sábado, junho 30, 2012

Testes Diagnóstico de Dislexia

Os Testes Diagnóstico de Dislexia servem para diagnosticar/avaliar a dislexia. É sempre necessário recorrer a várias ferramentas/testes para o efeito. Eis uma lista dos possíveis testes a aplicar:

Avaliação Cognitiva:
Avaliação da Percepção e Memória Visual:
  • Figura Complexa de Rey
  • Reversal Test
  • Teste de percepção de Diferenças (TPD)
  • Teste de retenção Visual de Benton (TRVB)
Avaliação da Percepção e Memória Auditiva:
  • Diagnóstico das Aquisições Perceptivo-Auditivas (DAPA)
  • Lindamood Auditory Conceptualisation Test (LAC)
Avaliação da Psicomotricidade e Dominância Lateral
Avaliação dos Processos Fonológicos:

Estes testes devem ser aplicados por um PSICÓLOGO (a)

Excelente artigo de Maria Carvalho - Sobre a trajetória da Psicopedagogia.

A Trajetória da Psicopedagogia, suas contribuições e limites

icon_papel_escritoMaria Carvalho

A história da psicopedagogia tem início na Europa, em 1946, sendo fundados os primeiros centros psicopedagógicos por J Boutonier e George Mauco, com direção médica e pedagógica. Unindo conhecimentos da área de Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, esses centros tentavam readaptar crianças com comportamentos socialmente inadequados na escola ou no lar e atender crianças com dificuldades de aprendizagem apesar de serem inteligentes (MERY apud BOSSA, 2000, p. 39).
Na literatura francesa – podemos observar como essa influencia as idéias sobre psicopedagogia na Argentina (a qual, por sua vez, influencia a práxis brasileira) – encontra-se, entre outros, os trabalhos de Janine Mery, a psicopedagoga francesa que apresenta algumas considerações sobre o termo psicopedagogia e sobre a origem dessas idéias na Europa, e os trabalhos de George Mauco, fundador do primeiro centro médico psicopedagógico na França,..., onde se percebeu as primeiras tentativas de articulação entre Medicina, Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, na solução dos problemas de comportamento e de aprendizagem (BOSSA, 2000, apud SIMAIA p. 37)
A história da psicopedagogia no Brasil tem um caminho percorrido pela Associação Brasileira de Psicopedagogia e foi marcado por pontos polêmicos, entre eles, alguns questionamentos sobre o verdadeiro papel desta ciência, ou seja, a consistência, fortalecimento e autonomia da Psicopedagogia. De 1995 - 1996, foram elaborados vários documentos explicitando seu campo de atuação, sua área científica, sua contribuição e seus critérios de formação acadêmica.

A profissão do psicopedagogo não está regulamentada, mas o projeto se encontra na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, na Câmara dos Deputados Federais, para ser aprovada. Enquanto isso, a formação do psicopedagogo vem ocorrendo em caráter regular e oficial em cursos de pós-graduação oferecidos por instituições devidamente autorizadas ou credenciadas.

No que tange ao limite na prática institucional preventiva, por exemplo, um dos aspectos que merece destaque tem sido a dificuldade dos psicopedagogos em propor procedimentos de avaliação e de intervenção.

Esta questão também é uma das preocupações de Bossa (2000) ao enfatizar que uma das dificuldades práticas com que se deparam os psicopedagogos brasileiros, reside nos procedimentos diagnósticos para a intervenção. Segundo a autora, a indefinição quanto ao instrumental utilizado no trabalho psicopedagógico merece ser pensada, de forma que novas perspectivas possam daí surgir e atender as reivindicações inerentes à atividade psicopedagógica. Ela também acrescenta que vários autores já se debruçaram sobre esta questão, entretanto enfatiza que ainda há muito por se fazer (Rubinstein e colaboradores (2004) e Masini (2006).

A Psicopedagogia se apresenta com um caráter multidisciplinar devido à complexidade dos problemas de aprendizagem -, que busca conhecimento em diversas outras áreas de conhecimento, além da psicologia e da pedagogia. É necessário ter noções de linguística, para explicar como se dá o desenvolvimento da linguagem humana e sobre os processos de aquisição da linguagem oral e escrita. Requer também, conhecimentos sobre o desenvolvimento neurológico, sobre suas disfunções que acabam dificultando a aprendizagem; de conhecimentos filosóficos e sociológicos, que nos oferece o entendimento sobre a visão do homem, seus relacionamentos a cada momento histórico e sua correspondente concepção de aprendizagem. Portanto, o psicopedagogo deverá ter um embasamento teórico para o desenvolvimento de sua função
Assim sendo, a psicopedagogia se propõe a integrar, de modo coerente, conhecimentos e princípios de distintas ciências humanas, objetivando adquirir uma ampla compreensão sobre os variados processos inerentes ao aprender.

