quarta-feira, agosto 31, 2011

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLAINE,O QUE É?

Borderline é um transtorno de personalidade que traz sérias conseqüências para a pessoa, seus familiares e seus amigos próximos. O termo "fronteiriço" se refere ao limite entre um estado normal e um quase psicótico, assim como às instabilidades de humor.
Não é muito freqüente. Nos USA se considera 2% da população, (mas cuidado, geralmente as estatísticas lá são exageradas). Muito mais freqüente em mulheres do que em homens (por isso a página é escrita no feminino).

 
1) Sintomas (claro que nem todas as Borderline tem todos estes sintomas):
  • Medo de abandono: uma necessidade constante, agoniante de nunca se sentirem sozinhas, rejeitadas e sem apoio.
  • Dificuldade de administrar emoções
  • Impulsividade.
  • Instabilidade de humor. As oscilações de humor do DAB ou TAB - Distúrbio ou Transtorno Afetivo Bipolarduram semanas ou meses, mas as Borderline têm oscilações de minutos, horas, dias. Essas oscilações de humor incluem depressões, ataques de ansiedade, irritabilidade, ciúme patológico, hetero- e auto-agressividade. Uma paciente marca a consulta informando que está super deprimida, querendo morrer. No dia seguinte chega à consulta bem humorada, bem vestida, maquiada, vaidosa.
  • Comportamento auto-destrutivo (se machucar, se cortar, se queimar). As portadoras de Borderline dizem que se machucam para satisfazer uma necessidade irresistível de sentir dor. Ou porque a dor no corpo "é melhor que a dor na alma".
  • Tentativas de suicídio, mais freqüentemente as de impulso do que as planejadas.
  • Mudanças de planos profissionais, de círculos de amizade.
  • Problemas de auto-estima. Borderlines se sentem desvalorizadas, incompreendidas, vazias. Não tem uma visão muito objetiva de si mesmos.
  • Muito impulsivas: idealizam pessoas recém conhecidas, se apaixonam e desapaixonam de maneira fulminante.
  • Desenvolvem admiração e desencanto por alguém muito rapidamente. Criam situações idealizadas sem que o parceiro objeto do afeto muitas vezes nem tenha idéia de que o relacionamento era tão profundo assim...
  • Alta sensibilidade a qualquer sensação de rejeição. Pequenas rejeições provocam grandes tempestades emocionais. Uma pequena viagem de negócios do namorado ou marido pode desencadear uma tempestade emocional completamente desproporcional (acusações de rejeição, de abandono, de não se preocupar com as necessidades dela, de egoísmo, traição, etc.).
  • A mistura de idealização por alguém e a extrema sensibilidade às pequenas rejeições que fazem parte de qualquer relacionamento são a receita ideal para relacionamentos conturbados e instáveis, para rompimentos e estabelecimento imediato de novos relacionamentos com as mesmas idealizações.
  • Menos freqüente: episódios psicóticos (se sentirem observadas, perseguidas, assediadas, comentadas).
2) Risco aumentado para:

  • Compras Compulsivas.
  • Sexo de risco.
  • Comer Compulsivo, Bulimia, Anorexia.
  • Depressão.
  • Distúrbios de Ansiedade.
  • Abuso de substâncias.
  • Transtorno Afetivo Bipolar.
  • Outros Transtornos de Personalidade.
  • Violência (não só sexual), abusos e abandono, por causa da impulsividade e da falta de crítica para escolher novos parceiros.
3) A causa provável é uma combinação de:

  • Vivências traumáticas (reais ou imaginadas) na infância, por exemplo abuso psicológico, sexual, negligência, terror psicológico ou físico, separação dos pais, orfandade.
  • Vulnerabilidade individual.
  • Stress ambiental que desencadeia o aparecimento do comportamento Borderline.
Cuidado com conclusões precipitadas do tipo "você foi abusada" ou "você foi aterrorizada".  
4) Evolução:
  • Geralmente começa a se manifestar no final da adolescência e início da vida adulta.
  • Com o passar dos anos existe uma diminuição do número de internações hospitalares e de tentativas de suicídio.
  • Parece piada de mau gosto, mas é uma realidade estatística: a cada tentativa de suicídio que a Borderline sobrevive, diminui a chance de uma nova tentativa.
5) Fatores de bom prognóstico:

  • Bons relacionamentos familiares, sociais, afetivos, profissionais.
  • Participação em atividades comunitárias: igrejas, clubes, associações culturais, artísticas, etc.
  • Baixa ou ausente freqüência de auto-agressão.
  • Baixa ou ausente freqüência de tentativas de suicídio.
  • Ser casada.
  • Ter filhos.
  • Não ser promíscua.
6) Tratamento.
A integração de tratamentos medicamentosos mais psicoterápico trouxe grandes progressos no tratamento do Transtorno Borderline.

  • Medicação:
O tratamento medicamentoso inclui Estabilizadores de Humor (mesmo que não se trate de DAB) pois eles ajudam a conter a impulsividade e as oscilações de humor.
Antidepressivos e Tranqüilizantes não tem a mesma eficácia que teriam em casos de depressões ou ansiedades "puras" mas certamente tem sua utilidade em Borderline.
Embora a medicação seja muito importante, ela é ator coadjuvante. O ator principal no tratamento é a Psicoterapia.

