prática e ajuda dos pais;
• Nesta fase, as birras são uma das formas mais comuns da criança chamar a atenção – geralmente deve-se a mudanças ou a acontecimentos, ou ainda a uma resposta aprendida (as birras costumam estar relacionadas com a frustração da criança e com a sua incapacidade de comunicar de forma eficaz);


Características da faixa etária dos 03 aos 04 anos
Desenvolvimento Físico:
• Grande atividade motora: corre, salta, começa a subir escadas, pode começar a andar de triciclo; grande desejo de experimentar tudo;
• Embora ainda não seja capaz de amarrar sapatos, veste-se sozinha razoavelmente bem;
• É capaz de comer sozinha com uma colher ou um garfo;
• Copia figuras geométricas simples;
• É cada vez mais independente ao nível da sua higiene; é já capaz de controlar os esfíncteres (sobretudo durante o dia);

Desenvolvimento Intelectual:
• Compreende a maior parte do que ouve e o seu discurso é compreensível para os adultos;
• Utiliza bastante a imaginação: início dos jogos de faz-de-conta e dos jogos de papéis;
• Compreende o conceito de "dois";
• Sabe o nome, o sexo e a idade;
• Repete seqüências de 3 algarismos;
• Começa a ter noção das relações de causa e efeito;
• É bastante curiosa e investigadora;

Desenvolvimento Social:
• É bastante sensível aos sentimentos dos que a rodeiam relativamente a si própria;
• Tem dificuldade em cooperar e partilhar;
• Preocupa-se em agradar os adultos que lhe são significativos, sendo dependente da sua aprovação e afeto;
• Começa a aperceber-se das diferenças no comportamento dos homens e das mulheres;
• Começa a interessar-se mais pelos outros e a integrar-se em atividades de grupo com outras crianças;

Desenvolvimento Emocional:
• É capaz de se separar da mãe durante curtos períodos de tempo;
• Começa a desenvolver alguma independência e autoconfiança;
• Pode manifestar medo de estranhos, de animais ou do escuro;
• Começa a reconhecer os seus próprios limites, pedindo ajuda;
• Imita os adultos;

Desenvolvimento Moral:
• Começa a distinguir o certo do errado;
• As opiniões dos outros, acerca de si própria assumem grande importância para a criança;
• Consegue controlar-se de forma mais eficaz e é menos agressiva;
• Utiliza ameaças verbais extremas, como por exemplo: "eu te mato!", sem ter noção das suas implicações;

Característica da faixa etária dos 04 aos 05 anos
Desenvolvimento Físico:
• Rápido desenvolvimento muscular;
• Grande atividade motora, com maior controle dos movimentos;
• Consegue escovar os dentes, pentear-se e vestir-se com pouca ajuda;

Desenvolvimento Intelectual:
• Adquiriu já um vocabulário alargado, constituído por 1500 a 2000 palavras; manifesta um grande interesse pela linguagem, falando incessantemente;
• Compreende ordens com frases na negativa;
• Articula bem consoantes e vogais e constrói frases bem estruturadas;
• Exibe uma curiosidade insaciável, fazendo inúmeras perguntas;
• Compreende as diferenças entre a fantasia e a realidade;
• Compreende conceitos de número e de espaço: "mais", "menos", "maior", "dentro", "debaixo", "atrás";
• Começa a compreender que os desenhos e símbolos podem representar objetos reais;
• Começa a reconhecer padrões entre os objetos: objetos redondos, objetos macios, animais...

Desenvolvimento Social:
• Gosta de brincar com outras crianças; quando está em grupo, poderá ser seletiva acerca dos seus companheiros;
• Gosta de imitar as atividades dos adultos;
• Está a aprender a partilhar, a aceitar as regras e a respeitar a vez do outro;
Desenvolvimento Emocional:
• Os pesadelos são comuns nesta fase;
• Tem amigos imaginários e uma grande capacidade de fantasiar;
• Procura frequentemente testar o poder e os limites dos outros;
• Exibe muitos comportamentos desafiantes e opositores;
• Os seus estados emocionais alcançam os extremos: por ex., é desafiante e depois bastante envergonhada;
• Tem uma confiança crescente em si própria e no mundo;

Desenvolvimento Moral:
•Tem maior consciência do certo e errado, preocupando-se geralmente em fazer o que está certo; pode culpar os outros pelos seus erros (dificuldade em assumir a culpa pelos seus comportamentos);


Características da faixa etária dos 5 aos 6 anos
Desenvolvimento Físico:
• A preferência manual está estabelecida;
• É capaz de se vestir e despir sozinha;
• Assegura sua higiene com autonomia;
• Pode manifestar dores de estômago ou vômitos quando obrigada a comer comidas de que não gosta; tem preferência por comida pouco elaborada, embora aceite uma maior variedade de alimentos;