O profissional que atua como psicopedagogo tem um amplo conjunto de tarefas e funções que prestam assessoramento psicopedagógico às escolas, apesar de sua diversidade, pode ser organizado em torno de quatro eixos. Na concepção de Coll (1989b, apud FERREIRA), o primeiro relativo à natureza dos objetivos da intervenção, cujos pólos caracterizam respectivamente as tarefas que se centram, prioritariamente no sujeito e aquelas que têm como finalidade incidir no contexto educacional. Assim, as tarefas incluídas são tanto as que têm como objetivo prioritário o atendimento a um aluno, quanto as que aparecem vinculadas a aspectos curriculares e organizacionais.

O segundo eixo afeta as modalidades de intervenção, que podem ser consideradas como corretivas, ou preventivas e enriquecedoras. Qualquer intervenção realizada na escola pode ser caracterizada, em um determinado momento, embora, em um momento posterior, sua consideração se modifique.
Outro eixo também diferencia modelos de intervenção, embora tenha como objetivo final o aluno, pode ter diferenças consideráveis: enquanto alguns psicopedagogos trabalham diretamente com o aluno, orientam-no e, inclusive, manejam tratamentos educacionais individualizados, outros combinam momentos de intervenção direta com intervenções indiretas, (por exemplo, no caso de uma avaliação psicopedagógica), centradas nos agentes educacionais que interagem com ele (no próprio processo de avaliação psicopedagógica, na tomada de decisões sobre o plano de trabalho mais adequado para esse aluno). São freqüentes as consultas formuladas por um professor ao psicopedagogo em relação a um aluno que não vai manter nenhum contato direto com esse profissional.

O último eixo, Coll (1989) indica o lugar preferencial de intervenção, que entendemos como a diversidade de níveis e contextos, inclusive quando circunscrita ao marco educacional escolar. Este eixo inclui tanto as tarefas localizadas no nível de sala de aula, em algum subsistema dentro da escola, na instituição em seu conjunto, ano, série, assim como aquelas que se dirigem ao sistema familiar, à zona de influência, etc.
O fato que se deve considerar é que as tarefas que aparecem englobadas nos eixos precedentes são objeto da intervenção psicopedagógica, não significa que todos os psicopedagogos as executem em seu conjunto e, obviamente, não significa que as realizem da mesma forma.

Um dos aspectos importantes sobre a profissão do psicopedagogo é a formação continuada, não basta fazer um curso de pós-graduação é necessário sempre estar atualizado realizado cursos nas mais diversas áreas como na linguística, neurociência, psicologia entre outras.

O psicopedagogo, um profissional entre a saúde e a educação, os limites da atuação devem ser sempre rigorosamente observados. No que tange à área da saúde, não podemos exercer o que for de competência profissional nem de médicos nem de psicólogos. "Passar o CID", por exemplo, não é de nossa competência como psicopedagogos, pois está inserido na classificação das doenças na área médica. Também não é da nossa competência aplicar testes psicológicos (avaliação de inteligência, de personalidade e outros).
Penso ser imperativo buscarmos sempre uma supervisão junto a psicopedagogos quanto aos tipos de avaliação do processo de aprendizagem e das dificuldades de aprendizagem que competem ao psicopedagogo. Vale lembrar que na área da Psicopedagogia a relevância do trabalho realizado dependerá da consciência profissional de cada um que nela atua.

A dificuldade escolar pode gerar um círculo vicioso do fracasso, ou seja, quanto mais a criança se sente inferiorizada, mais ela estará suscetível ao insucesso, e menos poderá obter aprovação a partir de seu desempenho (Linhares & Colls, 1993, apud OKANO, et al, 2004).

O manejo das dificuldades de aprendizagem no ambiente escolar não se constitui em tarefa fácil, e muitas vezes, a alternativa dada envolve a colocação das crianças em programas especiais de ensino como o proposto para as salas de reforço ou de recuperação paralela, destinadas a alunos com dificuldades não superadas no cotidiano escolar. Os programas de reforço, em nosso meio, a princípio se apresentam como uma proposta que visa contribuir para o bom desenvolvimento escolar, contudo carecem de estudos sistemáticos que demonstrem a sua eficácia no que diz respeito aos aspectos psicológicos de crianças com dificuldade de aprendizagem.