  • Psicoterapia:
Não é uma terapia fácil. O que acontece "na vida real" acontece dentro do consultório: instabilidade, alternância de amor e ódio, idealização e desapontamento com o terapeuta, sedução, impulsividade, etc.
Geralmente no início do tratamento a Psicoterapia é mais Analítica, para que a paciente reconheça o problema, suas causas e as conseqüências na sua vida.
Mais tarde, quando as causas e conseqüências estiverem bem entendidas pela paciente, a Psicoterapia Cognitivo Comportamental (TCC) é mais útil, pois ela ensina a paciente a ter comportamentos alternativos mais saudáveis.
Isso quer dizer o seguinte: o tratamento exige paciência, persistência, disciplina e muito boa vontade.
Pacientes gratos hoje podem se mostrar ingratos amanhã.
Terapeutas que hoje são vistos como atenciosos e dedicados podem ser criticados e vistos como monstros amanhã.


Fonte da pesquisa: http://www.mentalhelp.com/Borderline.htm

terça-feira, agosto 30, 2011

Taare Zameen Par (Como estrelas na Terra) letra da música

Como estrelas na Terra

Hoje vamos abrir as janelas do coração, olhar lá dentro e ver como pequeninas gotas de chuva encontram o sol, formando um arco-íris, alegria e diversão.

COMO ESTRELAS NA TERRA
Olhe para eles como gotas frescas de orvalho repousando nas folhas presentes no céu, esticando e virando, escorregando e caindo como pérolas delicadas, brilhando com sorrisos.
Não deixemos perder essas pequenas estrelas na terra.
Como o brilho do sol em um dia de inverno banha o jardim dourado eles afugentam as trevas de nossos corações e aquecem nosso ser.
Não deixemos perder essas pequenas estrelas na terra.
Como um bom sono em que os sonhos flutuam, desperta um doce anjo como fontes de cores ou borboletas sobre as flores, como o amor que se basta, eles são ondas de esperança, são a aurora dos sonhos e eterna alegria.
Não deixemos perder essas pequenas estrelas na terra.
Como a densa escuridão do âmago da noite eles são a chama que dispersa o temor. Como a fragância de um pomar que preencha os ares. Como um caleidoscópio e suas miríades de cores. Como flores crescendo em direção ao sol. Como gotas de flauta em uma quieta floresta, eles são um sopro de ar fresco, o ritmo e música da vida.
Não deixemos perder essas pequenas estrelas na terra.
Como a vida que pulsa. Como botões destinados a florir. Como a brisa fresca da estação, eles são bençãos de nossos ancestrais.
Não deixemos perder essas pequenas estrelas na terra.
As vezes como velhos sábios, como um riacho que corre livre, uma torrente de perguntas inocentes. Como uma risada rompe o silêncio e um sorriso ilumina um semblante, eles são como uma luz celestial que brilha sobre os afortunados.
Como  lua dança sobre o lago, como um ombro amigo em meio a multidão. Como um rio que desliza e serpenteia. Como uma doce soneca ao meio dia. Como um conforto de um toque. Como a doce música soando em nossos ouvidos. Como a fresca chuva da tarde.
Não deixemos perder essas pequenas estrelas na terra.

***-***
Ontem chovia muito, a tarde estava propícia para assistir um filme, e coloquei um DVD. Eu já havia visto este filme, mas me deu vontade de vê-lo novamente. E o veria muitas vezes mais. Um dos melhores filmes que eu já assistí. Um filme comovente, brilhante, de uma sensibilidade ímpar. Capaz de nos remeter ao mundo onde tudo é possível. Nos faz ver que tudo depende de nós. Nos faz saber o quanto somos únicos e o quanto somos responsáveis pelo "outro". Nos liberta do egoísmo, da preguiça, da falta de vontade para com o outro. Um filme que emociona e nos faz vibrar. Não tenho vergonha de dizer que chorei. Copiosamente chorei. Me emocionei ao ver aquele menino e sua riqueza tão íntima que precisou ser descoberta por alguém especial. Um tesouro desvendado. Uma flor desabrochada. Uma explosão de sentimentos. Uma revelação. Uma surpresa. Não existe "incapaz", "impossível", "deficiência", e outras palavras mais, usadas para discriminar as crianças que não conseguem acompanhar o ritmo dos "normais". Existe o ritmo individual, existe o meu tempo e o seu tempo, existe a possibilidade, a compreenção, existe a vontade de fazer o outro acontecer. Um professor que faz a diferença! que se importa com seus alunos, que os conhece, que os enxerga. Eu assisti um filme chamado: COMO ESTRELAS NAS TERRA. Você já assistiu? não sabe o que está perdendo!!

segunda-feira, agosto 29, 2011

LIVRO:Técnicas de Intervenção Psicopedagógica: Para dificuldades e problemas de aprendizagem




R$ 37,00

RESENHA

Técnicas de Intervenção Psicopedagógica é oriundo da experiência da autora por longos anos, nos quais supervisionou trabalhos e atendeu casos de problemas e dificuldades de aprendizagem (psicopedagógicos). O texto desta obra discorre sobre o aparato teórico que fundamenta a Intervenção Psicopedagógica e contém exemplos de casos de diferentes distúrbios de aprendizagem. Também são citados exemplos de aplicações de jogos psicopedagógicos. No aparato teórico deste livro, a autora mostra técnicas de intervenção e sua interpretação operacionalizada, tornando a Intervenção Psicopedagógica incontestável e, acima de tudo, mostrando o campo e os limites da atuação psicopedagógica.