Desenvolvimento Intelectual:
• Fala fluentemente, utilizando corretamente o plural, os pronomes e os tempos verbais;
• Grande interesse pelas palavras e a linguagem;
• Pode gaguejar se estiver muito cansada ou nervosa;
• Segue instruções e aceita supervisão;
• Conhece as cores, os números, etc.
• Capacidade para memorizar histórias e repeti-las;
• É capaz de agrupar e ordenar objetos tendo em conta o tamanho (do menor ao maior);
• Começa a entender os conceitos de "antes" e "depois", "em cima" e "em baixo", etc., bem como conceitos de tempo: "ontem", "hoje", "amanhã";

Desenvolvimento Social:
• A mãe é ainda o centro do mundo da criança, pelo que poderá recear a não voltar a vê-la após uma separação;
• Copia os adultos;
• Brinca com meninos e meninas;
• Está mais calma, não sendo tão exigente nas suas relações com os outros; é capaz de brincar apenas com outra criança ou com um grupo de crianças, manifestando preferência pelas crianças do mesmo sexo;
• Brinca de forma independente, sem necessitar de uma constante supervisão;
• Começa a ser capaz de esperar pela sua vez e de partilhar;
• Conhece as diferenças de sexo;
• Aprecia conversar durante as refeições;
• Começa a interessar-se por saber de onde vêm os bebês;
• Está numa fase de maior conformismo, sendo crítica relativamente aqueles que não apresentam o mesmo comportamento;

Desenvolvimento Emocional:
• Pode apresentar alguns medos: do escuro, de cair, de cães ou de dano corporal, embora esta não seja uma fase de grandes medos;
• Se estiver cansada, nervosa ou chateada, poderá apresentar alguns dos seguintes comportamentos: roer as unhas, piscar repetidamente os olhos, fungar, etc.;
• Preocupa-se em agradar aos adultos;
• Maior sensibilidade relativamente às necessidades e sentimentos dos outros;
• Envergonha-se facilmente;

Desenvolvimento Moral:
• Devido à sua grande preocupação em fazer as coisas bem e em agradar, poderá por vezes mentir ou culpar os outros de comportamentos reprováveis.
“Aprendemos sobre o jeito de ser de cada criança através da forma como se relaciona com seus amigos, seus brinquedos, como manifesta suas vontades e afetos; tolera suas frustrações, através das primeiras expressões gráficas e da linguagem”.

Fonte:http://www.mundodoabc.com.br/index.php

Esquema Psicomotor


DESENVOLVIMENTO MOTOR NORMAL DA CRIANÇA DE 0 À 3 ANOS


O desenvolvimento da criança abrange 3 etapas: 

psicológico, neurológico e motor.

Apesar do desenvolvimento ter fases e etapas bem definidas, cada bebê irá definir o seu. Para cada bebê como um indivíduo irá responder de forma muito particular aos estímulos vividos e/ou oferecidos.
O bebê ao nascer ainda não senta, não anda, devido ao seu sistema nervoso que ainda está imaturo em vários aspectos, entre eles o tônus muscular estará diminuído no pescoço e tronco e aumentado em braços e pernas. E para que o bebê adquira habilidades, este sistema nervoso precisará amadurecer, o que ocorre no primeiro ano de vida, e vai até 3 anos de idade.
O amadurecimento do sistema nervoso se fará em 2 direções: da cabeça para o pescoço e da região proximal para a mais distante, ou seja, o bebê controla o pescoço antes de controlar o tronco, e controla os ombros antes das mãos.Todo esse processo é gradativo, e cada fase alcançada habilita a criança a avançar para a etapa seguinte. Esse processo é lento e diário, imperceptível.
O amadurecimento do sistema nervoso depende da boa saúde global do bebê que é obtido através do aleitamento materno, controle de infecções e doenças com a ajuda das vacinas, o cuidado da própria mãe e o estímulo saudável do meio ambiente. Este estímulo não deve ser exagerado na intenção errônea de formar “campeões”, mas sim, deve ser espontâneo, tranquilo, calmo e natural, dentro do relacionamento de amor, carinho e respeito entre pais e filhos. O que acarretará um adulto que saberá se relacionar com o meio e com o outros de forma sadia respeitando-os e não competindo com eles.
NO PRIMEIRO ANO DE VIDA, O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA SE BASEIA NA ÁREA MOTORA GROSSA, PASSANDO A ENTENDER O MUNDO A PARTIR DESSA EXPERIÊNCIA.
COM ESSE PROCESSO OCORRE O DESENVOLVIMENTO DA PERCEPÇÃO. AS NOÇÕES DE LONGE, PERTO, RASO, FUNDO, FRIO, QUENTE, ETC., PASSAM A SER PERCEBIDAS ATRAVÉS DO CORPO DA CRIANÇA. TUDO ELA SENTE NO SEU CORPO ( FEED-BACK). COM MAIOR CONTROLE SOBRE AS MOVIMENTAÇÕES, ELE ( BEBÊ ), APRIMORA SEU CONHECIMENTO SOBRE O MUNDO.
NOS 6 PRIMEIROS MESES O CONTROLE ANTIGRAVITACIONÁRIO SE DARÁ NA HORIZONTAL (NAS POSTURAS MAIS BAIXAS), E DEPOIS ESTA IDADE O CONTROLE SE DARÁ NA VERTICAL (NAS POSTURAS MAIS ALTAS).
NO FINAL DO PRIMEIRO ANO CONSEGUIRÁ CONTROLAR TODOS OS MOVIMENTOS ANTIGRAVITACIONÁRIOS. HAVERÁ UMA MAIOR INTEGRAÇÃO DOS MOVIMENTOS JÁ ADQUIRIDOS.