Diversos estudos têm relatado que as crianças com dificuldades de aprendizagem têm autopercepção mais negativa sobre o seu próprio comportamento quando comparadas a crianças que têm rendimento satisfatório e quando comparadas àquelas que têm baixo rendimento, mas não são identificadas como tendo dificuldade de aprendizagem (Beltempo & Achile, 1990; Clever, Bear & Juvonen, 1992; Leondari, 1993; Jackson & Bracken, 1998).

Lidar com o insucesso escolar, com o baixo rendimento, com as múltiplas implicações para a auto-avaliação da criança, para a família, professores e comunidade constitui-se em tarefa complexa e desafiadora para a qual não se tem ainda uma resposta acabada e pronta, o que aponta para a necessidade de buscar alternativas que possam minimizar tal situação (OKANO et al, 2004).
Na minha concepção, as dificuldades muitas vezes são de fatores externos (ambiental), ou seja, esteriótipos criados pela família e também pela escola/professores. Como psicopedagogos precisamos conhecer a causa das dificuldades para encontrar meios de ajudar o aluno e não para excluí-lo. Acontece que quando o aluno nos é encaminhado por outro profissional e tomamos conhecimento do diagnóstico, intrinsicamente a inclusão acontece. "Com este aluno, fulano já fez de 'tudo' e não deu jeito"! "Ele não sabe nada" Pergunto: O que é tudo? Como esse tudo foi realizado? Será que o aluno tem mesmo dificuldade de aprendizagem ou é dificuldade na ensinagem?

Na concepção de Polity (2002), a pedagogia com enfoque construtivista com base no Construcionismo social elenca três fatores básicos do processo educacional: a interdiciplinaridade, interacionalidade e o pensamento complexo conduzindo o educando para a prática da transformação social. A autora faz a relação entre as dificuldades do aluno a as dificuldades do professor no processo ensino-aprendizagem, interrelacionando-os, até mesmo, nos fracassos. Ela cria essa nova abordagem com a interdependência interativa entre a subjetividade de ambos – professor/aluno. É a mescla entre ensino e aprendizagem como um conjunto. Com essas perspectivas surge o conceito de dificuldade de ensinagem: a natureza relacional do Ensino, mudando significado, domínios de convivências, através do emocional, o professor constrói a sua subjetividade no ato de ensinar. Daí a dificuldade de ensinagem, ou seja, "é o movimento de ensinar carregando de emoção: ansiedade por ter de cumprir uma missão, medo e/ ou frustração por não entender o aluno, fantasias de incompetência...". A dificuldade de ensinagem se refere a esta prática do professor, colocada em cheque, corresponde às dificuldades de aprendizagem do educando.

Nas instituições o psicopedagogo cumpre a importante função de socializar os conhecimentos disponíveis, promover o desenvolvimento cognitivo e a construção de normas de conduta inseridas num mais amplo projeto social, procurando afastar, contrabalançar a necessidade de repressão. Agindo assim, a maioria das questões poderão ser tratadas de forma preventiva, antes que se tornem verdadeiros problemas e/ou também interventiva, se a dificuldade de aprendizagem já estiver evidente.

Peres e Oliveira (2007), fazem menção com respeito à importância da prevenção e da intervenção psicopedagógica, mas enfatizam também que não podemos ignorar a fase que precede a essas ações. A etapa de avaliar, por exemplo, a avaliação psicopedagógica, deverá anteceder a toda e qualquer proposta de intervenção, seja ela clinica ou institucional. A análise da adequação dos materiais didáticos, da proposta pedagógica, da metodologia, da avaliação, associadas a entrevistas com professores, tem se constituído em importante instrumento de avaliação.