LIVRO: Técnicas de Diagnóstico Psicopedagógico: O diagnóstico clínico na abordagem interacionista


R$ 43,00


O diagnóstico clínico na abordagem interacionista
Tem como objetivo atender às possíveis necessidades dos colegas de trabalho, facilitando-lhes ao máximo a tarefa diagnóstica. Isso se faz possível, pelo conteúdo apresentado trazer não somente as técnicas em si, mas também sugestões para investigação e avaliação das aplicações. Além das técnicas, é oferecido uma metodologia específica a fim de tornar as interpretações e hipóteses mais fidedignas.

SOBRE O AUTOR
Leila Sara José Chamat: Pedagoga. Mestre em Psicologia da Saúde, Doutora em Psicologia do Escolar e Desenvolvimento. Formação em Hipnose Ericksoniana, Regressão e Reprogramação Mental pelo Instituto Sapiens, RJ, Participação e exposição em vários congressos e cursos diversos em Neurologia.

PSICOPEDAGOGIA CLINICA


Historicamente, segundo BOSSA (2000, p. 36) os primórdios da Psicopedagogia ocorreram na Europa, ainda no século XIX, evidenciada pela preocupação com os problemas de aprendizagem na área médica. Acreditava-se na época, que os comprometimentos na área escolar eram provenientes de causas orgânicas, pois procurava-se identificar no físico as determinantes das dificuldades do aprendente. Com isto, constituiu-se um caráter orgânico da Psicopedagogia. De acordo com BOSSA (2000, p. 48), a crença de que os problemas de aprendizagem eram causados por fatores orgânicos perdurou por muitos anos e determinou a forma do tratamento dada à questão do fracasso escolar até bem recentemente. Nas décadas de 40 a 60, na França, ação do pedagogo era vinculada à do médico. No ano de 1946, em Paris foi criado o primeiro centro psicopedagógico. O trabalho cooperativo entre médico e pedagogo era destinado a crianças com problemas escolares, ou de comportamento e eram definidas como aquelas que apresentavam doenças crônicas com diabetes, tuberculose, cegueira, surdez ou problemas motores. A denominação "Psicopedagógico" foi escolhida, em detrimento de "Médico Pedagógico", porque acreditava-se que os pais enviariam seus filhos com mais facilidade.Em decorrência de novas descobertas científicas e movimentos sociais, a Psicopedagogia sofreu muitas influências.Em 1958, no Brasil surge o Serviço de Orientação Psicopedagógica da Escola Guatemala, na Guanabara (Escola Experimental do INEP - Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC). O objetivo era melhorar a relação professor-aluno.Nas décadas de 50 e 60 a categoria profissional dos psicopedagogos organizou-se no país, com a divulgação da abordagem psico-neurológica do desenvolvimento humano. Atualmente novas abordagens teóricas sobre o desenvolvimento e a aprendizagem bem como inúmeras pesquisas sobre os fatores intra e extra-escolares na determinação do fracasso escolar contribuíram para uma nova visão mais crítica e abrangente.

CAMPO DE ATUAÇÃO
O campo de atuação está se ampliando, pois o que inicialmente caracterizava-se somente no aspecto clínico, hoje pode ser aplicado no segmento escolar, conhecida como Institucional, em segmentos hospitalares, empresariais e em organizações que aconteçam a gestão de pessoas. 

A Psicopedagogia Clínica tem como missão, retirar as pessoas da sua condição inadequada de aprendizagem, dotando-as de sentimentos de alta auto-estima, fazendo-as perceber suas potencialidades, recuperando desta forma, seus processos internos de apreensão de uma realidade, nos aspectos: cognitivo, afetivo-emocional e de conteúdos acadêmicos. O aspecto clínico é realizado em Centros de Atendimento ou Clínicas Psicopedagógicas e as atividades ocorrem geralmente de forma individual. O aspecto institucional, como já mencionado, acontecerá em organizações e está mais voltada para a prevenção dos insucessos interpessoais e de aprendizagem e à manutenção de um ambiente harmonioso, se bem que muitas vezes, deve-se considerar a prática terapêutica nas organizações como necessária. É possível perceber que a Psicopedagogia também tem papel importante em um novo momento educacional que é a inserção e manutenção dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE) no ensino regular, comumente chamada inclusão. Entende-se que colocar o aluno com NEE em sala de aula e não criar estratégias para a sua permanência e sucesso escolar, inviabiliza todo o movimento nas escolas. Faz-se premente a necessidade de um acompanhamento e estimulação dos alunos com NEE para que as suas aprendizagens sejam efetivas.

ÉTICA PROFISSIONAL
Os psicopedagogos devem seguir certos princípios éticos que estão condensados no Código de Ética, devidamente aprovado pela Associação Brasileira de Psicopedagogia, no ano de 1996.O Código de Ética regulamenta as seguintes situações:· os princípios da Psicopedagogia;· as responsabilidades dos psicopedagogos;· as relações com outras profissões;· o sigilo;· as publicações científicas;· a publicidade profissional;· os honorários;· as relações com a educação e saúde;· a observância e cumprimento do código de ética; e· as disposições gerais.