Desenvolvimento Motor Normal (0 à 3 anos)
RECÉM-NASCIDO: Considerado até os 10 primeiros dias de vida. Fase de adaptação ao meio.
- hipertonia flexora (fisiológica)
- reação automática
- sem controle de cabeça – criança “molinha”
- pélvis em retroversão
- reflexo de preensão palmar
- reação cervical de retificação
PRIMEIRO MÊS: Sem controle de cabeça/cifose- reflexo de Moro
- diminuindo a flexão = aumento da extensão
- em supino acompanha objetos atá certo ponto
- pélvis retrovertida
- reação automática
- reflexo de preensão palmar
- marcha automática (pode ou não estar presente)
- não faz simetria

SEGUNDO MÊS
- puxado para sentar a cabeça cai para trás – oscila
- pelve diminuindo a retroversão
- pouca flexão
- terminando a marcha automática (astasia – abasia)
- pernas fletidas
- em supino acompanha mais objetos (reação óptica de retificação)
- diminuindo o reflexo de preensão palmar
- RTCA esporádico (discreta assimetria)
- reação de colocação dos pés- presença do Galant
- reação cervical de retificação

TERCEIRO MÊS: - Primeiro marco do desenvolvimento do bebê.
- mais simétrico
- reação labiríntica de retificação (puppy)
- orientação na linha média
- extensão do tronco em puppy alcança torácica alta (controla melhor a cabeça)
- aumenta a anteroversão do quadril
- desaparecendo o RTCA
- acompanha objetos
- diminuição da preensão palmar (retém por pouco tempo)
- desaparece Galant
- termina reação de colocação dos pés
- terminando reação cervical de retificação

QUARTO MÊS:
- simétrico
- bom controle de cabeça
- extensão do tronco em prono chega a região lombar
- apoio nos cotovelos (+ alinhados)
- entrando a reação corporal de retificação
- inicia o rolar – começa a entrar a dissociação de cinturas devido aos movimentos de flexão/extensão realizados pela cabeça quando a criança esta em prono dando assim maior mobilidade ao tronco.
- retificação lateral da cabeça (visto no rolar)
- pelve em supino faz antero e retroversão, mas com pouco controle
- boa visualização
- termina os reflexos da face
- a maioria dos reflexos estão abolidos
- termina a primeira fase do Moro/ inicia a segunda (+ discreta)
- não tem preensão voluntária
- inicia Landau (brinca de mata – borrão)

QUINTO MÊS:
- ótimo controle de cabeça (extensão de tronco chegando à região lombar)- puxado para sentar participa do movimento – permanece com apoio
- simétrico
- inicia preensão voluntária
- leva objetos à boca
- presente reação corporal de retificação (rola de prono para supino)
- sustenta a posição de pé por momentos com ajuda
- inicia reação de equilíbrio em prono
- inicia o arrastar (introdução à reação anfíbia)
- em supino inicia levar pés à boca (alonga músculos extensores)
- aumenta a reação de Landau

SEXTO MÊS: Segundo marco no desenvolvimento do bebê
- vence gravidade em supino
- sentado apoia-se nas mão à frente
- em supino brinca com os pés (aprimorando ainda mais a musculatura extensora)
- em prono a extensão do tronco já chega aos quadris exercendo peso sobre eles.
- pelve anterovertida
- senta quando colocada com apoio à frente (sem muita transferência – caindo)
- puxada para sentar estende os joelhos
- alcança objetos
- inicia reação de equilíbrio em supino
- rola melhor, com dissociação
- arrasta com facilidade
- reação anfíbia madura- reação de extensão protetora para frente
- termina a segunda fase do Moro
- suporta mais peso sobre o quadril favorecendo o controle sobre a cabeça, tronco e MMSS. Uma vez que começa a receber peso, o quadril se torna mais estável ganhando mais extensão, e nas posições em supino, prono e sentada a criança tem liberdade e segurança de movimento do quadril para cima.
- inicia a rotação propriamente dita – aumenta a dissociação
- reação de Landau + aprimorada devido a extensão do quadril.
- em pé com ajuda coloca peso nas duas pernas (inicia propriocepção dos MMII) suporta + peso