REFERÊNCIAS

BELTEMPO, J. & ACHILE, P. A. The efect of special class placement on the self-concept of children with learning disabilities. Child Study Journal, 20, 81-103, 1990.
CLEVER, A.; BEAR, G. & JUVONEN, J. Discrepancies between competence and importance in self-perceptions of children in integrated classes. The Journal of Special Education, 26, 125–138, 1992.
FERREIRA, R. T. da S. Importância do psicopedagogo no ensino fundamental. Blogspot, 2008.
JACKSON, L. D. & BRACKEN, B. A. Relationship between students' social status and global and domain – Specific Self – Concepts. Journal of School Pshichology, 36, 233-246, 1998.
LEONDARI, A. Comparability of self - concept among normal achievers, low achievers and children with learning difficulties. Educational Studies, 19, 357–371, 1993.
MASINI, E. S. Formação profissional em psicopedagogia: embates e desafios. São Paulo: ABPp, 23 (72), 248-259, 2006.
OKANO et al. Crianças com dificuldades escolares atendidas em programa de suporte psicopedagógico na escola: avaliação do autoconceito. São Paulo: PRC, 2003.
PERES, M. R. & OLIVEIRA, M. H. M. A. Psicopedagogia - Limites e possibilidades a partir de relatos de profissionais. São Paulo: PUC, 2007.
POLITY, E. Dificuldade de Ensinagem – 1ª Edição, SP, Vetor Editora, 2002.
RUBSTEIN, E.; CASTANHO, M. I. & NOFFS, N. A. Rumos da psicopedagogia brasileira. São Paulo: ABPp, 21(66), 225-238, 2004.

http://psicopedagoga.org/index.php?option=com_content&view=article&id=57:a-trajetoria-da-psicopedagogia-suas-contribuicoes-e-limites&catid=7:examples&Itemid=70

segunda-feira, junho 25, 2012

Jogo Educativo- Adoro Aprender Brincando

O Jogo Educativo - Adoro Aprender Brincando - foi, exclusivamente, criado para a apresentação da oficina da disciplina Psicomotricidade do curso de pós graduação em psicopedagogia clínica, institucional, hospitalar e empresarial por Jossandra Costa Barbosa, aluna do curso, os desenhos são originais assim como toda sua arte gráfica.

O jogo é composto :por um tapete em lona com tamanho original de 2,90x1,70m, um dado de 0,50cm, 3 caixas e várias placas.Assim como demonstram as fotos abaixo.


Jogo Educativo -Adoro Aprender Brincado
( No tamanho Original ele possui mais espaço para os jogadores percorrerem o percurso)

Dado Criativo (Pode ser usado os números, as cores e as formas geométricas)
Caixas com Placas

Materiais que podem ser usados com o jogo
· Jogo Educativo “Adoro aprender Brincando”(2,70x1,60 em lona)
· Suplemento do jogo:
· Caixa dos desafios
· Caixa das curiosidades
· Caixa Hora de Aprender
· Placas com as atividades digitadas;.
· Dado Criativo com três funções ( cores, números e figuras geométricas)
· 1 bambolê
· Caixa de som, cd, notebook
· Objetos para identificar ( carrinho, Bombril, algodão, madeira)

O jogo poderá ser usados nos consultórios psicopedagógicos e escolas( tanto pelos professores como pelo psicopedagogo institucional).

  • O público alvo são crianças de 3 a 12 anos.
  • Os objetivos são: Trabalhar AFETIVIDADE- APRENDIZAGEM - MOVIMENTO

  1. Incentivar as crianças a encontrar soluções para os problemas propostos;
  2. Trabalhar aprendizado de forma interdisciplinar de forma lúdica;
  3. Relaxar as crianças;
  4. Proporcionar momentos de afetividade entre os integrantes do grupo;
  5. Desenvolver nas crianças habilidades motoras, equilíbrios, sensorial e de lateralidade.
  6. Ajudar as crianças a conviver com sentimentos de frustações, ansiedade e realizações;
  7. Mostrar a importância das regras, seu bom uso e benefícios;
  8. Abordar temas pessoais através da brincadeira do o que é o que é ?
  9. Incentivar as crianças a enfrentar desafios motores, como pular, rodar, dançar, etc;
  10. Trabalhar formas geométricas, números e cores;
O jogo de regras “Adoro aprender brincando” tem como objetivo um desafio entre pares feito entre as crianças para uma corrida pelas casas 01 a 24. As casas estão divididas em:
· 03 horas do abraço
· 05 desafios;(com atividades de atividade motora – dançar, pular, rodar bambolê, etc)
· 8 casas com hora de aprender ( com atividades de linguagem e conhecimentos matemáticos);
· 3 casas com O que é o que é? ( perguntas referentes a sua vida familiar e cotidiana);
· 2 casas bomba volte duas casas/
· 1 casa bônus surpresa.
· Personagens que expressão emoções e dialogam com os jogadores incentivando, alertando e parabenizando.