O PSICOPEDAGOGO CLÍNICO
É o profissional que atuará no aspecto clínico (terapêutico). No aspecto clínico, o trabalho do psicopedagogo se constitui em:· Avaliar e diagnosticar as condições da aprendizagem, identificando as áreas de competência e de insucesso do aprendente; De acordo com BOSSA (2000, p.102), em geral, no diagnóstico clínico, ademais de entrevistas e anamnese, utilizam-se provas psicomotoras, provas de linguagem, provas de nível mental, provas pedagógicas, provas de percepção, provas projetivas e outras, conforme o referencial teórico adotado pelo profissional.· Realizar devolutivas para os pais ou responsáveis, para a escola e para o aprendente;· Atender o aprendente, estabelecendo um processo corretor psicopedagógico com o objetivo de superar as dificuldades encontradas na avaliação;· Orientar os pais quanto a suas atitudes para com seus filhos, bem como professores para com seus alunos;· Pesquisar e conhecer a etiologia ou a patologia do aprendente, com profundidade.O psicopedagogo deve ser um profissional que tem conhecimentos multidisciplinares, pois em um processo de avaliação diagnóstica, é necessário estabelecer e interpretar dados em várias áreas, dentre elas: auditiva e visual, motora, intelectual, cognitiva, acadêmica e emocional. O conhecimento dessas áreas fará com que o profissional compreenda o quadro diagnóstico do aprendente e favorecerá a escolha da metodologia mais adequada, ou seja, o processo corretor, com vistas à superação das inadequações do aprendente. É necessário ressaltar também que a atualização profissional é imperiosa, uma vez que trabalhando com tantas áreas, a descoberta e a produção do conhecimento é bastante rápida. 

Palestra - Educação na Itália: inclusão escolar e ação docente em perspectiva

O Núcleo de Estudos em Políticas de Inclusão Escolar-NEPIE e o Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS convidam para a palestra Educação na Itália: inclusão escolar e ação docente em perspectiva. Dia 02 de setembro, das 15h às 17h, na sala 601 da FACED/UFRGS, com a profª Drª Lucia de Anna (Facoltà di Scienze Motorie da Università degli Studi di Roma). Informações em anexo, no site www.ufrgs.br/faced/pesquisa/nepie telefone 3308.3433.
 
 

domingo, agosto 28, 2011

O valor da iniciativa ... (Belo exemplo)



Para Refletir...


Prólogo
(...ou, o começo de tudo é sempre o começo)
Era uma vez, no Paraíso, em algum lugar do passado,
a "Mãe-Deus "e duas filhas: Mara e Maria.
Lá, havia um portão rabiscado.
Um dia, "Mãe-Deus” perguntou:
- Este portão, quem de vocês rabiscou?
Mara, prontamente, respondeu:
- Foi Maria, mamãe, não fui eu!
Nesse instante, a verdade terrível apareceu:
Maria conheceu que a mãe não era Deus.
Ela não via que Mara mentia,
não lia pensamentos.
Ela não sabia...
E se a mãe não sabia,
Maria, sua imagem e semelhança,
pensamentos também não leria.
Então, Maria fez seu o desejo da Sabedoria.
Tinha cinco anos:
foi expulsa do paraíso nesse dia para crescer,
ler, dividir-se e multiplicar.
A primeira professora mostrou o livro a Maria,
um livro de sabedoria.
"Ah! Agora sim conheceria!", pensou Maria.
Ao final da primeira lição, guardado o livro,
Maria, triste, foi embora sem nada, de mãos vazias.
Ela não lia...
Chorou muito...
O medo de morrer começou naquele dia.
O tempo passando, Maria crescia.
Aprendeu a ler, escrever...
Aprendeu história e geografia.
Lia livros, muitos, o tempo todo,
mas pensamentos ela não lia.
E por não ler pensamentos, sofria...
O medo de morrer persistia.
A mãe, que não era Deus, lhe dizia:
- Quando o medo vier, não sofra, escreva,
coloque no papel, mas guarde bem, é seu segredo.
E assim Maria fazia,
seus pensamentos escrevia e de todos escondia.
Maria crescendo, se fez professora,
ensinava a ler e escrever as criancinhas,
não mostrava o livro,
não mostrava que tudo sabia,
pois com aquelas crianças aprendia...
Quando ensinava, percebia.
No meio das letras, nas entrelinhas das escritas,
o pensamento das crianças aparecia
como um grito cujo som não se ouvia.
Um dia, ouviu falar numa terra distante
onde se ensinava a escuta do som que não se ouvia,
se aprendia a mirada daquilo que não se lia.
Lá, Alicia vivia.
E com ela, aprendentes estudavam a Psicopedagogia.
Maria foi em busca,
acreditando que aprenderia
a não temer mais a morte,
a resgatar a plenitude da vida e da alegria,
encontrando a Sabedoria querida,
no pensamento do outro, que ela não lia.
Triste ilusão, mais esta!
Os anos se passaram, Maria percebia:
as Psicopedagogas eram iguais a ela - Alicia também não lia.
Caminhando mais uma estrada de ilusão,
Maria resolveu tornar-se Doutora em Psicologia
(ouvira que os verdadeiros sábios eram Doutores
e viviam nas Academias...)
Estudou muito - pesquisou, sofreu, escreveu.
Apresentou tese, julgada por doutoras - competentes
e exigentes.
Espanto! Entre unânimes louvores,
Maria, aclamada sábia,
tornou-se Doutora em Psicologia.
Desfeita mais esta ilusão,
Maria ainda não compreendia, continuava
a mesma, nada mudara, ela ainda não sabia...
Um dia, aconteceu !
Em um segundo fatídico morria a ilusão do tudo saber lá fora,
no outro, no livro, na academia...
E ao mesmo tempo a cruzada de ilusões conformava
a sua Autoria.
Maria - Professora,
Psicopedagoga, Doutora - mais do que tudo,
mais do que ler pensamentos, tornara-se Autora.
Agora ela pode ser, incompletamente,
transitoriamente, profundamente,
maravilhosamente, 
incoerentemente Sábia,
sendo apenas ela mesma,
Maria...