SÉTIMO MÊS: Inicia maior independência da criança em posturas baixas – começa a explorar o ambiente.
- arrasta (transferência de peso em prono
- inicia gatas (balanceios) ou meio urso
- sentado sozinho pega objetos e os transfere de uma mão a outra
- reação corporal de retificação bem atuante – movimentos rotacionais do tronco
- inicia o sentar a partir de 4 apoios
- se puxam para de pé- sentam sem apoio (braços não cruzam a linha média)
- inicia extensão protetora para os lados

OITAVO MÊS: Terceiro marco do desenvolvimento da criança
- engatinha usando mais a flexão lateral
- mantém postura sentada com bom equilíbrio
- em supino já se levanta para sentar
- inicia a extensão protetora para os lados
- aumenta dissociação (inicia rotação oposta durante as reações de equilíbrio)
- diminuindo o reflexo de preensão plantar
- boa mastigação (mastigar simétrico – movimento da mandíbula para cima e para baixo)
- se puxa para ficar de pé usando semi-ajoelhado
- fica de pé com ajuda de uma única mão – inicia rotação do tronco sobre extremidade inferior
- inicia a sequência joelho para semi-ajoelhado e desta para de pé
- escala móveis
- de pé com apoio transfere peso sobre MMII (3 planos – p/frente, p/trás e p/os lados)
- inicia marcha lateral

NONO E DÉCIMO MÊS: Não fica mais deitado. Fase com muita quebra de padrões. Dissociação aprimorada. Começa independência em posturas altas.
- engatinha bem com contra rotação (explora + o ambiente)
- escala com mais facilidade, mas não consegue descer
- urso
- equilíbrio de gatas
- iniciando equilíbrio de joelhos
- elaboram conceitos perceptivos
- extensão protetora para trás
- ótimo controle entre flexão/extensão (quebra de padrão)
- descobre a terceira dimensão
- marcha lateral + refinada – tenta soltar uma das mãos
- ótima transferência de peso

ONZE MESES:
- inicia marcha com aumento da base sem equilíbrio a curta distância de um móvel à outro – cai sentado
- anda segurada pelos braços
- de pé pega objetos no chão e volta se apoiando nos móveis
- urso
1 ANO: Quarto marco do desenvolvimento da criança
- anda seguro por uma das mãos, mas pode tentar andar sozinho
- assume cócoras (oscila) – se abaixa para catar objetos
- bom equilíbrio em todas as posturas
- iniciando equilíbrio de pé
- reação de retificação bem integradas na maioria dos movimentos
- mastiga com + dissociação (diagonal) próximo a forma adulta

1 ANO E 3 MESES:
- anda sozinho (braços para cima e base alargada compensando equilíbrio na postura, mas cai muito ainda)
- cócoras + aprimorado
- levanta do chão partindo de urso
- sobe e desce escada com 4 apoios (engatinhando)
- fica sobre uma perna com ajuda

1 ANO E 6 MESES:
- sobe e desce escada com apoio sem alternar MMII (com ajuda de alguém)
- mais independente – cai ainda
- desce do sofá com + facilidade
- muito agachamento
- bom equilíbrio de pé
- inicia ficar sobre uma perna sozinha, ainda desequilibra
- começa a empilhar cubos (3)

2 ANOS:
- sobe e desce escada sozinha
- começa a correr
- inicia o pular com 2 pés
- anda para trás
- boa base de suporte
- aprimorando equilíbrio dinâmico
- termina reações associadas
- ego-motor (representação mental do corpo – sabe o que fazer com ele)

3 ANOS: Último marco do desenvolvimento motor. Criança totalmente integrada em diversos níveis. Motoramente pronta.
- integração total entre as reações de retificação e as de equilíbrio (integração de todos os níveis cerebrais
- inicia equilíbrio sobre 1 pé só
- boa desenvoltura motora
- se expressa melhor
- controla esfíncteres
- pula com os 2 pés
- faz construções de 8 à 9 cubos

Complementando:
De 3 à 4 anos:
- grande atividade motora: corre, pula com os dois pés, salta.
- anda de triciclo
- quer experimentar tudo
- é curiosa e inquiridora
- fica sobre 1 perna
De 5 à 7 anos:
- pula alternado- pula com um pé só
- consciente do seu corpo (propriocepção das facilidades e das dificuldades em relação ao espaço)

Fonte: compartilhando postagem do Blog: http://www.fisioterapiarj.com.br/2012/02/18/desenvolvimento-motor-normal-da-crianca-de-0-a-3-anos/