Estratégias estimuladoras (sensibilização, desenvolvimento e fechamento)


Como jogar:

O psicopedagogo (a) ou professor deve antes de iniciar o jogo explicar as regras do jogo, como ele funciona, separando a turma em duplas.

As crianças devem ficar em pé na largada do jogo, deve-se tirar par ou impar para saber quem vai jogar o dado primeiro. É importante incentivar a criança a ler as boas vindas que o palhacinho diz na entrada.
O dado pode ser usado tanto a sequência de número como de cores e formas geométricas.
A criança deve andar somente a quantidade de casa que o dado indicar, nesse momento deve-se incentivar a criança a ler o que tem na casa e os incentivos que aparecem no trajeto do jogo, enfatizando que emoções elas representam.
O(a) jogador(a) terá que resolver o desafio psicomotor, a pergunta ou a curiosidade que a casa do jogo indicar.
Ao chegar na casa HORA DO ABRAÇO o(a) jogador(a) deverá escolher alguém da turma para dar um abraço.
O(a) Jogador(a) que chegar a casa 10 deverá voltar duas casas.
Os desafios psicomotores podem ser dançar músicas, pular cordas,fazer movimentos a direita ou esquerda dentre outros.
Nas casa Hora de Aprender o aluno deve resolver atividades a que o mediador pretende que ele aprenda(matemática português, ciências,etc).
Nas casa Curiosidades (O que é o que é) podem ser usados perguntas pessoais como o que deixa a criança ansiosa, nervosa, o que ela gosta da aula, na família , nas brincadeiras, etc.

Ao vencer o jogo a criança deve ser felicitada por todos inclusive ao parceiro que perdeu, este deverá voltar pro seu lugar e outra dupla começar a brincar o jogo.
Deverá ser desclassificado o (a) jogador (a) que se recusar a cumprir as regras do jogo e deverá esperar uma nova rodada para jogar novamente.

No final de todas as duplas, explicar as crianças que não ganharam que poderão jogar e ganhar numa nova oficina.

Após todas as equipes terem brincado, o psicopedagogo ou professor deve sentar em circulo com todas as crianças e perguntar se eles gostaram do jogo, o que sentiram ao ganhar ou perder, se gostariam de brincar de novo, o que mais gostaram, do que sentiram medo, do que não gostaram no jogo e o principal o que aprenderam brincando. Todas as respostas devem ser anotadas em uma ficha resumo.

Regras do Jogo:
Brincar é muito mais que diversão para as crianças. É um momento de total interação e socialização com o mundo exterior. Utilizando recursos como jogos de regras ou simbólicos a criança se sente estimulada a enfrentar desafios.

Todos interessados em utilizar este jogo devem entrar em contato com Jossandra Barbosa pelo e-mail: clubedehistoria@bol.com.br. Será cobrado somente os custos de produção em Papel ou em Lona e o frete.

sexta-feira, junho 22, 2012

Autism: The Musical Part 1

Autism: The Musical Part 6



Finalzinho do documentário. Emocionante!! não precisa nem de legenda.

Autismo: O Musical (Documentário da HBO)

Sinopse:
Elaine Hall é uma das muitas mulheres que após várias tentativas para engravidar, opta emigrar para o país do seu pai (Rússia), decidida a adoptar uma criança. Após esta conquista Elaine descobre que o seu filho, Neal, não está a desenvolver-se como seria esperado e confirma isso mesmo aquando do diagnóstico de autismo.
Ao acompanhar as terapias expressivas em que o seu filho estava integrado, Elaine decide então criar o Miracle Project com o objectivo de trabalhar com crianças autistas com o intuito de promover competências pessoais e sociais.

Este documentário acompanha os seis meses de trabalho desenvolvidos no Miracle project pela equipa de Elaine, com cerca de 22 crianças diagnosticadas com perturbações do espectro do autismo, com o objectivo de criar e encenar um musical. Ao longo deste processo evidenciam-se as dificuldades comunicativas e relacionais que caracterizam as patologias deste espectro.
O documentário aborda ainda diversas questões do ponto de vista de cinco destas crianças e das respectivas famílias que disponibilizaram alguns vídeos caseiros de forma a evidenciar alguns sinais patológicos presentes nos seus filhos.

O filme, dirigido por Tricia Regan em 2007, foi indicado ao Primetime Emmy Awards em 2008 na categoria de Nonfiction Special.

Este é um filme que reforça a ideia de que o principal objectivo das terapias expressivas não é o valor estético final mas sim o prazer que advém do seu processo.