sábado, agosto 27, 2011

Você tem medo de dizer eu te amo?

Demo Jogos Boquinhas

Método das Boquinhas

Este tema foi sugerido pela aluna HELENA CAMILO da Turma Psico9

MÉTODO FONOVISUOARTICULATÓRIO: BOQUINHAS
Fundamentação Teórica
            O Método Fonovisuoarticulatório, carinhosamente apelidado de Método das Boquinhas, utiliza-se além das estratégias fônicas (fonema/som) e visuais (grafema/letra), as articulatórias (articulema/Boquinhas). Seu desenvolvimento foi alicerçado na Fonoaudiologia, em parceria com a Pedagogia, que o sustenta, sendo indicado para alfabetizar quaisquer crianças e reabilitar os distúrbios da leitura e escrita. Parte das reflexões deste método foi proporcionada pelo contato com o “Programa de Mejoramiento de la Calidad y Equidad de la Educación” (MECE) – “Programa das 900 Escolas”, desenvolvido no Chile desde 1990, indicado pela UNESCO e estendido a outros países (Guttman, 1993). Sua fundamentação encontra-se também nos estudos de Dewey (1938), Vygotsky (1984, 1989), Ferreiro (1986), Watson (1994), entre outros, cujas idéias são resumidas numa percepção holística frente à alfabetização, tendo a visão da linguagem, como ponto focal da aprendizagem.
            O ponto de partida do ser humano na aquisição de conhecimento reside na boca, que produz sons – fonemas, que são transformados em fala, meio de comunicação inerente ao ser humano. Para aquisição da leitura e escrita é necessário que os fonemas sejam decodificados/codificados em letras (grafemas), como é feito no processo fônico, trabalhando diretamente nas habilidades de análise fonológicas (Dominguez, 1994) e consciência fonológica e fonêmica (Capovilla e Capovilla, 2002; Santos e Navas, 2002), fator primordial e sine qua non no processo de alfabetização (Cardoso-Martins et al., 2005). Esse processo, bastante abstrato, deve ser favorecido por meio de intervenção pedagógica, mas por vezes torna-se incompreensível e dificultoso para alguns aprendentes.

            Assim, acrescentamos os pontos de articulação de cada letra ao ser pronunciada isoladamente (articulemas, ou boquinhas), baseados nos princípios da Fonologia Articulatória – FAR, que preconiza a unidade fonético-fonológica, por excelência, o gesto articulatório (Browman e Goldstein, 1986; 1990; Albano, 2001), favorecendo a compreensão do processo de decodificação, por mecanismos concretos e sinestésicos, isto é, com bases sensoriais. Desta forma, a aquisição da leitura e escrita passaria a ser acessível a quaisquer tipos de aprendentes, de maneira simples e segura, pois bastaria uma única ferramenta de trabalho – a boca.

            Mas não se trata somente de um método cinestésico, em que a chave da aprendizagem reside no movimento, como descrito por Fernald (1943), que usa o traçado das letras aliado aos sons, enfatizando a memória da sequência visual, nem somente um método fônico como os descritos por Hegge, Kirk e Kirk (1936) como fono-grafo-vocal ou o ITA (Initial Teaching Alphabet) (Pittman, 1963), ou o VAK (visual-auditivo-cinestésico), apresentado por Gilingham e Stillman (1973), em que há a associação do som ao nome das letras, usado em programas de educação especial, principalmente para surdos.

            A proposta do Método das Boquinhas aproximou-se da posição teórica rotulada por distintos autores como "construtivismo" (Bednar et al., 1993), Coll et al. (1990; 1993), Ferreiro (1986), enquanto define a aprendizagem como um processo ativo no qual o significado se desenvolve sobre a base da experiência - que aqui se apresenta como a consciência fonoarticulatória, uma ferramenta segura e concreta para o aprendizado da leitura e escrita -, e o aluno construiria uma representação interna do conhecimento e estaria aberto à troca, uma vez que todos aprenderiam pela mesma ferramenta, ou seja, a boca.

            A partir dos passos iniciais da aquisição da leitura e escrita – fator indispensável à continuidade escolar e regulador de sucesso e manutenção da autoestima, o Método das Boquinhas estimula a criança a usar, lidar e pensar a língua escrita a partir da boca. Esse mecanismo a auxiliará, futuramente, a desenvolver um automonitoramento e outras destrezas metacognitivas importantes para construir textos significativos, interpretá-los, identificar a informação mais importante, sintetizar e gerar perguntas (Cooper, 1993). Mas essas aquisições só serão possíveis, a partir da alfabetização, que confere ao indivíduo igualdade e condições de adaptação ao seu meio.

            Os primórdios desse trabalho foram publicados em artigos científicos e apresentados em Congressos de Fonoaudiologia e Psicopedagogia (Jardini e Vergara, 1997; Jardini e Souza, 2002). Atualmente a obra Boquinhas conta com sete livros publicados, sendo os dois iniciais, Fundamentação Teórica (Jardini, 2003, em processo de atualização) e Caderno de Exercícios (Jardini, 2008), específico para sanar as trocas de letras e melhorar a qualidade da leitura; indicado para crianças e adultos já alfabetizados. Um livro de estudos clínicos, Passo a Passo (Jardini, 2004, 2009), propõe reflexão, análise e tratamento de casos que apresentam dificuldades e distúrbios de leitura e escrita.

            A proposta dos livros Boquinhas na Educação Infantil(Jardini e Gomes, 2007) é trabalhar com a aquisição da leitura e escrita, em estágios iniciais desse desenvolvimento, com crianças de 4 a 6 anos, propiciando um trabalho preventivo de aquisição da linguagem. É fundamental que o educador conheça de maneira simples e prática os sons da fala (fonemas) e suas respectivas Boquinhas (articulemas), bem como os processos de consciência fonológica, fonêmica, processamento auditivo e visual, coordenação visuomotora, orientação visuoespacial e desenvolvimento cognitivo, para que possa promover com segurança o início do aprendizado da leitura e escrita e, porventura, lidar de maneira pedagógica, com seus desequilíbrios. Essa abordagem tem contribuído de maneira significativa para que a saúde (incluindo fala, voz e linguagem geral) dos alunos e educadores se mantenha, sendo observada por melhorias na autoestima e qualidade de vida, evitando-se desta forma, o excesso de encaminhamentos às clínicas de aprendizagem, ou seja, a patologização do ensino (Collares e Moysés, 1992;1993).

            A proposta dos livros Alfabetização com Boquinhas (aluno e professor) (Jardini e Gomes, 2008), oferece aos educadores condições de formalizar o processo de aquisição da leitura e escrita a partir de pressupostos da fala, tornando a alfabetização simples e possível em curto espaço de tempo. São abordados todos os aspectos da leitura, bem como produção e interpretação de textos. Nesses volumes, o educador encontrará atividades e exercícios para o trabalho pedagógico com qualquer tipo de crianças e adultos, visando à aquisição da leitura e escrita.

            Recentemente foram lançados Jogos de Boquinhas (Jardini, 2008, 2009), contendo 13 jogos, como material de apoio aos livros, para utilização em salas de aula, consultórios e/ou domiciliar.