Assisti hoje pela manhã na HBO - Documentário emocionante. Mostra o dia-a-dia dos pais e a luta e o desespero dos mesmos para que seus filhos autistas sejam respeitados, sejam vistos pela sociedade como um ser humano que tem direitos, que precisa estudar, aprender, se relacionar com os demais.
O documentário mostra que existem possibilidades de inclusão, que eles são diferentes sim, porém cada um com sua singularidade, alguns amaveis outros nem tanto, alguns com mais facilidades para se comunicar, com mais capacidade cognitiva, porém, todos eles precisam de alguém que os amem, incondicionalmente. Precisamos aprender mais com eles e sobre eles.

Reflexão!!

MUNDO DA LUA - ALÍCIA FERNÁNDEZ

Se um aluno está no "mundo da lua", o problema do professor será o de como trazer a "lua" ao mundo da criança, já que, se quiser expulsar a "lua", expulsará também o aprendente que há em seu aluno. Por outro lado, essas "luas" costumam estar habitadas pelas situações mais doloridas da vida das crianças.
Alicia Fernández

quarta-feira, junho 13, 2012

ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM (E.O.C.A.)

 

A Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem (E.O.C.A.) é um instrumento que possibilita um contato direto com o aluno e, por esta razão, permite a sondagem da problemática de aprendizagem e nos permite delinear a nossa prática. Trata-se de uma técnica simples, porém muito rica no que se refere à sondagem.

ORIENTAÇÃO PARA ENTREVISTA OPERATIVA
CENTRADA NA APRENDIZAGEM (E.O.C.A.)

A consigna é: “Gostaria que você me mostrasse o que sabe fazer, o que lhe ensinaram e o que você aprendeu.”
Pode-se continuar dizendo: “Este material é para que você o use, se precisar, para me mostrar o que lhe falei e o que queria saber de você.”
Obs.: Haverá diferenciação de materiais dependendo da faixa etária e o período escolar de cada aluno(a) em que se aplica a entrevista.
Os materiais geralmente apresentados, sobre uma mesa, para a idade escolar são:
- folhas lisas de papel ofício e folhas pautadas;
- lápis novo sem ponta e apontador;
- caneta esferográfica e canetas hidrográficas;
- borracha e tesoura;
- papéis coloridos (10 x 10cm);
- régua;
- revistas e livros;
- cola, grampeador e materiais que queira acrescentar pela experiência profissional.

Aspectos a observar: temática, dinâmica e o produto.
- Primeiro aspecto – centra-se em tudo o que o aluno(a) diz.
- Segundo aspecto – consiste na análise de tudo o que o aluno(a) faz: postura corporal, gestos, maneira de pegar materiais, expressões faciais, olhares, etc.
- terceiro aspecto – trata-se do que o aluno(a) realizou, o que deixa impresso no papel ou na sua construção, por exemplo.

ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM (E.O.C.A.)

Nome:________________________ Turma:______________
Alguma repetência? ( ) sim ( ) não _________________
Gostaria que você mostrasse o que sabe fazer, o que te ensinaram e o que você aprendeu...

Use este material, se precisar, para mostrar-me o que você sabe a respeito do que sabe fazer, do que lhe ensinaram e do que aprendeu. Desenhe, escreva, faça alguma coisa que lhe vier a cabeça.
Disciplina favorita:
___________________________________________________
Por quê?
___________________________________________________
Desde quando?
___________________________________________________
Disciplina que não gosta:
___________________________________________________
Por quê?
___________________________________________________
Desde quando?
___________________________________________________
O que deseja fazer quando crescer?
___________________________________________________
Por quê?
___________________________________________________
Como foi sua entrada na escola atual?
___________________________________________________
___________________________________________________
Você sabe por que está aqui comigo hoje? ( ) sim ( ) não
O que achou da ideia?
___________________________________________________
Você quer estar aqui ou está por obrigação?
___________________________________________________
Se pudesse e tivesse que fazer algo para um aluno que se parecesse com você em sala de aula, o que aconselharia, a fazerem?
Aos pais:
___________________________________________________
___________________________________________________
Aos professores:
___________________________________________________
___________________________________________________
 
ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO:
Em relação à temática:
( ) Fala muito durante todo o tempo da sessão
( ) Fala pouco durante todo o tempo da sessão
( ) Verbaliza bem as palavras
( ) Expressa com facilidade
( ) Apresenta dificuldades para se expressar verbalmente
( ) Fala de suas ideias, vontades e desejos
( ) Mostra-se retraído para se expor
( ) Sua fala tem lógica e sequência de fatos
( ) Parece viver num mundo de fantasias
( ) Tem consciência do que é real e do que é imaginário
( ) Conversa sem constrangimento
Observação:__________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