Bibliografia citada
ALBANO, E. C. O gesto e suas bordas: esboço de fonologia articulatória do português brasileiro. Campinas: Mercado das Letras, 2001.
BEDNAR, A. K.; CUNNINGHAM, D.; DUFFY, T. M.; PERRY, J. D. Theory into practice: how do me link?. In: ANGLIN. Instructional technology: past, present and future. Denver: Libreries Unlimited, 1993.
BROWMAN, C.; GOLDSTEIN, L. Towards an articulatory phonology. Phonol. Yearbook, v. 3, p. 219-252, 1986.
BROWMAN, C.; GOLDSTEIN, L. Representation and reality: physical systems and phonological structure. J. Phon., n. 18, p. 411-24, 1990.
CAPOVILLA, A. G. S.; CAPOVILLA, F. C. C. Alfabetização: método fônico. São Paulo: Memnon, 2002.
COLL, C. Un marco de referencia psicológico para la educación escolar: la concepción  constructivista del aprendizage y de la enseñanza. In: PALACIOS, J.;  MARCHESI, A. (Org.) Desarollo psicológico y educación II. Psicología de la educación. Madrid: Alianza, 1990. v .2, p. 435-53,.
COLL, C. S.; MARTIN, E.; MAURI, T.; MIRAS, M.; ONRUBIA, J.; SOLÉ, I.; ZABALA, A. - El constructivismo en el aula. Barcelona: Editorial Graó, 1993.
COLLARES, C.C.L.; MOYSÉS, M.A.A. Diagnóstico da medicalização do processo de ensino-aprendizagem na 1ª série do 1º grau no Município de Campinas. Em Aberto, n. 53, ano 11, Brasília, jan/mar, p. 23-28, 1992.
COLLARES, C.C.L.; MOYSÉS, M.A.A. A história não contada dos distúrbios de aprendizagem. Cad. CEDES, Campinas, n. 28, p. 31-48, 1993.
COOPER, J. D. Literacy: helping children construct meaning. Boston: Houghton Mifflin Company, 1993.
DEWEY, J. Experience and education. New York: Macmillan, 1938.
DOMÍNGUEZ, D. A. B. Importância de las habilidades de análisis fonológico en el aprendizage de la escritura. Est. Psicol. v. 1,p. 9-70, 1994
FERNALD, G. M. Remedial techniques in basic school subjects. New York: McGraw-Hill, 1943.
FERREIRO, E. Proceso de alfabetización: la alfabetización en proceso. Buenos Aires: Centro Editor de América Latina, 1986
GILLINGHAM, A.; STILLMAN, B. W. Remedial training for children with specific disability in reading, spelling and penmanship. Cambridge, MA: Educators Publishing Services, 1993.
GUTTMAN, C. Todos los niños puedem aprender. El Programa de las 900 escuelas para los sectores pobres de Chile. Paris: UNESCO, 1993.
HEGGE, T.; KIRK, S.; KIRK, W. Remedial reading drill. Ann Arbor: George Wahr, 1936.
JARDINI, R. S. R.; VERGARA, F. A.  Alfabetização de crianças com distúrbios de aprendizagem, por métodos multissensoriais, com ênfase fono-vísuo-articulatória: Relato de uma Experiência. Pró-Fono Rev. Atual. Cient., Carapicuíba: v. 9, n.1, p. 31-34, 1997.
JARDINI, R. S. R.; SOUZA, P. T. Método das boquinhas: alfabetização e reabilitação dos distúrbios da leitura e escrita. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE FONOAUDIOLOGIA, 2002, Belo Horizonte.  Anais... Belo Horizonte: 2002. 1 CD-ROM.
JARDINI, R. S. R. Método das boquinhas: alfabetização e reabilitação dos distúrbios da leitura e escrita. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. (Livro 1, fundamentação teórica).
JARDINI, R. S. R. Método das boquinhas: alfabetização e reabilitação dos distúrbios da leitura e escrita. São José dos Campos: Pulso Editorial, 2008. (Livro 2, caderno de exercícios)
JARDINI, R. S. R. Método das boquinhas: passo a passo da intervenção nas dificuldades e distúrbios da leitura e escrita. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.
JARDINI, R.S.R.; GOMES, P.T.S. Boquinhas na Educação Infantil, livro do professor. Araraquara: Renata Jardini, 2007;
JARDINI, R.S.R.; GOMES, P.T.S. Boquinhas na Educação Infantil, livro do aluno. Araraquara: Renata Jardini, 2007;
JARDINI, R.S.R.; GOMES, P.T.S. Alfabetização com as Boquinhas – livro do professor: São José dos Campos: Pulso Editorial, 2007.
JARDINI, R.S.R.; GOMES, P.T.S. Alfabetização com as Boquinhas – caderno do aluno: São José dos Campos: Pulso Editorial, 2008.
PITTMAN, J. The future of the teaching of reading. Trabalho apresentado na Conferência Educacional do Educational Records Bureau, New York, nov. 1, 1963.
SANTOS, M. T. M.; NAVAS, A. L. G. P. (Orgs.) Distúrbios de leitura e escrita. Barueri: Manole, 2002.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
WATSON, D. What exactly do you mean by the term "kid watching"? In: O. COCHRANE. (Ed.) Questions and answers about whole language. Winnipeg: Richard C. Owen, p. 98-104, 1994.

A Magia das boquinhas

A magia das Boquinhas

Renata Jardini / Viviani Guimarães
 
Por: R$100,00
 
ISBN: 9788590728238
Edição: 1     Ano: 2010
Capa: ESPIRAL
 
A Magia das Boquinhas é a mais nova obra de Boquinhas. Composta por dois volumes e com acabamento fino e reutilizável, a criança escreve, apaga e aprende a ler e  escrever com a ferramenta das Boquinhas. São livros que inovam, prendem a atenção e desenvolvem as habilidades necessárias para esse aprendizado, como a consciência fonológica e fonoarticulatória.
Alfabetizar-se com Boquinhas é prazeroso, fácil e dinâmico. Esse material  complementa a escolarização regular, podendo ser trabalhado de maneira formal ou lúdica por  pais, professores ou pelas próprias crianças, que aprendem a ler e escrever de forma descomplicada e muito acessível.
Esses dois novos livros infantis, escritos por Viviani Guimarães, uma Multiplicadora de Boquinhas, são adequados para qualquer tipo de crianças, a partir de quatro ou cinco anos de idade, em fase de aquisição da leitura e escrita. De utilização individual, no lar, nos consultórios ou nas escolas. Não requer conhecimento prévio nem especializado sobre o tema. Ao contrário, todos aprendem com Boquinhas!!         
A caixa contém: dois livros, um apagador, uma caneta para escrita e um mini espelho, para visualização da Boquinha.

Jogos - Memória Letra - Boquinhas

Memória letra Boquinhas
 
Por: R$30,00
 
Jogo de memória envolvendo as letras iniciais das palavras e suas dificuldades ortográficas
Conteúdo:
- 25 figuras individuais e 25 peças com Boquinhas e suas letras correspondentes.
- Um quadro de todas as Boquinhas (articulemas) e suas respectivas letras (grafemas), que podem auxiliar na escrita da palavra toda.
Objetivos do jogo:
Fixar o domínio das letras iniciais, isoladamente, nas palavras e seu uso na leitura e escrita.
Desenvolver a consciência fonológica e a diferenciação entre som e nome de letra, com o auxílio da consciência fonoarticulatória. Esse desenvolvimento é fundamental para a aquisição da leitura e escrita e do princípio alfabético da Língua Portuguesa.
Recomendações:
Idade: a partir de 4 anos.
Participantes: de 2 a 4 participantes.
Uso domiciliar, clínico ou escolar.
Como jogar:
Distribuem-se as figuras ordenadamente sobre a mesa, viradas para baixo, dispostas em dois grupos, sendo um para as figuras e outro para as Boquinhas.
Cada jogador, na sua vez, vira uma figura e uma Boquinha, tentando encontrar o par que corresponde à letra inicial da figura. Aquele que acertar o par tem o direito de jogar novamente.
Ganha-se o jogo quem conseguir mais pares.
Sugestão:
Pode-se formalizar o ensino da leitura e escrita, solicitando-se à criança que escreva em uma folha à parte, as palavras do jogo, fixando a Boquinha enquanto fala. Outras palavras podem se apresentadas para cópia, fixando-se as dificuldades ortográficas.

quarta-feira, agosto 24, 2011

PENSAMENTOS...

Pitágoras:
"Educai as crianças e não será preciso punir os homens"

Freud:
"O inconscinete da vida psíquica não é outra coisa senão a fase inicial desta vida".

Jung:
"Arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida".

Klein:
"É, antes de mais nada, a sua angústia e a culpabilidade que muitas crianças exprimem ao caírem doentes".

Moreno:
"No Psicodrama, é o corpo e não apenas a alma que se encontra no centro da Terapia".

Nise da Silveira:
"É melhor ser um lobo magro mas solto, que um cachorro gordo na coleira".

De Olivier:
"Antes de chamar seu filho de burro, consulte a Psicopedagogia; antes de desistir de um paciente, tente a Arteterapia."
"Os ignorantes criam ídolos, os inteligentes enaltecem os melhores".

terça-feira, agosto 23, 2011

Workshop: Contos de Fadas no CV da EI

Workshop Giordano Bruno - Contos de Fada. Inscreva-se!
Is this email not displaying correctly?
View it in your browser.

Tamara Ávila

Ministrante do Curso: Diretora da Escola Infantil Giordano Bruno, Especialista em Orientação Educacional (FAPA), Licenciada em Pedagogia - Orientação Educacional (UFRGS), Licenciada em Letras (PUC-RS).

WORKSHOP:


IMPLANTANDO


CONTOS DE FADAS

NO CURRÍCULO DA

EDUCAÇÃO INFANTIL

 

Objetivo: Oportunizar aos profissionais que atuam em educação infantil a aplicação dos contos de fadas como instrumento pedagógico nas suas Escolas.


Data: 17/09/2011 (sábado)

Horário: 8h30 às 12h30

 

Será fornecido certificado aos participantes com 100% de presença!

As vagas são limitadas!!!

Estamos esperando vocês!!!



Investimento*: R$ 30 (pacotes com 5 inscrições fica R$ 20 cada)

Fone: (51) 3222-3589

Local: Rua Castro Alves, 1081 (Centro Cultural Nova Acrópole)


* Vagas confirmadas apenas mediante pagamento.

Legastenia - o que é?


Comentário da fonoaudióloga Evelise Pataro sobre artigo publicado no periódico Viver Mente Cérebro.

Legastenia é uma inabilidade do controle dos movimentos oculares cujo impacto negativo atinge o desempenho nas tarefas de leitura e escrita.
É considerado por muitos pesquisadores como sinônimo de dislexia e faz com que crianças afetadas troquem letras ao ler e escrever e, por isso, não conseguem compreender frases inteiras.
Resultados de pesquisas controladas em laboratórios mostraram que várias crianças não conseguiam controlar certos movimentos oculares com precisão , ou seja, sofriam de um distúrbio do direcionamento do olhar.

O fato é que nossos olhos raramente descansam sobre um ponto por um período longo. A cada segundo eles realizam de três a cinco deslocamentos do olhar, que são chamados de movimentos sacádicos. Estes movimentos ligam todas as fixações oculares entre si e a partir da seqüência de cenas registradas, o cérebro constrói uma imagem completa.
Normalmente reagimos a um novo objeto em nosso campo de visão com o reflexo optomotor, um rápido movimento ocular. Entretanto, esse reflexo tem um oponente controlado pelas regiões do lobo parietal no córtex cerebral responsável pela concentração. Esse oponente cuida para que o olhar não desvie rapidamente reforçando, com essa medida, a capacidade de fixação.

Concomitantemente é importante saber que áreas do lobo frontal permitem que controlemos nossos movimentos oculares de forma voluntária e consciente e são essas mesmas áreas que liberam os movimentos anti-sacádicos.

Resultados de uma pesquisa feita com 40 pessoas saudáveis, cujas idades variaram entre sete e 70 anos sugeriram que todas as crianças de primeira e segunda série não conseguem realizar atividades de movimentos anti-sacádicos e a conclusão foi de que as crianças aprendem a ler e escrever em uma idade na qual ainda não conseguem controlar voluntariamente os movimentos ópticos. Temos observado clinicamente que quando esse controle é treinado com exercícios específicos, a aprendizagem da leitura e da escrita se torna mais fácil.
  disponível na Internet jogos que possibilitam o treinamento dessas habilidades.


Para conhecer mais

- Errar num piscar de olhos In Viver Mente e Cérebro – volume 158.
- Dificuldades na aprendizagem da leitura : teoria e prática. Terezinha Nunes, Lair Buarque, Peter Bryant. Cortez, 2000
- Dislexia: ultrapassando as barreiras do preconceito. James J. Bauer. Casa do Psicólogo, 1997
- Cresça e Apareça. Ana Alvarez.  Editora Record, 2005