Em relação à dinâmica:
( ) O tom de voz é baixo
( ) O tom de voz é alto
( ) Sabe usar o tom de voz adequadamente
( ) Gesticula muito para falar
( ) Não consegue ficar sentado
( ) Tem atenção e concentração
( ) Anda o tempo todo
( ) Muda de lugar e troca de materiais constantemente
( ) Pensa antes de criar ou montar algo
( ) Apresenta baixa tolerância à frustração
( ) Diante de dificuldades, desiste fácil
( ) Tem persistência e paciência
( ) Realiza as atividades com capricho
( ) Mostra-se desorganizado e descuidado
( ) Possui hábitos de higiene e zelo com os materiais
( ) Sabe usar os materiais disponíveis, conhece a utilidade de cada um
( ) Ao pegar os materiais, devolve no lugar depois de usá-los
( ) Não guarda o material que usou
( ) Apresenta iniciativa
( ) Ocupa todo o espaço disponível
( ) Possui boa postura corporal
( ) Deixa cair objetos que pega
( ) Faz brincadeira simbólicas
( ) Expressa sentimentos nas brincadeiras
( ) Leitura adequada à escolaridade
( ) Interpretação de texto adequada à escolaridade
( ) Faz cálculos
( ) Escrita adequada à escolaridade
Observação: _________________________________________
___________________________________________________
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Em relação ao produto:
( ) Desenha e depois escreve
( ) Escreve primeiro e depois desenha
( ) Apresenta os seus desenhos com forma e compreensão
( ) Não consegue contar ou falar sobre os seus desenhos ou escrita
( ) Se nega a descrever sua produção
( ) Sente prazer ao terminar sua atividade e mostrar
( ) demonstra insatisfação sobre os seus feitos
( ) Sente-se capaz para executar o que foi proposto
( ) Sente-se incapaz para executar o que foi proposto
( ) Os desenhos estão no nível da idade do aluno
( ) Prefere matérias que lhe possibilite construir, montar e criar
( ) Fica preso no papel e lápis
( ) Executa a atividade com tranquilidade
( ) Demonstra agressividade de alguma forma em seus desenhos e suas criações
( ) Demonstra agressividade de alguma forma no comportamento
( ) É criativo(a)
Observação: _________________________________________
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Conclusão: __________________________________________
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Psicopedadogo(a) Institucional

AVALIAÇAO – E.O.C.A.
Aspectos
Ação do sujeito
Possíveis causas


Temática






Dinâmica






Produto





Obstáculos que emergem na relação com o conhecimento





Hipóteses




Delineamento da investigação:









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Psicopedadogo(a) Institucional

segunda-feira, junho 11, 2012

Baralho dos Pensamentos

Baralho dos Pensamentos: reciclando idéias, promovendo consciência

Renato Maiato Caminha e Marina Gusmão Caminha
Disponibilidade: Em Estoque.
R$ 95,00
                                                                           Descrição
Baralho dos Pensamentos: reciclando idéias, promovendo consciênciaRenato e Marina acabam de inovar mais uma vez. Com o presente trabalho, oferecem aos terapeutas de crianças e adolescentes uma maneira mais direta de lidar com os pensamentos e crenças intermediárias, estas últimas se constituindo talvez em um dos aspectos menos compreendidos e explorados pela terapia cognitiva. Este livro, Baralho dos Pensamentos, parte das seis emoções básicas – já delimitadas e devidamente justificadas em seu predecessor, o Baralho das Emoções – e apresenta os pensamentos mais comumente associados às respectivas emoções. Uma vez mapeados os pensamentos, os terapeutas iniciam um processo que os autores chamaram de “Reciclagem”, constituído por uma série de técnicas de reestruturação narrativa com influência da linguística e de abordagens cognitivas mais recentes, dentre elas a Terapia Cognitiva Processual que tive o privilégio de desenvolver. Desse modo, de posse das informações contidas neste livro, o terapeuta tem mais facilidade para conduzir as crianças e adolescentes em um trabalho de reestruturação cognitiva consistente, utilizando uma metodologia estruturada e facilmente replicável, de modo lúdico e fácil, visando a garantir resultados mais duradouros.
Com o lançamento desta abordagem inovadora, a ser inserida na prática diária dos terapeutas cognitivos brasileiros – e não tenho dúvidas de que em breve isto se tornará também uma realidade internacional –, Renato e Marina demonstram como as dificuldades para lidar com temas complexos como as crenças intermediárias e centrais podem ser facilitadas e transformadas em ações de relativamente fácil acesso, sem no entanto tirar-lhes sua complexidade inerente.

Introdução
O que é o Baralho dos Pensamentos?
Há um consenso entre terapeutas infantis no qual a abordagem inicial de crianças na clínica cognitiva se dá através das emoções. Tal escolha se pauta na ideia de que identificar emoções é, inicialmente, muito mais fácil do que identificar pen- samentos (Stallard, 2007; Friedberg e Maclure, 2004; R. M. Caminha e M. G. Caminha, 2007).
De acordo com a lógica de enfatizarmos inicialmente as emoções nesta modalidade clínica, R. M. Caminha e M. G. Caminha (2011) desenvolveram um instrumento de abordagem da prática infantil com ênfase justamente nas emoções denominado Baralho das Emoções: acessando a criança no trabalho clínico, sendo que tal instrumento possibilita que a porta de entrada do trabalho clínico seja justamente feita através da identificação das emoções. Os pensamentos, por sua subjetividade e dificuldade inicial de serem identificados pelas crianças, num papel coadjuvante, entram em cena num segundo momento.
O Baralho das Emoções possibilita que o terapeuta seja capaz de identificar as principais emoções ativadas pela criança nos mais diversos contextos patológicos. Nas manifestações, não necessariamente patológicas, permite que se faça uma psicoeducação com as crianças, ensinando-lhes sobre as emoções, validando-as, quantificando-as e adequando reações comportamentais saudáveis e com impacto favorável no contexto ambiental. Permite ainda que metas de tratamento sejam objetivadas através da identificação clara dos problemas infantis, além de permitir o monitoramento e acompanhamento dos problemas apresentados pela criança tendo por fim a possibilidade de elaborarmos completos registros de pensamentos bem como diagramas de conceitualização cognitiva (R. M. Caminha e M. G. Caminha, 2011).
Logicamente, no modelo clínico infantil jamais desprezaríamos os pensamentos, e o Baralho das Emoções, com seus instrumentos que permitem o monitoramento das emoções, acaba por levar à identificação dos pensamentos arraigados no funcionamento esquemático de cada criança e, posteriormente, à reestruturação cognitiva dos pensamentos disfuncionais ou mesmo à capacidade de criação de recursos (resolução de problemas) de enfrentamento de situações reais de impacto negativo na vida das crianças em atendimento clínico (M. G. Caminha e R. M. Cami- nha, 2011). O presente trabalho, denominado Baralho dos Pensamen- tos: reciclando ideias, promovendo consciência, surge no intuito de instrumentalizar terapeutas cognitivos na sequência do Baralho das Emoções com uma ferramenta que aponta as principais cognições derivadas das emoções consideradas básicas, além de promover a técnica da reciclagem de pensamentos bem como o cartão de enfrentamento SOS (saque seu cartão; olhe seu car- tão; e siga o seu cartão).
O Baralho dos Pensamentos está dividido em três fases de aplicação, todas diferenciadas entre si e cada uma com um protocolo específico de aplicação devidamente anexados neste instrumento.
␣␣ A Fase 1 aborda emoções com impacto mais negativo ou consequências mais danosas à criança e a quem com ela convive: tristeza, raiva, medo e o nojo. Tais emoções são denominadas para a criança como emoções desagradáveis de sentir.
␣␣ A Fase 2 visa à busca de um equilíbrio através da ativação clínica de emoções com impacto mais positivo: amor e alegria. Estas emoções são denominadas como emoções agradáveis de se sentir.
␣␣ A Fase 3 objetiva ampliar os limites do terapeuta buscando ações que podem promover engajamento social e ambiental e contribuir para desenvolvermos crianças mais resilientes, colaborativas, empáticas e assertivas. A Fase 3 pode ser aplicada individual ou coletivamente e não é necessariamente obrigatória sua aplicação num processo terapêutico básico.
Desse modo, o Baralho dos Pensamentos em suas três fases de aplicação estaria de acordo e permitiria, inclusive, o desenvolvimento de técnicas baseadas em mindfulness, envolvendo seus princípios elementares de trabalho (Hayes, Pankey e Gregg, 2002).